𝐌𝐎𝐑𝐄𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐆𝐎𝐈𝐀̂𝐍𝐈𝐀, Hugo Vezzani.

53 - DESCOBERTA

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★ | HUGO VEZZANI
continuação.

na mesma noite, fretei um jatinho direto pra Fortaleza, minha sorte foi que meu show era no Piauí, e os dois são próximos. Minha cabeça martelava e eu só pensava as piores coisas.

Eu não me importei com show, com nada! Eu só queria estar com Cecília o mais rápido possível.

─ Pode entrar, senhor. ─ A enfermeira informou e eu apenas assenti me levantando da cadeira da sala de espera, indo direto para o quarto que ela estava.

O hospital particular estava praticamente lotado de gente, cada um com um caso diferente...

E saber que Maria Cecília estava em emergência, sem nem saber nada sobre oque aconteceu e só ter uma moça que a trouxe desesperada mal conseguindo falar algo.

Abri a porta, me deparando com ela deitada, os ovos abertos que brilharam assim que me viram.

Suspirei aliviada, abrindo um sorriso e indo até ela.

─ Ô, meu amor... ─ alisei seu rosto cuidadoso.

─ Spártaco... ─ Ela disse sussurrando fraco e quieta.

─ 'Tá tudo bem, agora, meu amor.

─ Oque aconteceu? ─ Perguntou.

─ Eu ainda não sei, também. Eu fiquei muito preocupado quando me falaram e eu só quis estar ao seu lado. Sai do show desesperado sem ver nada á minha frente.

Ela sorriu.

─ Você deveria estar no seu show, agora. ─ Comentou e eu neguei com a cabeça sentindo meus olhos marejados.

─ Eu prefiro estar aqui.

Escutamos a porta abrir, logo vendo o Doutor entrar.

─ Boa noite, Senhor Hugo e Senhorita Cecília. Me perdoem pela demora. ─ Assentimos.

─ Doutor, oque aconteceu? ─ Perguntei preocupado sem tirar minha mão da morena.

─ Ah, fiquem tranquilos. A jovem tem uma saúde impecável, apesar de consumo de álcool sem poder. E, tudo está bem com os dois.

─ Os dois? ─ Eu e Cecília perguntamos ao mesmo tempo.

─ Ué. A sua companheira e o bebê de vocês, estão ótimos... ─ Contou estranhando nossa reação.

Arregalei os olhos, tentando raciocinar aquilo e vi Cecília fazer o mesmo.

Levei a mão á boca numa expressão de choque, oque fez Maria Cecília ficar sem reação nenhuma.

Eu não sabia descrever oque estava sentindo, era um choque pelo meu corpo, uma luz em meu coração. Minhas mãos trem iam e lágrimas desciam pelo meu rosto.

A cena de Cecília chorando junto a mim enquanto eu abraçava ela fortemente, estava em câmera lenta. O médico sorria vendo a cena.

Eu estava tão feliz. Tão feliz.

─ Você 'tá grávida, meu amor... ─ falei baixo com a voz embargada.

Ela estava grávida! De um filho meu! Eu vou ser pai!

As lágrimas escorriam pelos nossos rostos, e eu não conseguia parar de sorrir. Era o momento mais feliz da minha vida.

Eu vou ser pai...

Eu não sei como descrever esse sentimento tão puro que nunca fui capaz de sentir por nada além de agora, quando soube que teria uma mini cópia nossa...

Eu sou o homem mais feliz desse mundo todo!

Ela assentiu com a cabeça várias vezes seguidas demonstrando alegria.

─ Eu te amo, Maria Cecília. ─ Sussurrei beijando seus lábios e ela sorriu entre o beijo.

─ Eu te amo muito mais, Spártaco. Muito.

Nos separamos do abraço entrelaçando nossas mãos e vendo o médico encarar nós dois com uma feição emocionada.

─ Parabéns. Pensei que os dois já sabiam da notícia. ─ Ele comentou sorrindo.

─ Não sabíamos. Mas eu sentia dentro de mim. ─ Contei sorrindo de orelha á orelha.

─ Mas Doutor, aconteceu alguma coisa com o bebê? ─ Minha mulher perguntou meio sem graça.

─ Fiquem tranquilos, os desmaios são comuns no início da gravidez. E você está grávida de 3 semanas.

─ Ela estava sentindo algumas dores, tonturas e vomitava bastante nesses últimos dias. ─ Comentei e o médico sorriu novamente.

─ Isso são os efeitos, os sintomas da gravidez. Mas, eu peço que ela tenha repouso, até por que, geralmente os desmaios ocorrem quando a grávida está muito ativa, e conhecendo a senhorita, sei que seu trabalho é muito conturbado, mas precisa ficar mais tempo tranquila.

─ Eu vou cuidar disso. ─ Falei sorrindo e o médico fez um sinal de "gratidão".