O Celeiro

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      O tempo passou rapidamente, e agora, Pedro e Jão estavam prestes a completar 16 anos. Iza, com 21 anos, continuava sendo a irmã protetora e térmica que sempre foi, e a relação entre os três amigos só se fortalecera ao longo dos anos. A mãe de Pedro, após um período de separação, reconciliou-se com seu marido, trazendo de volta uma dinâmica familiar que, apesar dos altos e baixos, proporcionou um senso de estabilidade para Pedro.

      O aniversário de Pedro, em janeiro, era sempre um evento aguardado. Este ano, os pais de Jão decidiram organizar uma grande festa em sua homenagem. A noite estava perfeita: a lua cheia iluminava o céu, a música ao vivo preenchia o ar com melodias animadas, e a fogueira ardia intensamente, criando um ambiente acolhedor e festivo. A comida, preparada com carinho, era farta e deliciosa.

      João estava nervoso. Nos últimos anos, ele começou a perceber que seus sentimentos por Pedro eram além da amizade. Ele sabia que precisava falar sobre isso, mas temia o que poderia acontecer. Durante a festa, ele entregou a Pedro um bilhete, pdindo para encontrá-lo no celeiro. Uma curiosidade e a ansiedade tomaram conta de Pedro enquanto ele se dirigia ao local.

      Quando Pedro entrou no celeiro, encontrou Jão segurando um buquê de flores. Jão parecia nervoso, mas determinado. Ele respirou fundo antes de começar a falar.

      — Pedro, — Jão começou, com uma voz tremenda levemente, — durante todos esses anos, eu percebi que meus sentimentos por você mudaram. Eu não vejo você apenas como meu melhor amigo. Eu... eu te amo de uma forma diferente.

      Antes que Jão pudesse terminar, Pedro o interrompeu com um beijo apaixonado. O choque inicial deu lugar a um sentimento de rompimento e alegria. O beijo foi longo e cheio de sentimentos reprimidos, uma confissão silenciosa de que Pedro também sentiu o mesmo.

       Jão, surpreso e feliz, retribuiu o beijo com intensidade. Quando se separaram, Pedro concedeu a Jão, seus olhos brilharam à luz das velas espalhadas pelo celeiro.

      — Eu também te amo, Jão, — Pedro disse, sua voz cheia de emoção. — Eu espero por esse momento por tanto tempo.

      Os dois ficaram em silêncio por um momento, apreciando a companhia um do outro. Jão tomou a iniciativa, segurando a mão de Pedro e puxando-o para mais perto. Eles se abraçaram, sentindo o calor um do outro.

      — Vamos ser felizes juntos, Pedro. Prometo que sempre estará ao seu lado — Jão sussurrou, acariciando o rosto de Pedro.

      Pedro transmitiu e assentiu, sentindo-se mais seguro e amado do que nunca. Eles sabiam que o caminho à frente poderia ter desafios, mas estavam prontos para enfrentá-los juntos.

      No dia seguinte, a vida contínua na pequena cidade do interior. Pedro e Jão estavam mais próximos do que nunca, e sua amizade evoluiu para algo mais forte e profundo. A relação deles, agora um segredo entre os dois, trazia uma nova dinâmica para suas vidas diárias.

     

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