018 - EU DISSE

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★ | HUGO VEZZANI
Outro dia, numa tarde.

Guilherme começou a gargalhar. Virou o copo de wisky no seco, me encarando.

─ 'Qué que eu te falei? ─ Ele perguntou debochando.

─ Para, cara.

─ 'Paro nada! 'Tu disse que não queria nada com ninguém, mas do nada sentiu vontade de ter um amor? Isso aí não foi a Juliette não, 'cê tá se apaixonando.

─ Me poupe, Guilherme.

─ Passou uns dias aqui, dormiu no teu quarto, fez um churrasquinho, ficou de love na piscina...

─ Agora pronto, me deixa maluco.

─ Aí, só falta a aliança, viu!

Beberiquei o wisky, pensando seriamente sobre tudo oque ele estava falando. É, pode estar acontecendo.

Esse é meu maior medo.

─ Vai correr dela? ─ Ele perguntou sério.

─ 'Tô sentindo que ela quem quer correr.

─ Por que?

─ não sei. Ela não parece muito afim de um relacionamento.

─ Mas você também não 'tava. Agora, você 'tá. E se ela for assim também?

─ Não sei.

─ Não deixa essa medo te vencer, vão se conhecendo.

─  A gente 'tá fazendo isso.

─ 'Vamo combinar assim. 'Cê vai ver se dura uns 2 meses, se durar, pede em namoro!

─ 'Tá doido?

─ Para com isso, Spártaco. É assim que funciona, nem precisa 2 meses, basta conhecer ela direito e ter certeza que vai dar certo.

─ Não acredito que eu to ouvindo conselho teu.

| MARIA CECÍLIA
quase noite.

Infelizmente, Gustavo deu um jeito de aparecer aqui.

Mas sendo sincera, o apoio dele pra Luiza tem tido efeito. Ele realmente tem uma luz.

Ele já é da família, não tem como correr disso.

─ Cecília, a gente pode conversar? ─ Ele entrou pela porta aberta do meu quarto.

Suspirei, apenas concordando com a cabeça.

─ 'Tá fazendo as malas? ─ Perguntou.

─ Sim.

─ Para onde vai?

─ Goiânia.

─ Gostou muito de lá, né? Sua mãe me contou.

─ Contou oque? ─ Perguntei me virando para ver ele.

─ Calma. Só disse que você tem ido pra lá. Perdeu algo lá?

─ É da sua conta?

─ Fala a verdade, Ceci. Eu conheço você.

─ Não te interessa, Gustavo. Você namora.

─ Tem se relacionado com alguém?

─ Não vamos conversar se você ficar querendo saber da minha vida.

─ Desculpa. Não 'tá mais aqui quem perguntou algo.

─ Fala logo oque você quer, preciso terminar essas coisas.

─ Quero me desculpar com você. ─ Ele se aproximou tocando meu braço.

Me afastei, o encarando.

─ Gustavo, me deixa em paz. Para de reviver tudo oque aconteceu por que quer tirar um peso da sua consciência! Eu passei meses sofrendo por conta disso, tenha certeza que eu odeio quando você toca nessa merda.

Ele me encarava.

─ Eu só quero seu perdão sincero.

─ E eu quero que você suma! Eu cansei de você. Das suas desculpas, suas tentativas de reconciliação e sua imagem de garotinho bonzinho!

𝐌𝐎𝐑𝐄𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐆𝐎𝐈𝐀̂𝐍𝐈𝐀, Hugo Vezzani. Onde histórias criam vida. Descubra agora