Capítulo 47 || One Of The Girls

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Eu amo quando você é submissa
Você adora quando eu te arrebento
Você não foge da dor
Então diga
Me dê um amor difícil
Me deixe sem nada quando acabar
Meu tipo de amor
Me force e me enforque até eu desmaiar
Me coloque por baixo, me aperte
Cuspa na minha boca
Enquanto acaba comigo
Quero levar sua luz para dentro de mim
Me derrube, me apague
Mãos no meu pescoço enquanto você me levanta
Estou gritando agora
Me tranque e jogue a chave fora
Ele sabe como tirar o melhor de mim
(The Weeknd/JENNIE/Lily-Rose Depp)

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Gabriel se despe na minha frente, puxando a camiseta pela nuca e se livrando, rápido, da calça e da roupa de baixo de uma vez. Automaticamente sinto uma fisgada profunda de desejo. Sempre que o vejo nu é meio que um choque, porque ele é muito lindo, todo perfeito. Recebo um sorriso torto.

— Sentiu a minha falta?

Mexo a cabeça para dizer que sim. Estou com muita saudade. Rebecca e a bebê estão se recuperando, os desgraçados que ele matou só faziam peso sobre a terra. Tudo o que eu quero é tomar litros de água, me perder no meu amor e esquecer que essa merda aconteceu. Mas a vida não é um morango.

Meu marido vem por cima de mim e murmura, seu rosto pairando sobre o meu:

— Eu senti a sua. Em cada célula do meu corpo. Deu pra perceber que pirei sem você, não é?

— Deu.

"Ah, com certeza deu. Um maluco consciente de que é maluco ainda pode ser considerado maluco?"

Filosofia uma hora dessas?

Ele aproveita para me dar um selinho, beija o meu pescoço e, sem aviso, enfia dois dedos na minha boceta que é claro que está ensopada; acho que toda a água que me resta se acumulou ali. Gabriel esfrega o pau no meu clitóris, enquanto dá mordidinhas abaixo do lóbulo da orelha e estimula aquele ponto especial dentro de mim. Não sei que caralho de castigo é esse, mas está gostoso demais. Um gemido sufocado escapa da minha garganta.

— Gosta disso?

Quando faço outra vez que sim, ele continua.

— Então para de tentar se conter.

Minha mente está um tanto confusa, provavelmente por causa da desidratação, mas concluo que ele não quer que eu segure os barulhos de desejo, então, começo a gemer alto, no compasso das sensações, mesmo ficando ainda mais sedenta assim.

— Muito bem, amor. — Ele fala ao meu ouvido. — A apreciação pelo que estou fazendo com você e o anseio pelo prazer têm que vir primeiro, mesmo antes de suas necessidades básicas vitais; só assim vai poder me dar tudo o que eu quero e conseguir o que precisa.

Acho que agora estou realmente começando a entender.

— Ah, Gabriel... — O jeito que ele faz movimentos firmes, dobrando ligeiramente os dedos para tocar a pequena área carnuda me enlouquece e eu gemo mais.

— Ouve como você está ensopada para mim.

Tento respirar mais devagar e me concentrar nos ruídos dele mexendo na minha boceta. Logo percebo que ouvir sons molhados aumenta a minha sede. Esse é só mais um dos flagelos proporcionados por Gabriel para me subjugar.

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