INSANIDADE

Capítulo extra || Sweet Dreams Are Made Of Screams

Doces sonhos são feitos de gritos
Aqueles que perderam sua sanidade irão discordar
Você viaja o mundo em seus sete dentes
Todo mundo está procurando por alguém
E eles te encontrarão
E eles te encontrarão
E eles te encontrarão
(Myuu)

Com essa música a ambientação ficou perfeita, aaaaaaaaaa 💀😭

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Termino os últimos detalhes da maquiagem no grande espelho iluminado do closet e, quando estou satisfeita, me viro para conferir a parte de trás da roupa. Quero saber se o modelito que escolhi vai causar o impacto que desejo. Estou usando botas altas de salto agulha que chegam ao meio das coxas, minissaia de couro, um corset com transparência que imita lingerie e uma jaqueta também de couro por cima — tudo preto. Brincos grandes de argola em ouro branco arrematam o visual. Borrifo meu perfume favorito e saio em direção ao quarto do meu filho. O coloquei para dormir horas atrás, mas quero ver se está tudo bem.

— Ele está dormindo como um anjinho, dona Evelyn.

— E você? Não vai descansar, Ruth? — Pergunto aos cochichos à funcionária que está sentada na poltrona do quarto, ao lado da mesinha do abajur, com um trabalho em ponto cruz nas mãos.

— Vou daqui a pouco. Pretendo continuar por aqui mesmo, fico mais tranquila para o caso de ele acordar. Quando o sono chegar, deito na cama de solteiro. — Ela afirma, apontando para o móvel que fica em frente ao berço de Noah. Isso me faz lembrar que preciso começar sua transição para uma caminha — o espertinho entra e sai do berço quando quer, e pode acabar caindo num momento desses. Vou pesquisar sobre aquelas montessorianas que ficam rentes ao chão. Me parecem mais seguras.

— Tudo bem. Estamos saindo, mas em qualquer emergência, por favor ligue para mim ou para o Gabriel, ok?

— Está certo. Vão sossegados, se precisar pode deixar que eu ligo.

— Obrigada. — Vou até Noah e dou um beijinho em sua cabeça, me despeço de Ruth e parto para a sala.

Quando chego, meu coração falta sair pela boca. Puta merda, puta que pariu, me faltam palavrões para expressar. Que homem é esse? Não é possível que tudo isso seja meu.

"Estou babando..."

Nossa, sim.

Hunter está me esperando com as mãos nos bolsos do jeans preto, a camiseta da mesma cor com o capuz ainda abaixado e uma jaqueta de couro, que combina com a minha. Sua cara é pura malícia e más intenções.

— Que caralho, Evelyn... — Ele me observa de cima à baixo e refaz o trajeto passando a língua no lábio inferior e a mão no queixo, como quem está salivando. Seu olhar é faminto, parecendo o de alguém que cogita literalmente me comer.

— Oi pra você também.

— Como é que eu vou fazer o que tenho que fazer com você desse jeito perto de mim?

— Ah, você consegue. — Tento fingir costume e disfarçar que estou nervosa pra cacete.

— Vem aqui agora pra eu te beijar, vadia gostosa.

— Ainda não, grandão, a gente nem se conhece...

Hunter dá um sorriso de lado que me faz apertar as pernas.