Amizade Colorida - Marina

twelve

— Vou pegar as coisas pra você tomar banho, toalha e roupas limpas — falei indo em direção ao quarto e pegando tudo que ela precisava.

Assim que voltei para a sala, ela continuava deitada.

— Carina, você precisa tomar um banho. — Chamei novamente, observando ela imóvel no sofá.

Ela permaneceu na mesma posição, como se estivesse completamente alheia ao mundo ao seu redor. Senti um calafrio percorrer minha espinha e corri para verificar sua respiração, aliviada ao perceber que estava respirando normalmente. Um leve sorriso escapou de seus lábios, enquanto eu revirava os olhos.

— Você é muito sem vergonha né? Quer me matar do coração? — Brinquei, tentando não demonstrar a preocupação que sentia.

Ela passou os braços ao redor do meu pescoço, ainda relaxada, e murmurou:

— Me leva no colo.

— Você é muito mimada. — Comentei, pegando ela nos braços e seguindo em direção ao quarto.

Coloquei ela na cama e fui até o banheiro para ligar o chuveiro. Quando voltei, ela estava deitada na cama, já sem roupa, apenas de calcinha e sutiã, coberta pelo meu edredom. Fiquei chocada com sua atitude e rapidamente a repreendi.

— Você não vai dormir na minha cama sem tomar banho! — Exclamei.

Ela se aconchegou na cama, me olhando com um sorriso travesso.

— Estou limpa, e você já provou todas as partes do meu corpo. Sabe que sempre cheiro bem.

Suspirei mais uma vez, balançando a cabeça em concordância com Carina. Tomei meu banho rapidamente, deixando a água quente relaxar meus músculos tensos. Ao retornar para o quarto e apagar a luz, percebi que o ambiente estava impregnado com o cheiro dela. Era um aroma doce e envolvente, que se espalhava por todo o cômodo. Acendi o abajur ao lado da cama, deixando uma luz suave iluminar o ambiente, e me aconcheguei sob o edredom.

Carina estava deitada de costas para mim, mas assim que sentiu minha presença, ela virou e se aninhou em meus braços. Era estranho estar tão próxima dela, eu não tinha esse tipo de proximidade com alguém sem ser por sexo a muito tempo. Mas, ao mesmo tempo, era reconfortante sentir o calor do seu corpo junto ao meu.

— Você cheira bem. — Ela murmurou, com a voz suave.

— Eu tomei banho. — Respondi, com um leve sorriso.

— Cheio de alguma flor, eu não consigo lembrar o nome em inglês. — Ela riu e esfregou o rosto no meu pescoço.

— Eu só tomei banho com sabonete de coco — expliquei.

— Isso, é isso mesmo — Ela bocejou.

— Coco é uma flor? — Brinquei, divertida.

— Aí não sei, eu tô bêbada e com sono vamos dormir — Ela falou.

Respondi com um beijo em sua cabeça, enquanto ela se acomodava para dormir. Fechei os olhos, permitindo que o sono me envolvesse, enquanto o doce perfume de baunilha que vinha do seu cabelo me embalava para um descanso tranquilo.

Acordei com uma sensação de como se ainda estivesse sonhando. Todos os meus sentidos estavam alertas, minha pele arrepiada, e quando estiquei a mão, logo senti os cabelos da Carina entre as minhas pernas. Suspirei, me deixando levar pelo momento.

Os dedos de Carina deslizaram habilmente entre as minhas pernas, sua língua quente explorando cada centímetro do meu ser com uma maestria inigualável. Suas mãos firmes mantinham minhas coxas abertas, enquanto eu me contorcia em êxtase sob seus toques deliciosos.