Jão e Pedro decidiram manter a doença de Pedro em segredo de João Pedro. Eles continuavam a trabalhar em novas músicas e já planejavam o próximo álbum e a turnê. Mesmo com a sombra da ELA pairando sobre suas vidas, eles tentavam manter a normalidade para o bem de João Pedro.
Uma certa tarde, a campainha do apartamento tocou. Pedro estava sentado no sofá assistindo a um filme, enquanto Jão estava na cozinha, estourando pipoca e preparando café. João Pedro brincava no parquinho. Jão foi atender a porta e ficou surpreso ao encontrar o pai de Pedro, com uma expressão que misturava desespero e embriaguez. O cheiro de álcool era insuportável.
— O que você está fazendo aqui? — Jão perguntou, tentando manter a calma.
— Vim ver Pedro. Já sei o que está acontecendo... — respondeu o pai de Pedro, com a voz embargada pelo álcool.
Pedro, surpreso com a visita inesperada de seu pai que havia desaparecido há alguns anos, pediu para Jão deixá-lo entrar. O pai de Pedro se sentou em uma poltrona, e Jão se acomodou ao lado de Pedro no sofá, segurando a mão dele. Quando Jão pegou na mão de Pedro, o pai resmungou algo ininteligível, fazendo uma cara de nojo.
A conversa começou tensa e superficial. Eventualmente, o pai de Pedro, visivelmente perturbado, olhou para Jão e disse:
— Tudo isso que está acontecendo é culpa sua. Se vocês nunca tivessem se conhecido, Pedro não estaria assim hoje...
Jão, contendo a raiva, olhou para Pedro, que pediu para ele manter a calma. Jão se virou para o pai de Pedro e disse
— O culpado de eu ter conhecido o Pedro foi você. Se você não bebesse tanto e não batesse na sua esposa, Pedro nunca teria fugido de casa.
O pai de Pedro se levantou exigindo respeito, e a briga começou a escalar. Ele, revoltado com o filho ser homossexual e acreditando que a doença era um castigo de Deus, puxou uma arma do bolso de trás e a apontou para Jão. Pedro gritou desesperadamente para que seu pai não fizesse aquilo, mas o ódio e o álcool falaram mais alto. Ele puxou o gatilho, atingindo Jão no peito.
O pai de Pedro saiu correndo do apartamento, deixando Jão caído no chão, sangrando. Pedro, desesperado, gritou por socorro enquanto ligava para o resgate. A cena era caótica, com Pedro tentando estancar o sangue enquanto lágrimas corriam pelo seu rosto.
Com a chegada dos paramédicos, que levam Jão às pressas para o hospital. Pedro, devastado, acompanha Jão na ambulância, rezando para que ele sobreviva. A tensão entre a vida e a morte paira no ar, e Pedro se vê forçado a enfrentar a gravidade da situação e o impacto que isso terá em suas vidas.
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Simples e Romântico
FanficJoão Vitor ou apenas Jão, é uma jovem do interior de São Paulo que acaba se apaixonando por seu vizinho. Será que esse casal vai ter um final feliz?