Capítulo 17 || Oh, Pretty Woman

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Linda mulher, diga que você ficará comigo
Porque preciso de você
Eu te tratarei bem
Venha comigo, amor
Seja minha esta noite
(Pomplamoose)

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Em casa, depois do susto de saber sobre o acidente de Patrick, Becca e Isla resolvem brincar de fadas-madrinha e me ajudam a me vestir. Tampo com a mão a cicatriz do H para que elas não notem, já que faço questão de usar uma das minhas melhores e menores calcinhas porque, bem, eu sei onde a noite vai terminar. Estou ansiosa e nervosa por encarar essa festa, mas certamente meu nervosismo é muito maior pelo que vai acontecer depois. Após longos quatro meses sem transar, finalmente vou fazer e logo com ele; parece bom demais para ser verdade.

"Parece não. É. Você sabe que o final disso vai ser ruim, certo? Para você ou para ele, mas vai ser ruim".

Por que você tem que fazer isso? Por que não pode acreditar que uma vez na vida eu possa ser feliz?

"Porque estamos falando de você. E você não merece felicidade. Você merece dor."

Tento ignorar a bruxa sabotadora em minha cabeça. Quero ver ela dizer tudo isso quando eu estiver sentando em Gabriel Knight. Só de pensar nessa frase já sinto meu corpo formigar.

— Deixa eu fazer umas fotos suas antes de ir, Eve? Você está muito linda, parecendo uma atriz de Hollywood indo arrasar no red carped.

— Temos tempo? Que horas são?

— 19:00 — Becca responde.

— Você tem meia hora para fazer sua mágica, fadinha. — Falo a Isla.

Ela me orienta a ficar em várias poses, enquanto Becca ajeita o "cenário", conforme seus pedidos.

Às 19:30, meu táxi chega e me sento com todo o cuidado no banco de trás.

— Você vai ficar no Four Seasons? — O motorista pergunta.

— Sim.

— É um hotel de gente bem rica, vai ter uma festa lá, é isso?

— Isso mesmo, um baile beneficente.

— Legal. Você está muito bonita.

—Obrigada. — Sorrio. Acho que a alegria e a expectativa pelo que está para acontecer transparecem através dos meus poros.

***

Menos de trinta minutos depois, ao chegar ao evento, quase tenho um ataque cardíaco. Literalmente.

Quando meu carro para na área reservada, encontro ninguém mais, ninguém menos que Gabriel me esperando. Ele está impressionante de smoking, como um príncipe de contos de fadas, e sinto meu coração saindo pela boca quando se aproxima, abre a porta do veículo e me ajuda a sair. Não sendo suficiente, paga a minha corrida. Eu deveria protestar, mas estou tão chocada que mal me dou conta.

— O que você está fazendo aqui? — Pergunto, tendo certeza que meus olhos estão esbugalhados.

Ele parece ignorar esse fato, porque me admira como se eu fosse a coisa mais deslumbrante que já pisou na face da terra e confirma isso com seu elogio.

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