58. Não vai

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Meu pai não me contou o que realmente está acontecendo, mas consegui a informação com os gêmeos, claro que foi na base da chantagem, mas isso são detalhes a qual não me prendo com eles.

Quando questionei o Otto ele apenas desconversou, isso confirmou que logo ele deve sair e vai me deixar sozinha. As escondidas Itoko me mostrou que a visita era a Morrigan que jurou que me mataria na frente do Otto, ele também me pediu para não sentir raiva dele, afinal ele só não quer me manter em uma bolha.

No fundo, eu entendo ele, mas tenho medo dela aprontar alguma coisa ou que ela tenha se aliado a alguém, novamente Itoko me avisou que as máfias que se reuniram comigo estão ajudando e de olho em cada passo dela e certamente vão ajudar o Otto.

Não era uma certeza, mas ainda, sim, era a única coisa que tinha no momento. Já fazia uma semana que voltamos para casa, quer dizer, eu voltei no mesmo dia da visita da Zuri, mas Otto precisou ficar mais um pouco.

Ele aproveitou esse tempo para juntar informações, resolvi que não iria me envolver após a nossa primeira briga, que me fez passar mal de tanta raiva que senti dele.

Os gêmeos colaram em mim e só me deixavam sozinha quando Itoko assumia o posto, me aproveitei disso para aprender mais das empresas e até mesmo da máfia que agora é minha.

Descobri que com a morte do Druga os gêmeos agora assumiram tudo, mas me manterão no comando, mesmo que eu não saiba dar nenhuma ordem ainda. Mas isso fez a minha mente ficar ocupada.

Aos poucos também voltei com os treinamentos, claro que eles estavam muito mais leves, mas mesmo assim eles vem ajudando o meu corpo se recuperar mais rápido.

— Não acha que está pegando pesado? Deveria descansar — a voz do Otto ao fundo da sala de treinamento não foi uma surpresa, afinal já passam das duas da manhã e não consigo dormir.

— Saberia disso se... — engulo as palavras, pois começar uma briga agora era o que menos desejava.

— Termina Iris — ele me prende contra o saco de boxe — Joga na minha cara o que eu fiz desta vez.

— Você não fez — a minha raiva apenas subiu e por alguns segundos esqueci completamente que ele estava em recuperação.

E viro tentando acertar ele que apenas sorria por conseguir desviar dos golpes, mas acabou esquecendo que uso os golpes todos juntos sem um estilo definido, então consegui o derrubar no chão.

— Você está atrás dessa caçada tosca tem semanas...

— Isso é para te manter segura — ele me puxa contra o seu corpo me fazendo cair no chão também, mas assim que tento me levantar ele me vira me prendendo com o seu corpo — Você está vivendo dentro de uma bolha e nem de longe é a vida que desejei para você.

— Mas eu estou com medo de acordar e não te encontrar.

— Por isso está sempre lutando contra o sono? — desvio o olhar para não ter que admitir — Meu amor, eu te amo e preciso que confie em mim, sou um pouco difícil de matar e sem contar que não vou deixar a Zuri tocar em você.

Acabo gargalhando por conta dos seus ciúmes, mas isso me fez baixar a guarda para ele que começa a beijar o meu pescoço, a mistura da sua respiração com o toque dos seus lábios faz a minha pele se arrepiar.

— Otto...

A minha voz sai mais como um gemido e isso apenas nos acendeu mais, tanto que as suas mãos entram por baixo da minha roupa, mas antes que ele possa retirar eu o seguro olhando diretamente nos olhos.

— Estão todos dormindo.

Um sorriso cresce nos meus lábios e em seguida eu o puxo beijando aquela boca que tanto desejo, as suas mãos vão direto para a minha calça se livrando das peças ali enquanto eu aprofundo mais o beijo.

Sentir ele dentro de mim me fez gemer contra a sua boca e graças ao beijo os sons estavam sendo abafados, mas tudo era intenso demais, seja seus movimentos, a nossa respiração ou até mesmo as sensações, tanto que acabei gozando rápido e por o apertar tanto durante o orgasmo ele acabou gozando também.

— Iris...

— Eu quero mais — seguro o seu rosto o obrigando a me olhar nos olhos e em um movimento rápido ele me pega no colo e deixando as roupas ali mesmo fomos direto para o nosso quarto.

Espero do fundo do meu coração que não tenha aparecido ninguém ali no corredor, pois fui me esfregando no Otto até que ele me prensou na parede do corredor, me penetrando novamente.

Estávamos parecendo dois animais desesperados por mais do corpo do outro. Assim que ele empurra a porta a fechando e nos deita na cama, não consigo mais segurar os gemidos que escapam pela minha boca, estimulando o Otto a aumentar mais os seus movimentos.

A sua boca desce para os meus seios enquanto ele ainda me penetra cada vez mais forte e quando o orgasmo dá sinais ele me vira me puxando para a beirada da cama.

Afundo a minha cabeça nos lençóis na tentativa de abafar os meus gemidos que estão saindo cada vez mais altos por conta do orgasmo, mas para prolongar o meu prazer ele não para os movimentos me levando no limite e deixando o meu corpo completamente mole e sonolento.

Não sei quando tempo eu dormi, mas acordei com as mãos do Otto nos meus seios e assim que ele percebe que realmente acordei ele se posiciona em cima do meu corpo para em seguida me penetrar novamente.

O seu olhar não desviava do meu momento algum, enquanto os seus movimentos estão cada vez mais rápidos, a minha mente começa a gritar para que isso pare, afinal está parecendo uma despedida, mas o prazer que estou sentindo fala mais alto e quando percebo já estou completamente entregue a outro orgasmo.

— Não vai — a minha voz ainda estava ofegante ainda pelo orgasmo, mas Otto me puxa para deitar sobre o seu peito enquanto começa deslizar os seus dedos pela minha pele.

— Eu te amo muito.

Eu queria brigar com ele, bater nele, xingar ele, já que ele não me respondeu que iria ficar ali, mas o sono foi mais forte e me abraçou. Assim como abracei a esperança que aquilo não foi uma despedida e que daqui a pouco ele vai me acordar com beijos e vamos transar novamente até que alguém bata na porta nos obrigando a sair do quarto...

Isso é tudo que eu desejo enquanto o sono me abraça...

Fugindo DeleOnde histórias criam vida. Descubra agora