73 - MUDANDO DE ASSUNTO

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★ | MARIA CECÍLIA
continuação, horas depois.

Nervosa, eu mordia meus lábios enquanto era encarada por Spártaco. Era tão constrangedor o fato de estarmos em seu quarto, sozinhos, nesse clima perturbador e silencioso.

Ele parecia estar tenso.

─ Não vai dizer nada? ─ Perguntou baixo.

─ Você quem me chamou para conversar, Hugo.

─ Como você pode me tratar desse jeito tão frio?

─ Da mesma forma que você me tratou quando dormiu com aquela mulher.

─ Eu não dormi com ela. Meu Deus! Eu nunca faria isso! Eu te amo, Cecília.

Suspirei fundo, virando o rosto para não encará-lo. Fechei os braços, contando os segundos para que eu pudesse sair desse lugar.

─ Como quer me dizer isso? Como quer que eu confie em você se dormiu até com a Maiara? Sabendo que eu não suportava ela enquanto nós tínhamos algo. E olha lá se tivemos mesmo.

─ Você é maluca! Eu não dormi com ela. E como você tem coragem de desprezar nosso amor desse jeito?

─ Nosso amor?! NOSSO?! Como você tem coragem de dizer que algum dia existiu nós!

─ E como você tem coragem de voltar a viver com o Gustavo mesmo depois de tudo?! Acha que eu não vejo os olhares dele pra você?!

─ Eu não ligo!

─ Ah, não liga?!

─ Não! Por que eu não sou o mesmo tipo de pessoa que você é, que na primeira oportunidade fica com aquela ruiva!

─ Eu não... Quem te falou isso?

─ Eu vi, Spártaco. Eu vi ela com seu moletom.

─ Eu não consegui.

Fiquei confusa. Ele falava arrependido, virando o rosto pro lado sem querer me olhar nos olhos.

─ O que?

─ Eu não consegui transar com ela. ─ Ele contava muito baixo como se tivesse vergonha. ─ Não conseguia te tirar da cabeça...

─ Oi? Como assim? ─ Inevitavelmente senti uma vontade de rir absurda.

Que? Spártaco broxou por minha culpa?

Eu me segurava pra não rir e ele me repreendia com o olhar.

─ Não 'tava toda atacada, 'bravinha agora tá rindo da minha cara?

─ Aí, cala boca! ─ Comecei a rir descontroladamente.

─ Porra, Maria Cecília! ─ Ele reclama mas acaba cedendo às minhas gargalhadas e acabou rindo.

─ Eu n-não acredito nisso!! ─ Eu tentava falar mas estava sem ar de tanto rir, sentia que ia fazer xixi nas calças.

Me apoiei na poltrona de seu quarto ficando vermelha e as gargalhadas não paravam. Depois dessa, até o ciúmes passou.

─ Deixa de ser besta, Cecília! Cuidado com a minha filha.

─ Aí, que tristeza hein, Spártaco.

─ Já passou a raiva? Agora, vai conversar normal comigo?

─ Aí, já tá me estressando de novo!

─ Hum... Mudando de assunto, você tá tão bonita... ─ Ele diz se aproximando de mim.

Revirei os olhos, ele sabia que eu gostava dessa música do Henrique e Juliano. Mas não pude evitar um sorriso, eu estava sentindo algo diferente...

Logo o clima desse quarto que antes era caótico, estava mais confortável, tenso, quente.

─ Que cheiro gostoso que vem de você... ─ ele cantarola a música. Ele estava a centímetros de meu rosto, tendo uma troca de olhares que me arrepiou.

─ E se eu te contar, você nem acredita... Se eu tava brigando eu nem lembro por quê. ─ ele continuava a música e eu já estava derretida por ele.

Para, eu tô grávida, hormonais a flor da pele! Não me julgue. A raiva que eu sentia por ele já tinha ido embora e sentia beijos por todo meu pescoço.

|HUGO VEZZANI
mesma hora.

─ Hugo, calma... ─ Ela pedia num sussurro, me causando um arrepio.

E nem estávamos bêbados nem nada, o desejo que eu tenho por ela é tão absurdo que nem preciso de nada pra criar coragem.

Juntei nossos lábios num beijo intenso, fazia tanto tempo que não sentia seu beijo que me empolguei.

A deitei na cama com pressa, até me esquecendo que a morena estava grávida e poderia ter causado um desconforto. Logo tentei me ajeitar direito, ficando por cima dela e continuando o beijo.

─ Aí, não era pra isso estar acontecendo... ─ Ela dizia ofegante, com olhos perdidos e toda vermelhinha. Que mulher.

─ Era sim, cala a 'boquinha, vai. ─ Respondi hipnotizado por ela, me entregando aos beijos e tirando minha camisa ao me afastar dela.

Ela sorria tímida. Que saudade dessa mulher, meu Deus!

Ela mordia os lábios, toda fogosa e parecia estar ainda mais me desejando.

Quando eu ia descendo as alças de seu vestido, escutamos batidas na porta.
Eu ignorei, voltando ao que estava fazendo.

─ 'Pera, Spártaco... Vai que é algo importante... ─ Ela dizia fugindo de meus chupões em seu pescoço.

─ Problema da pessoa. ─ Sussurei ainda ignorando inalando aquele perfume doce que me deixava maluco.

Até que quase derrubaram a porta então tivemos que ir ver. Logo quando eu estou no melhor momento da minha vida, tem gente pra me atrapalhar.

Que inferno!



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⏰ Última atualização: 6 days ago ⏰

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𝐌𝐎𝐑𝐄𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐆𝐎𝐈𝐀̂𝐍𝐈𝐀, Hugo Vezzani. Onde histórias criam vida. Descubra agora