Enquanto esperava notícias de Maya, fiquei observando Sophie tentando entender mais sobre essa garotinha que havia entrado inesperadamente na minha casa, ela tinha os cabelos ruivos naturais, bem diferentes dos de Maya, mas eu sabia que isso poderia vir do pai. Seus olhos eram verdes brilhantes e tinham uma determinação que me lembrava um pouco de Maya, mas talvez eu estivesse apenas projetando minhas próprias maluquices.
A campainha tocou novamente, fazendo meu coração saltar na esperança de que fosse Maya. Antes que eu pudesse me levantar, Sophie correu para a porta.— Deixa que eu atendo! — ela disse, com uma ansiedade evidente na voz.
Ela abriu a porta e em vez de Maya, lá estava uma mulher mais velha, com cabelos ruivos semelhantes aos de Sophie, a expressão da menina mudou para uma de decepção.
— Ah, não é a Maya, é só a minha mãe — disse Sophie parecendo desapontada.
Suspirei de alívio, pelo menos por um momento, a mulher na porta parecia uma versão mais velha de Sophie e seu rosto exibia uma mistura de alívio e irritação.
— Sophie! Você não pode sair correndo assim! Sabe o perigo que correu fazendo isso principalmente num país desconhecido? — a mulher repreendeu com a voz firme.
— Me desculpe mas o que está acontecendo? Quem é você? — perguntei, sentindo a confusão aumentar.
A mulher olhou para mim com a expressão suavizando um pouco.
— Desculpe pela confusão, Sou a Jules amiga de longa data de May e essa pequena sem noção aqui é minha filha. — ela disse, tentando explicar.
De repente, uma memória da ligação que fiz pra Maya e ela atendeu passou pela minha mente e lembrei dela mencionando Jules.
— Ah, sim, acho que Maya me falou sobre você, me desculpe pela minha confusão, foi um dia complicado — respondi, tentando sorrir.
Jules assentiu compreensivamente.
— Eu imagino, sophie queria muito ver a Maya, então ela escapou de mim e veio até aqui. Sinto muito por isso.
— Está tudo bem, só fiquei preocupada eu realmente não sabia o que fazer — admiti.
Sophie olhou para a mãe e depois para mim, com uma expressão que misturava arrependimento e teimosia.
— Eu só queria ver a tante Maya, e a maman estava perdendo tempo no shopping como sempre — disse Sophie revirando os olhos.
— Entendo, Sophie. Mas você precisa ouvir sua mãe, ok? — disse tentando ser firme mas gentil.
Sophie assentiu meio a contragosto.
Jules olhou para mim, a expressão séria.
— Carina, onde está Maya? — ela perguntou direta.
Hesitei por um momento, não querendo revelar tudo o que havia acontecido.
— Ela... ela volta logo — respondi, tentando soar convincente.
Jules franziu a testa, percebendo algo.
— O que aconteceu? — ela insistiu.
— Nada. Apenas... tivemos um dia difícil — tentei desviar, mas era claro que Jules não estava convencida.
— Se você machucou Maya de alguma forma, terá uma inimiga — ela falou com a voz firme e protetora.
Fiquei surpresa com a intensidade de suas palavras.
— Isso não tem nada a ver com você é entre mim e Maya — respondi tentando manter a calma.
— Tem tudo a ver com proteger Maya, ela é minha amiga, quase uma irmã e se você a magoou, eu vou saber — Jules disse os olhos fixos nos meus.

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Amizade Colorida - Marina
FanficCarina DeLuca, uma renomada obstetra italiana que se encontra no auge de sua carreira e confortável em sua vida na ensolarada Sicilia. Enquanto isso, Maya Bishop, uma dedicada ex-atleta americana é encarregada de uma missão desafiadora: persuadir a...