50 - TONTURA

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★ | HUGO VEZZANI
mais tarde.

Estávamos saindo da casa de minha mãe, com destino à minha casa. Tentei conversar com Maria Cecília no caminho justamente sobre ela ir morar comigo.

Me entendam, eu quero ficar mais próximo dela. Muito mais. Eu viajo semanas, fico longe de casa e eu só queria chegar em casa e vê ela me esperando.

Não sei, ela não me entende.

─ Chegamos, meu amor. ─ Avisei ela que apenas assentiu abrindo a porta e saindo.

─ Eu não 'to me sentindo bem. ─ falou se escorando na porta de casa. Fui rápido segurando seus braços para sustentar seu corpo.

─ Amor? O que foi? ─ Perguntei preocupado.

─ Uma tontura, meu bem. Minha cabeça 'tá doendo muito.

─ Vem, vamos entrar. ─ Puxei ela entrando na casa e indo até a cozinha, pegando água e colocando num copo para ela.

─ Obrigada, amor. Mas... ─ Ela não completou a fala e só saiu correndo pela casa me deixando assustado.

Segui ela assim que raciocinei oque estava acontecendo, chegando no banheiro e vendo ela vomitando.

Sem reação, apenas segurei seu cabelo para ela alisando suas costas e me mantive ao seu lado.

─ Melhorou? ─ Perguntei assim que ela levantou a cabeça. Ela fez um sinal que "sim" com a cabeça.

Virou para me encarar com os olhos lacrimejando, vermelhos e inchados enquanto suspirava fundo. Essa cena me doeu, e não foi pouco.

─ Acho que foi alguma coisa que eu comi. ─ Falou baixo e fraco.

─ Tem certeza, amor? ─ Perguntei já pensando numa hipótese muito distante.

─ Não sei. Talvez tenha sido. Eu 'to sentindo minha barriga se revirando sem parar.

Suspirei fundo.

─ Você bebeu muito?

─ Mal bebi. Só tomei aquela sua cerveja.

Fiquei preocupado e um pouco esperançoso. Não me culpe, mas isso foi o suficiente pra acender uma luz em mim. E eu tenho pensado muito em Ceci grávida, e em nosso futuro filho.

Tudo isso desde aquela conversa da tia dela.

| MARIA CECÍLIA
continuação.

Eu estava trêmula enquanto encarava Hugo. Eu já estava me sentindo um pouco mal há um tempo, mas nunca tinha sentido essa ânsia de vomito ou essa dor infernal de cabeça.

Minha cabeça estava quase para explodir e Spártaco me encarava preocupado, com uma cara de coitado como se eu estivesse morrendo.

─ Você não acha melhor irmos para o hospital? ─ Perguntou alisando meu braço.

─ Não. Não é preciso, foi só um enjoou...

─ Tem certeza, Maria Cecilia? ─ Questionou e eu apenas confirmei.

─ Eu juro, é só uma reação à algo que comi. Eu acredito que seja, não precisa se preocupar.

─ Eu vou confiar, Ceci. Mas me prometa que tudo oque acontecer, você vai me contar?

─ Prometo amor, juro de 'dedinho.

Ele beijou meu braço carinhosamente e me abraçou, me dando o apoio para aquele momento em que eu precisava.

Eu não sei oque pode ser. E eu tenho medo. Sou nova de mais para um filho, neurótica de mais para descobrir uma doença e sem psicológico para ficar fazendo mil exames.

Só de pensar nessas coisas fiquei mais tonta ainda, minha respiração não regulava de jeito nenhum e eu sentia como se eu fosse morrer a qualquer instante.

Era um inferno. Um inferno mesmo. A tontura não me dava paz e o cantor parecia sentir que eu não estava melhorando.

─ Não quer ir deitar, meu amor? ─ Perguntou e eu assenti. Logo sendo levantada pelo mais velho, que me pegou no colo estilo noiva me levando pela casa.

Agradeci mentalmente por ter um homem desses. Ele me levou até seu quarto, abrindo a porta com dificuldade e logo me colocando na cama deitada.

─ Vou pegar uma água para você e um remédio, tudo bem? ─ Me perguntou e eu só assenti novamente, sem forças para dizer uma se quer palavra.

𝐌𝐎𝐑𝐄𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐆𝐎𝐈𝐀̂𝐍𝐈𝐀, Hugo Vezzani. Onde histórias criam vida. Descubra agora