thirty five

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Ela me puxou para fora da cama e me levou para ao banheiro. Ligou a banheira, e em poucos minutos, estávamos imersas na água quente.  Seus dedos começaram a explorar meu corpo embaixo da água, cada toque enviando ondas de prazer através de mim. Suas mãos deslizavam por minhas coxas, subindo até minha buceta, onde seus dedos começaram a trabalhar em movimentos circulares e rítmicos.

— Você é deliciosa — Maya sussurrou, seus lábios roçando minha orelha. — Adoro sentir seu corpo tremer para mim.

Eu gemi alto, meu corpo inteiro respondendo aos seus toques. Maya me virou de costas, meus seios pressionados contra a parede da banheira. Ela começou a me penetrar com seus dedos, cada estocada enviando ondas de prazer pelo meu corpo.

— Me fode, Maya... me faça sua de novo — implorei, minha voz carregada de desejo.

Ela obedeceu, seus dedos se movendo com mais rapidez e intensidade. A água da banheira respingava ao nosso redor, se misturando com nossos gemidos e os sons de prazer.

— Você é tão apertada e quente, Carina — ela falou distribuindo beijos pelo meu pescoço — Eu passaria a minha vida inteira vendo você se contorcer sob os meus dedos.

Cada palavra suja dela aumentava minha excitação. Eu estava à beira de outro clímax, meu corpo inteiro tremendo de desejo.

— Vou gozar de novo, Maya... — gemi, sentindo o orgasmo se aproximar.

— Goza para mim — Maya sussurrou, seus dedos trabalhando incansavelmente.

Eu explodi em um orgasmo devastador, meu corpo inteiro se contraindo violentamente. Mas Maya não parou. Ela continuou, seus dedos e boca explorando cada parte do meu corpo.

Finalmente, após o que pareceu uma eternidade de prazer, Maya me puxou para um abraço, nossas respirações ofegantes e nossos corpos ainda tremendo.

— Você é linda — ela sussurrou beijando suavemente meus lábios, sem tirar os olhos do meu.

Seus olhos estavam num tom de azul tão claros mas ao mesmo tempo tão intensos, que eu sentia que ela poderia ler a minha alma. Deitei minha cabeça contra o seu peito, tentando recuperar a respiração enquanto ela passava os dedos suavemente pelas minhas costas. Não sei quanto tempo ficamos ali, mas algo despertou na minha cabeça quando ela deu um suspiro trêmulo mas não foi um suspiro de prazer como das outras vezes.

— Maya meu Deus!!! — eu levantei corpo — O seu joelho, você precisa se deitar, tá doendo não é? — perguntei preocupada.

— Um pouco — ela deu um sorriso fraco — Eu não quero sair daqui.

E lá estava ela de novo, a Maya vulnerável, completamente nua para mim, com todos os seus sentimentos.

— Ei — acariciei seu rosto tentando trazer sua atenção para mim — Vamos lá, eu preciso cuidar de você.

— Eu tenho medo — ela falou — Medo de sair dessa banheira, dessa nossa bolha e a realidade voltar com força e eu ter que ir embora pra sempre, eu ter estragado tudo com você.

Ela tinha o maxilar rígido e as mãos fechadas em punho e eu sabia que ela estava tentando lutar contra a vontade de chorar.

— Olha pra mim — segurei o seu rosto com as duas mãos — Eu tô aqui, você está aqui e você não precisa ir pra lugar nenhum! eu só quero que você deite confortável lá na minha cama e a gente durma de conchinha — sorri — Você precisa descansar, você voou por quantas horas? — perguntei.

— Eu não sei mais — ela disse com um suspiro cansado — Assim que a gente desligou a ligação ontem eu decidi que viria, arrumei as minhas malas e vim.

Levantei saindo devagar da banheira me enrolando no roupão e voltei para o quarto, tirei os lençóis da cama que estavam arruinados e joguei num canto deixando apenas o protetor do colchão e puxando o edredom para cima, peguei uma toalha limpa e mais um roupão no closet voltando para o banheiro Maya estava na mesma posição de olhos fechados enquanto massageava o joelho.

— Vem, deixa eu te levar pra cama — falei ajudando ela a sair.

Sentei ela na borda da banheira secando seu cabelo com a toalha enquanto a enrolava no roupão e levei ela pro quarto. Deixei apenas a luz amarela do abajur acesa enquanto nós livramos dos roupões indo pra debaixo do edredom.

— A sua cama é muito confortável — ela disse me abraçando esfregando o rosto no meu pescoço como um gato.

— Vou levar isso como um elogio — falei e acariciei seus cabelos — Você quer tomar um remédio, ou algo assim?

— Não precisa — ela falou.

Ficamos ali em silêncio trocando carícias por mais um tempo, até que percebi que Maya tinha adormecido, sua respiração estava pesada e o seu corpo relaxado exceto pela sua mão que estava firme em volta da minha cintura. Suspirei dando um beijo na sua testa enquanto me aconchegava mais nela tentando dormir.

Mas a minha cabeça estava funcionando demais, tudo que aconteceu nos últimos dias, as brigas, as discussões, o sexo com a Maya, o jeito que ela me olhava quando me possuía, a delicadeza do seu toque mesmo nos momentos mais sujos, eu nunca tinha me sentido assim.

E no meio dessa explosão de pensamentos uma frase voltou a minha mente, eu tinha registrado na hora mas minha cabeça estava embriagada pelo prazer que eu não tive tempo de pensar.

amor

ela me chamou de amor no meio do sexo, e puxando bem na memória essa não foi a primeira vez.

— Eu posso ouvir os seus pensamentos daqui — ela disse sonolenta.

— Desculpa te acordar — sussurrei.

— Não tem problema — ela sorriu beijando minha clavícula — Você também precisa dormir.

— Não consigo — falei — Eu vou lá pra sala, ver algo na Tv. — fiz menção a me levantar e ela me segurou.

— Fica, eu vou te fazer dormir — ela disse carinhosamente e eu sorri dando um beijo suave nos lábios dela

Ela me puxou para os seus braços me fazendo um cafuné delicioso, enquanto acariciava o meu braço, eu me sentia tão relaxada e confortável ali mas a palavra não saia da minha cabeça.

— Maya eu... — comecei a falar mas desisti.

— O que? — ela perguntou baixinho.

— Estou feliz que você está aqui — falei me apertando contra o seu corpo.

Amizade Colorida - Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora