Fugindo Dele

45. Vai me negar?

Druga tinha razão, confio que Itoko e Otto não vão esconder as coisas de mim, na verdade, até mesmo ele já se mostrou uma pessoa a qual posso pedir socorro, mas era muita informação despejada em cima de mim.

Respiro fundo sendo conduzida pelo Otto até o quarto, mas a minha mente tentava achar soluções para tudo que estava naquele painel, pois só assim eu vou conseguir libertar o Otto e até mesmo ter paz.

— Precisa limpar a sua mente ou vai acabar com dor — a suave do Otto me chamou para o presente, ele estava parado na minha frente enquanto me olhava atentamente.

— Você já sabia disso tudo? — ele nega com a cabeça sem desviar o olhar — Se soubesse o que teria feito de diferente?

— Os anos que passei na Rússia certamente estaria na sua cama — a sua resposta rápida fez o meu corpo esquentar — Eu te amo Iris, mas pelo que você é e não pela sua família.

— Eu seria eu mesma se fosse criada com o meu pai? — ele nega com a cabeça segurando a risada.

— Nem de longe seria tão calma, já teria matado meio mundo apenas por tentarem pisar no seu território — isso me fez sorrir.

— Seria tão terrível assim?

— Sanguinária, mas tenho certeza que não sujaria as suas mãos já que o Druga faria tudo por você, acredite ele não mentiu quando disse que você é família.

— Iris Patner — a minha voz sai mais como um sussurro, isso fez Otto me puxar contra o seu corpo.

— Não, Iris Hensei, afinal você aceitou se casar comigo.

A boca do Otto no meu pescoço me causou arrepios, ao perceber que eu apenas fechei os olhos para aproveitar o seu toque as suas mãos me puxam pela cintura colando mais os nossos corpos.

Otto começa a andar comigo me levando até o banheiro onde foi tirando as minhas roupas e deixando pelo caminho, mas quando fui tirar as suas ele segurou a minha mão.

— Seu momento.

— Se é meu, eu quero ele com você, vai me negar?

Ele apenas engole seco olhando diretamente nos meus olhos, mas sem esperar o que ele vai me falar o puxo para um beijo, o meu corpo fervia apenas com o seu aperto.

Eu precisava de mais, então levo as minhas mãos contra a sua roupa, mas antes que consiga abrir a sua calça ele retira a arma em que estava presa nas suas costas. A deixando em cima da pia.

O meu olhar desce pelo seu corpo acompanhando os meus dedos que passam suavemente pela sua pele. O que eu adorava era perceber que o corpo dele respondia aos meus toques com a mesma intensidade que o meu.

Assim que forço a sua calça para baixo, ele me ergue indo até a cama nos deitando nela. A sua mão vai direto para a minha intimidade que já estava mais que lubrificada pela minha excitação.

Puxo Otto pelo pescoço para alcançar os seus lábios em um beijo desesperado, era exatamente assim que eu me sentia desesperada por ele. Ali naquele momento nada e nem ninguém importava.

Ele tenta falar alguma coisa, mas eu não quero palavras, então aprofundo mais ainda o beijo, mas acabo soltando a sua boca quando ele me penetra de uma vez. Os seus movimentos eram mais lentos, mas ainda, sim, ele ia cada vez mais fundo me fazendo gemer contra a sua boca.

Aos poucos ele vai perdendo o controle e aumenta a velocidade dos seus movimentos, enquanto eu afundo o meu rosto no seu pescoço para abafar os meus gemidos.

O meu corpo começa a dar sinais que o orgasmo está chegando e assim que Otto percebe ele aumenta ainda mais os seus movimentos e sem controle acabo gemendo mais alto enquanto sinto o meu corpo inteiro vibrar pelo prazer.

A sua boca desce pelo meu pescoço indo até os meus seios me fazendo até prender a respiração, sei que ele não gozou ainda, mas não consigo nem formular uma frase completa.

Quando percebo que ele vai se afastar puxo o seu rosto pelos cabelos enquanto ele apenas sorria, a sua mão aperta a minha coxa e vai subindo até a minha bunda onde ele aperta com mais intensidade me fazendo gemer.

— Você precisa descansar.

— Eu preciso de você, mas se estiver cansado eu posso...

Ele não me deixou terminar de falar e me vira na cama puxando a minha bunda com tudo contra o seu membro que me penetra mais fundo e um gemido mais alto escapa pela minha boca.

Os seus movimentos que antes começaram controlados agora estão o oposto, as suas mãos me apertam me segurando para não sair do lugar enquanto Otto se movimentava cada vez com mais intensidade.

Por conta dos movimentos mais brutos o meu corpo explode em um orgasmo sem dar aviso apertando mais o Otto que poucos movimentos depois também se desmancha de prazer.

O seu corpo cai ao lado do meu, mas não consigo nem me mexer ainda sentindo o meu corpo tremer por conta do orgasmo, Otto distribui beijos pelas minhas costas e nuca me fazendo sorrir.

Mas logo os meus olhos começam a fechar e ao invés dele me ajudar a levantar, ele apenas me cobre depois de me puxar contra o seu corpo. Enquanto a sua mão sobe desce pelo meu braço, a última coisa que me lembro foi ele sussurrando que me ama e após um beijo na minha cabeça.

Quando finalmente consigo abrir os olhos estava tudo escuro, levanto a cabeça devagar e consigo ver que tem uma bandeja ali no quarto com comida e Otto também está dormindo.

Me levanto tentando não o acordar para tomar um banho, mas assim que ligo o chuveiro as suas mãos apertam a minha cintura me fazendo pular de susto. A sua risada contra a minha pele me fez rir e me arrepiar também.

— Tentando sair escondida? — a sua voz mais grossa por ter acabado de acordar sempre me acende e ele sabe disso, por fazer questão de falar no meu ouvido.

— Apenas preciso de um banho — engulo seco já que as suas mãos começam a percorrer o meu corpo me deixando mole nos seus braços — Otto...

— Agora é somente nós dois, deixa o mundo lá fora, depois resolvemos ele — ele me vira me beijando, sinceramente não sei que horas vamos sair desse quarto, mas tenho certeza que vai demorar um pouco mais que o programado.