Fugindo Dele

35. Não estraga

O meu corpo todo tremia e por mais que eu forçasse a respiração eu estava perdendo a consciência. Itoko assim que me viu quando entrou na sala, me puxou dos braços do Otto e logo a minha visão escureceu.

Acordei com o corpo todo dolorido e o estomago dando voltas, mas nem tive tempo de me lembrar o que realmente aconteceu, pois a vontade de vomitar me expulsou da cama.

Otto estava terminando de tomar banho quando invadi o banheiro com tudo indo direto para o vaso, não tinha o que vomitar e com isso cheguei à conclusão que dormi muito mais do que algumas horas.

Com muito custo o meu corpo para de querer colocar para fora aquilo que não tem, os braços do Otto me puxam contra o seu corpo molhado e quando a minha respiração está mais controlada ele começa me despir.

Não tinha malícia nos seus toques, apenas carinho e cuidado, ele me auxiliou no banho já que diversas vezes a minha pressão baixou e fiquei no escuro por alguns segundos.

— O que aconteceu?

— Você estava em pânico, Itoko usou uma técnica que o nosso vô usava e te apagou, obrigando o seu corpo a dormir até se restabelecer.

— Quanto tempo?

— Dois dias — me viro assustada, pois a reunião com a máfia russa então aconteceu enquanto eu dormia — Eles estão hospedados aqui, não precisa me olhar assim.

— Devem me achar uma fraca — a minha fala era mais para mim do que para ele, mas mesmo assim ele me abraçou beijando o meu ombro.

— Muito pelo contrário, Druga está te acompanhando desde a primeira reunião.

— Quem?

— Druga é quem você xingou no telefone, ele é o irmão mais velho dos Partner's ele ainda não assumiu oficialmente, mas já toma todas as decisões.

Otto me contou que precisou explicar e até mesmo entrar na meio, pois quando esse tal de Druga descobriu que foi Itoko que me colocou para dormir queria o matar e só parou quando Otto o trouxe aqui no quarto.

Claro que reclamei um monte, afinal ele me mostrou para a máfia mais perigosa que sou vulnerável, mas pensando um pouco melhor isso foi a melhor coisa que me aconteceu.

Posso usar isso a meu favor, mas algo ainda não batia, se eles estavam cientes de tudo porque pediram a presença do Shinigami na reunião, me solto do Otto e saio do banheiro, mas ele me puxa de volta segurando a risada já que esqueci de enxaguar o cabelo.

Após garantir que não esqueci mais nada saio do banheiro e corro me trocar, já que estão hospedados aqui, posso tirar todas as minhas dúvidas sem nenhum protocolo.

— Seja você — Otto estava encostado na porta com os braços cruzados enquanto me observava perdida na frente do closet.

— Pode colocar uma roupa, por favor? Está me distraindo — aponto para o seu corpo já que ele estaca apenas com a toalha enrolada na cintura.

A sua risada me fez ir também e sinceramente posso esperar um pouco para confrontar esse tal russo, as mãos do Otto pela minha pele causaram arrepios enquanto o meu corpo esquentava apenas com a ideia do que poderíamos fazer.

Me viro buscando a sua boca em um beijo intenso e até mesmo desesperado, tanto que não me importei nem um pouco quando ele me ergueu me colocando em cima da cômoda.

As suas mãos logo se livram do meu sutiã enquanto a sua boca distribuía beijos descendo pelo meu pescoço, eu queria o seu toque, mas queria desesperadamente ele dentro de mim.

Puxo a sua toalha o deixando completamente nu na minha frente e ergo a sua cabeça com muito custo o obrigando a largar o meu seio, não precisei falar nada, pois apenas com o olhar ele entendeu o meu desespero.

Ainda olhando para mim as suas mãos puxam a minha calcinha com pressa e logo sinto o seu membro me preencher, acabo fechando os olhos aproveitando o prazer enquanto a minha cabeça cai sobre o seu ombro.

— Olha para mim — como não me mexi ele parou os seus movimentos — A quero com os olhos abertos e olhando diretamente para mim.

Assim que fixei o meu olhar no dele, ele voltou a se mexer. Nunca pensei que isso fosse tão complicado, mas não posso negar que foi mais intenso do que esperava, tanto que acabei gozando e sem controle joguei a minha cabeça para trás.

Otto me puxa contra o seu corpo me levando até a poltrona me deixando em seu colo, aos poucos fui voltando a me mexer enquanto ele voltou a dar atenção aos meus seios.

Como o prazer começa a aumentar os meus movimentos também aceleram e quando estou quase gozando ele me segura me prendendo, antes que eu posso reclamar ele me beija.

As suas mãos me apertam durante o beijo e mesmo com dificuldade volto a me mexer novamente, um resmungo escapa da sua boca e logo sou deitada no chão com Otto assumindo novamente os movimentos.

Não consegui manter os meus olhos apertos, já que o orgasmo veio muito mais forte e dessa vez ele me acompanhou, Otto se vira no chão saindo de cima do meu corpo enquanto estou lutando para acalmar a minha respiração.

Tudo o que eu tentava falar não conseguia, na verdade, não conseguia nem me mexer direito quanto mais raciocinar. Batidas na porta forçaram o Otto a se levantar, mas não consegui me levantar, fiquei ali no chão ainda sentindo o meu corpo e mente completamente relaxados.

— Você precisa comer, eu não devia ter...

— Cala a boca Otto, não estraga o momento — ele me ajuda a me levantar e vou em direção ao banheiro, mas logo sinto as suas mãos na minha cintura — Se controla mocinho, desse jeito vou ser obrigada a te agarrar — empino a minha bunda contra o seu corpo, mas começo a gargalhar quando ele suspira.

— O que eu faço com você, senhora Hensei?

— Ainda é senhorita, não nos casamos — ele me vira me impedindo de entrar debaixo da água — Não quero uma festa de arromba, mas ainda, sim, quero o nosso momento.

— Você é uma caixinha de surpresa, vou pedir...

— Não — o interrompo o deixando confuso — Pelo menos não agora, primeiro preciso descobrir o que tanto escondem e principalmente preciso descobrir uma forma de parar tudo isso.

— Como desejar, será sempre como você desejar — a fala do Otto me fez gargalhar novamente.

— Você tem juízo — toco no seu rosto com carinho e ligo o chuveiro, ainda preciso me resolver com os russos.