Correndo com Meus Lobos

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      Jão e Pedro estavam no estúdio que Jão havia ganhado no concurso, planejando o primeiro álbum de Jão, intitulado "LOBOS". O álbum teria um tom mais depressivo e triste, refletindo as complexidades e dificuldades que Jão enfrentava, mas seria o começo de um grande sonho.

      Meses se passaram, e um dia, uma carta chegou ao apartamento de Jão e Pedro, convidando-os para um evento de luxo cheio de possíveis investidores interessados na carreira de Jão. Jão, apesar de estar frio com Pedro nos últimos tempos, decidiu ir ao evento para agradar o namorado.

      No dia do evento, o clima entre eles ainda estava tenso. Eles começaram a beber um pouco antes de se arrumarem para a festa. Já alterados pelo álcool, seguiram para o evento. Chegando lá, Jão estava ainda mais embriagado e começou a subir nas mesas, gritando palavras de baixo calão e fazendo gestos obscenos para os investidores.

      Pedro, também um pouco bêbado, puxou Jão para o lado e disse firmemente:

      — Vai lavar o rosto e se controla, Jão!

      Jão resmungou enquanto se dirigia ao banheiro:

      — Quem ele pensa que é? Ele pensa que manda em mim? Aaahhh, pra merda, filho da puta.

        No banheiro, Jão se apoiou na pia e lavou o rosto, sentindo-se mal por ter traído Pedro na festa de Anna e por estar sendo um babaca com ele. Em um momento de raiva e frustração, deu um murro no espelho, quebrando-o e cortando sua mão. O sangue começou a pingar no chão.

        Saindo do banheiro com a mão ensanguentada, Jão foi encontrado por Pedro, que ao ver o estado do namorado, mesmo estando bêbado, pediu ajuda a André, um dos investidores.

       — André, por favor, leva a gente pro hospital — pediu Pedro.

       André ajudou a levar Jão e Pedro para o hospital. Pedro ainda não sabia sobre a traição e estava preocupado apenas com a condição física de Jão. No carro, o clima estava tenso e silencioso. Jão segurava sua mão ensanguentada, sentindo uma mistura de culpa e tristeza.

        No hospital, os médicos cuidaram do ferimento de Jão, que precisou levar alguns pontos. Enquanto esperavam, Pedro tentou acalmar Jão, apesar de sua própria embriaguez.

          — Vai ficar tudo bem, Jão — disse Pedro, segurando a mão boa de Jão. — A gente vai superar isso.

        Jão, ainda se sentindo culpado e confuso, apenas acenou com a cabeça, sem saber como confessar a Pedro sobre a traição. Ele sabia que precisava encontrar uma maneira de ser honesto e consertar as coisas, mas o medo de perder Pedro o consumia.

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