𝐌𝐎𝐑𝐄𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐆𝐎𝐈𝐀̂𝐍𝐈𝐀, Hugo Vezzani.

57 - OBRIGADA, CECÍLIA.

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★ | MARIA CECÍLIA
algumas horinhas depois.

Fui pegar algumas bebidas no freezer e aproveitar para pegar o doce que eu fiz. 'Tava entretida com a música que tocava, amava as antigas do Jorge e Matheus. Mesmo torcendo para tocarem Luan Santana, fiquei curtindo mesmo assim.

Cantolarei a música, me divertindo no meu próprio mundo, sentindo alguém tocar em meu ombro.

Me assustei rapidamente, encarando e vendo que era Ana Castela.

─ Desculpa! ─ Ela pediu sem graça e eu suspirei, tentando recuperar do susto repentino.

─ Tudo bem.

─ A gente pode conversar? ─ Perguntou receosa e eu assenti calada.

Ela estalou os dedos, desviando o olhar pela cozinha de Murilo, nervosa.

─ Pode falar. ─ Respondi sorrindo leve.

─ Ah, é que... Eu não sei, sabe. Não quero esse clima chato entre a gente.

─ Olha, pra mim, está tudo bem! Eu até gosto de você, não pense que me incomodo com sua presença.

Ri mentalmente do que falei, não consegui me expressar bem.

─ É que, eu fico meio nervosa. Eu sei que não foi nada legal da minha parte ter aceitado tudo aquilo. Mas eu nunca que iria querer separar vocês dois! Nunca mesmo.

Sorri assentindo.

─ Ana, é muito bonito da sua parte vir conversar comigo, mas fica tranquila. Eu não tenho mágoa nenhuma sua, muito pelo contrária. Sendo sincera, até penso que foi uma forma de evolução na minha vida.

─ Como assim?

─ "Eu desejo tudo de bom e melhor para você e o Gustavo, que vocês tenham toda maturidade, paz, amor e confiança um no outro para seguirem. Que se casem, tenham filhos... Que vocês formem uma vida juntos!

Ela me escutava atentamente.

─ Até por que, tudo aquilo que aconteceu me trouxe ótimas coisas. Deus foi ótimo com todos nós, hoje em dia, eu estou com uma pessoa que eu amo e ainda vou ter um filho com ele. E nós quatro estamos muito felizes, você e o Gustavo, eu e o Hugo. Então, essa página já foi passada. Isso é história antiga, o presente está sendo generoso com todos nós. " ─ Por fim, respondi e ela me olhava surpresa, provavelmente pensando que eu iria tratar ela mal.

─ Nossa... Eu nem sei oque dizer. Obrigada, Cecília. Você é tão madura. Parabéns pela gravidez, que Deus abençoe vocês. ─ ela estendeu os braços para um abraço e eu abracei ela.

Ela ainda estava nervosíssima. Sorri leve, sentindo um peso sair de minhas costas, já que sempre que nos encontrávamos era um clima terrível.

★ | HUGO VEZZANI
Mesmo momento.

Eu estava na churrasqueira, observando a conversa deles. Logo Guilherme chegou em mim.

─ 'Cê percebeu o jeito do Mioto? ─ Comentou.

─ Eu vi. Mas ele foi até tranquilo.

─ É, ele é. Sabe, eu acho que ele ainda gosta da Ceci.

─ Não dúvido. Mas a Ana ama ele, muito. Eles formam um casal bonito.

─ Independente, eu prefiro você e a Ceci. São perfeitos juntos e vão me dar o maior presente que poderia, que eu vou o padrinho.

Eu ri leve e irônico, ele me fitou de cima a baixo.

─ Se toca, Guilherme.

─ Ah tá, eu já sei que sou padrinho. A criança vai me amar! 'Cê vai ver, vai ser um "titio" para todo lado.

─ Aham, pode deixar.

Ele saiu quando Marcela chamou e eu deixei minha atenção pra churrasqueira.

─ Hugo? ─ Mioto me chamou e eu virei para encara-lo.

─ Opa.

─ Parabéns, viu. Felicidades. Fiquei sabendo que você e a Maria Cecília vão ser pais.

─ Obrigada. Deus é muito bom e generoso.

─ Com toda certeza. Eu... Sei que é estranho vir falar sobre isso contigo, já até eu sou ex dela. Mas, eu só queria te pedir uma coisa.

O meu sangue começou a ferver levemente, não aguentava que ele me lembrasse que já esteve com Cecília. Sim, eu sei que isso é um ciúmes até de mais, mas não tenho culpa!

Por que ele não desencana? E deixa eu ser feliz com minha mulher e meu filho?

─ Não deixa ela em momento nenhum. Não abandona ela, apoia ela, ame ela, faça tudo oque eu não fiz. Não seja como eu fui.

─ Gustavo, pode deixar. Eu nunca vou ser oque você foi. Eu amo aquela mulher com todas as minhas forças e ainda mais nossa futura família.