66 - OQUE VOCÊ TA FAZENDO AQUI?

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★ | GUSTAVO MIOTO
continuação.

Maria Cecília virou para me encarar, senti ela gritar em minha mão e sorri. Ela me deu um chute logo no meu pau. Puta merda.

Soltei ela, levando a mão para minha intimidade sentindo uma dor infernal.

─ Filha da puta... ─ Sussurrei.

─ Oque você 'tá fazendo aqui?! Meu Deus. ─ Ela perguntou num tom mais baixo ainda, para que seus pais não percebessem a gente.

─ Primeiro, isso doeu. Segundo, oque você 'tá fazendo aqui? Não 'tava morando com o Hugo.

Percebi seu semblante mudar totalmente. Puta merda. Era pra ser engraçado, mas ela levou pro pessoal. Eu sabia o que tinha acontecido.

─ Eu não te devo satisfação. A sua namorada que deve.

─ Eu não namoro mais.

─ Problema seu.

─ E parece que você também não namora mais.

─ Por quê você não me deixa em paz? Até grávida, você me inferniza. Que droga!

─ Assume que você não me odeia tanto assim.

─ Quer que eu seja sincera mesmo?

─ Não. Você é insensível.

─ Ótimo! Cala a boca, deixa eu escutar.

─ Fica tranquila. Não vim te encher o saco. Na verdade, eu só tô aqui por que fui convidado pra uma pescaria.

Ela virou para mim com a cara mais emburrada que existe. Saiu pisando pé, não se importando mais com nada. Com ninguém.

Os pais delas rapidamente viraram para vê da onde saia o barulho, me desencostei da pilastra saindo de fininho.

─ Opa! Tudo bem? Desculpa a demora, cheguei aqui tem pouco tempo.

─ A Cecília 'tava contigo? ─ Luiza nem me cumprimenta e logo pergunta arregalando os olhos.

─ Eu também estou bem, Luiza. E sim, ela estava. Ela não me parecia nada legal.

─ Nada, meu filho. Nem nós sabemos. Ela chegou ontem à noite, desesperada, chorando e sem avisar ou explicar. ─ Dona Helena conta.

─ E se eu soubesse, teria te dito para não vir. Traste. ─ Luiza se levanta da mesa saindo sem nem olhar na minha cara. Ela sabia, claro que sabia. Todo mundo tá sabendo.

─ Boa tarde, Gustavo. Eu não sei nem oque te falar, rapaz. ─ O pai dela me cumprimenta querendo que eu sente.

─ Se quiserem, eu volto para casa. Eu sei que ela não gosta muito de ficar perto de mim.

─ Ah, que nada! Isso é passado, menino. Cada um seguiu sua vida, não foi? ─ Dona helena me conforta.

─ Eu terminei.

Os dois me encararam assustados.

─ E pelo visto, minha filha também. ─ O pai diz.

─ Bom, eu fiquei sabendo...─ Tirei o celular do bolso abrindo o Instagram, fui na página de fofoca e mostrei para eles.

| MARIA CECÍLIA
mesma hora.

Luiza estava sentada na cama, me encarando séria.

─ Seus pais uma hora vão ter que saber. Ou vão descobrir.

─ Eu sei. Mas, eu não quero falar disso agora. Eu quero esquecer isso.

─ Desculpa pelo Gustavo, eu achei melhor não contar.

─ Tudo bem. É até estranho ele não aparecer aqui, já que meu pai e minha mãe amam ele mais do que eu!

─ Um pouco. Eles realmente gostam muito dele, imagina se descobrem...

─ Não muda em nada, eu acho. Na verdade, meu pai ficaria muito puto com ele. Mas eu prefiro que não saibam desse negócio de Gustavo, afinal nem temos certeza de tudo mesmo.

─ É. Tem que descansar um pouco. Mas não sei se você sabe, o Gustavo dorme no seu quarto quando fica aqui.

─ Ah, não é possível!

─ É que você tava morando com o Hugo né, daí meio que independente, só não mudaram nada de lugar mas já era quase dele.

─ Por quê o Gustavo se deu tão bem com a nossa família?

─ Também não sei. Se dá tão bem com seu pai, que pesca com ele. Se dá tão bem com sua mãe, que todo final de semana está aqui tomando café e comendo bolo.

─ Ai, eu não sei oque fazer com a minha vida.

─ Eu sei que 'cê escutou a conversa. Vai querer ir na pescaria?

─ Não sei...

─ Mesmo que tenha a presença do insuportável do Gustavo, eu acho que 'cê deve ir! 'Cê sempre amou pescar, principalmente em família. E eu vou estar lá com você.

─ Eu acho que vou pensar nisso então.

─ 'Vamo! O Gustavo só fica lá com seu pai, então nem vai conversar com você direito.

𝐌𝐎𝐑𝐄𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐆𝐎𝐈𝐀̂𝐍𝐈𝐀, Hugo Vezzani. Onde histórias criam vida. Descubra agora