64 - EU NÃO MERECIA ISSO

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★ | MARIA CECÍLIA.
no outro dia.

Hoje, de madrugada, recebi mensagens de Hugo. Muitas mensagens, que falavam mentiras. E como eu sei disso? Simples, vazou uma foto dele em todo lugar com uma loira.

Era nítido oque estava acontecendo, não haviam desculpas que escondesse tudo aquilo o que aconteceu. Eu me sentia destruída, quebrada.

Eu mal conseguia chorar mais, minha sogra me encarava no canto do sofá, preocupada. Eu me tremia, sem conseguir falar uma só palavra.

Ninguém vai entender essa dor que eu estou sentindo agora, mais uma vez...

Em pensar que estamos noivos, que estou grávida e que estava esperando ele aqui, em casa. Esperando com nossa filha.

A cada hora que se passa dessa manhã, eu sinto o gosto amargo da decepção e só de imaginar que ele vai passar por aquela porta eu sinto vontade de pegar todas as minhas coisas e sumir daqui.

Eu não quero ficar aqui. Não com ele. Eu não quero mais nada que envolva ele. Eu quero que ele desapareça da minha vida.

Eu me sentia tão frágil, tão fraca...

A culpada sou eu? Será que não sou o suficiente? Será que ele nunca me amou? Tantas perguntas sem respostas e novamente, uma lágrima escorria de meu rosto.

─ Querida, beba a água com açúcar que eu lhe dei. ─ Maylu se levanta do sofá me abraçando.

─ Eu não quero. ─ Respondi fraca, num tom quase inaudível.

Ela abaixou a cabeça, suspirando fundo e senti ela me apertar mais no abraço, alisando minhas costas levemente. Eu senti que ela estava tensa, sem saber o que dizer ou fazer.

─ Você não comeu hoje, não tomou nem o suco direito e agora que está assim, não quer nem a água? Não faça isso, é pelo seu bem e o da sua filha!

Eu não respondi apenas fiquei quieta, observei ela fechar os olhos como se quisesse se tranquilizar de algo.

─ Eu não sei oque dizer, Cecília. Eu entendo toda essa situação, sei que é até melhor ficar sozinha sem ninguém pra dizer nada. Mas, eu não quero te deixar assim.

Eu ouvia atentamente.

─ Eu até concordo se você preferir sair daqui, se quiser ir pra casa de seus pais, mas pense na sua filha, que nem nasceu ainda. É complicado, eu sei, mas o controle da situação ajuda muito!

─ Eu não merecia isso... ─ Respondi engasgada em meio ao choro.

| HUGO VEZZANI
mesma hora.

Eu estava a ponto de me matar dentro desse avião. As hora pareciam não passar, Guilherme insistia em ler essas merdas de fofocas da internet enquanto eu surtava internamente. Eu não aguentava mais.

Minhas mãos davam socos aleatórios na poltrona, minhas pernas tremiam de nervoso. Sem nenhum sinal de Maria Cecília, puta merda.

Eu não quero perder a mulher da minha vida. Nunca. Eu prefiro morrer do que perder ela.

Mas eu sei que ela deve estar pensando muitas coisas, eu só espero que ela não ache que é verdade. Eu não fiquei com a mulher como estão dizendo! Eu mal toquei naquela estranha.

Que merda. Eu não posso perder ela. Não posso e não vou! Se até a Marcela não brigou com o Guilherme, que estava quase drogado...

Quer dizer, minha situação é bem diferente, mas porra! Nem minha mãe está me atendendo, Maria Cecília parece ter me bloqueado por que minha mensagens não chegam.

E se aconteceu algo com elas? E se aconteceu algo com a minha filha? A culpa vai ser minha. Não, não, não, eu não quero isso. Nunca.

Eu não aguento essa ansiedade corroendo minha cabeça.

─ A gente já 'tá chegando. ─ Guilherme diz.

─ Tomara. Eu preciso falar com a Cecília!

─ Isso se ela quiser falar com você, né. Eu mesmo não falaria.

─ Você 'tá tentando me ajudar?

─ Eu confio que você não fez nada, mas essa foto aqui meu amigo...

Levei as mãos ao rosto jogando a cabeça com tudo pra trás, no apoio da poltrona.

𝐌𝐎𝐑𝐄𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐆𝐎𝐈𝐀̂𝐍𝐈𝐀, Hugo Vezzani. Onde histórias criam vida. Descubra agora