38. Não me provoca

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O meu olhar encontrou com Itoko que sorriu fraco em forma de afirmação, mas antes que eu vá em direção à porta, Otto me pegou no colo e subiu direto para o quarto, ele não estava dando a mínima para os meus resmungos e tapas.

Ele realmente me jogou na cama, me fazendo soltar um grito de susto, mas ainda sim consegui ver ele trancando a porta, mas se isso não fosse o suficiente ele arrastou a cômoda que tinha ali do lado na frente da porta.

— Nunca mais — ele se aproxima da cama mantendo o seu olhar intimidador, mas não surte esse efeito em mim, pelo menos não de medo — Preste bem atenção Iris, nunca mais você vai cogitar a possibilidade de ir para qualquer lugar que não comigo ao seu lado.

— Se iluda como quiser — dou a volta para descer do outro lado da cama, mas Otto entra na minha frente — Se quer ficar ao meu lado vai me contar tudo antes mesmo que eu tenha que perguntar e se aquele imbecil do Druga for desrespeitoso com o Itoko...

— Tudo isso por causa do Itoko? — ele me solta puxando os seus cabelos para trás, estava pronta para brigar com ele, mas acabei sorrindo ao perceber que o Otto estava com ciúmes.

— Sim, tudo isso por causa dele, posso listar várias coisas que ele já fez por mim...

— Para de me provocar — ele me prensa contra a parede enquanto os seus olhos não deixavam o meu — Posso não ser tão legal assim...

— Experimenta fazer alguma coisa com ele — o interrompo sentindo o meu sangue ferver — Ele é o seu primo, esteve ao seu lado em todos os momentos, te ajuda desde que se conhece por gente, me recebeu, me ajudou, me irritou e até mesmo me treinou para me manter segura, ele nunca me olhou com malícia, eu confio a minha vida a ele então senhor Otto nunca mais o despreze ou eu sumo neste mundo levando ele comigo — vou batendo no seu peito a cada afirmação, mas na última ele segura a minha mão enquanto a sua outra mão me puxa contra o seu corpo.

— Está protegendo...

— Claro que estou, não sei o seu passado com esse russo, mas o comportamento de vocês dois não foi legal.

— Você me defenderia assim também?

— Eu dou a minha vida por você, eu te amo Otto e se preciso for eu até mesmo bato em você...

Otto me beijou e com muito custo consigo soltar as minhas mãos para abraçar o seu pescoço, o seu aperto me puxando para mais perto apenas aumenta e sem pensar em mais nada puxo a blusa para cima o obrigando a separar os nossos lábios.

Eu deveria bater nele, xingar ele, mas não consigo resistir quando ele me aperta e me beija daquela forma. Não vou brigar contra o meu corpo, na verdade, nem quero brigar, eu quero mesmo é o prazer que Otto me proporciona.

Sentir as mãos do Otto percorrendo o meu corpo me fez gemer durante o beijo e com um sorriso ele me deita na cama novamente. Senti algo gelado percorrendo o meu o corpo e quando abro os olhos acabo me assustando.

— Tem noção de como ficou gostosa com essa roupa? — nego com a cabeça o vendo passar a adaga pela minha blusa a cortando no processo — A minha vontade era foder ali mesmo, mas o meu sangue ferveu quando me lembrei que o Druga também estava ali.

Não consegui responder já que ele terminou de cortar a minha calça e sua boca foi direto para a minha intimidade, levo a mão até a sua cabeça me segurando em seu cabelo enquanto ele me mordia e me chupava com intensidade.

Novamente aquele metal gelado estava encostando na minha pele e pela primeira vez fiquei com medo do que ele poderia fazer com aquela adaga, sentir aquele cabo gelado quando me penetrando me tirou o juízo, mas não aceito isso.

— Vai mesmo me penetrar com essa adaga? A mesma que vários já colocaram a mão? Não seria a mesmo coisa que a mão deles me dando prazer? — ele lança a adaga contra a parede no mesmo instante sem me olhar diretamente, apenas passou a língua após me penetrar com os seus dedos.

— Para de me provocar, Iris — a sua voz calma não refletia a intensidade que ele me penetrava, mas eu me recuso a gemer, então mordo a minha boca na esperança de que nenhum gemido saia dali.

— Vai fazer o quê? — ele finalmente me olha nos olhos — Vamos Otto, me diz o que vai fazer? — me solto dos seus dedos e subo em seu colo me esfregando na sua roupa, já que ele não tirou nada além da camiseta — O que o grande Shinigami faria comigo?

— Ele foderia com você da forma mais bruta e depois mataria você — seguro a sua cabeça pelos cabelos afastando a sua boca do meu pescoço enquanto me esfrego mais ao ponto de conseguir gozar — Puta merda roxinha esse gozo era para estar na minha boca...

— Mas não está e nem vai estar até que você se retrate com o seu primo — seguro firme a sua cabeça e percebo as suas feições se endurecer — Não vou admitir que você nem ninguém nos trate assim, só porque não somos de máfias ou organizações não quer dizer que podem pisar.

Me levanto do colo dando tapas nas suas mãos que tentam me segurar, e vou direto para o banheiro, preciso de um banho gelado urgente ou vou acabar voltando lá e tudo isso será em vão.

Ligo o chuveiro deixando a água cair e regulando para que fique mais gelada, porém, quando entro em baixo da água aquele corpo gostoso encosta no meu e aquelas mãos passeiam pelo meu corpo me fazendo ferver.

— Acha mesmo que esta água é o suficiente para te acalmar? — nego com a cabeça sentindo os seus beijos na minha nuca — Então, por que correu de mim? Não vai me mostrar mais a sua versão dominadora?

— Eu não sou, nem sei de onde tirei tudo aquilo — sei, sim, só não vou contar para ele.

— Então agora é a minha vez...

Fugindo DeleOnde histórias criam vida. Descubra agora