10. Eu não voltei

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Não entendi de início, mas assim que ela puxou a minha blusa com tudo para cima que olhei ao redor, as cortinas estavam quase fechadas e para continuar simulando eu me joguei com ela em cima da cama.

O meu corpo estava sobre o dela enquanto as suas mãos vão para o meu rosto me obrigando a olhar diretamente nos seus olhos. Sempre tive o controle sobre o meu corpo, mas isso não foi o suficiente já que fiquei excitado.

As suas mãos foram contra o me peito enquanto os nossos olhos estavam fixos um no outro. Até mesmo a minha respiração eu não conseguia controlar agora, pelo jeito ela também não está no controle do seu corpo.

Sentir o seu toque suave pela minha pele era quente e diferente. Eu não sabia que precisava deste toque até este momento e agora eu desejo mais dele, desejo que ele seja mais intenso.

Vou me abaixando indo de encontro com a sua boca e pelo movimento do meu corpo escuto Iris arfar, agora cada movimento não era intencional e simplesmente estava acontecendo.

Sentir a respiração tão próxima a mim, assim como os movimentos do seu corpo embaixo do meu, estava me tirando da realidade e se não fosse as batidas insistentes na porta, provavelmente perderíamos o controle indo muito além.

Iris não me segurou quando eu levantei, mas os seus olhos percorreram o meu corpo, aumentando ainda mais o meu desejo por ela. As batidas começaram a aumentar assim como a minha raiva por ter quebrado o momento.

— Olá, Shinigami espero não estar atrapalhando nada — o olhar de Shimazu percorre o meu corpo e parou no meu membro ereto que estava bem em evidência.

— Shimazu — me limitei apenas o cumprimentar pelo nome, como sempre fiz — Você sempre sabe tudo o que está acontecendo.

— Sim, eu sei — ele passa por mim indo em direção ao sofá se acomodando — Onde estão seus modos?

— As apresentações serão feitas no baile — não me afastei da porta a mantendo aberta em sinal que ele deve ir embora.

— Como queira — ele se levanta arrumando o seu terno enquanto o seu olhar vai direto para o meu quarto — Se lhe conheço, a roupa dela não foi providenciada, então daqui a uma hora receberá outra visita e Shinigami... — ele para rente ao meu rosto mantendo o seu olhar frio — Seja bem-vindo de volta.

— Eu não voltei.

— Isso é verdade, para voltar você precisa sair e até onde sei você ainda não fez isso.

O seu sorriso apenas cresce enquanto ele vai saindo, ele sabe perfeitamente como me atingir e não é para menos ele cuidou do meu treinamento pessoalmente. Me assusto quando Iris joga para mim a minha blusa.

Tento me aproximar, mas ela vai em direção à cozinha. Aqui a cozinha e a sala é parecido com o apartamento que estávamos antes, a diferença é que aqui está completamente vazio.

— Estou com fome — ela não me olhava nos olhos e me senti ofendido, rejeitado seria a palavra correta.

— Não saia.

— Otto... — a sua voz me chama quando já estava fechando a porta — Não demora, por favor — me viro para ela procurando os seus olhos e apenas confirmo com a cabeça.

Aqui é como uma pequena cidade, ou vila, mais ao centro tem a sede de comando, hospital, mercado apenas de alimentos. Nem todos têm permissão para sair, então muitos usam o uniforme constantemente.

Fui direto nos congelados, não é o indicado, mas é o mais rápido, então tem que servir. Pego algumas opções e quando vou pagar o dono apenas nega com a cabeça indicando que não era suficiente.

Por conta da minha posição hierárquica nos Asashin, eu tenho alguns privilégios e serviços a minha disposição, como hospedagem, rouba, médico e suprimentos, seja ele alimentos como armamentos.

O barulho do chuveiro chamou a minha atenção assim que entrei, minha mente voltou no nosso momento mais cedo e sinceramente eu quero que ele se repita, u melhor se complete.

— Eu não achei minhas roupas.

— Estão no primeiro andar, ninguém tem permissão para subir.

— Mas ele subiu — ela ouviu toda a conversa ou apenas o final?

— Shimazu é um dos membros do alto escalão, ele me treinou pessoalmente, mas ele não manda sozinho em mim.

— Eu quero muito saber de tudo, principalmente para não fazer o papel de trouxa, mas também tenho noção que não é todo que pode me contar.

— Obrigada Roxinha, prometo que vou te contando tudo no decorrer dos dias — eu não poderia abrir tudo para ela, mas vou fazer da mesma forma e para isso vou a treinar da mesma forma que fui treinado, só não com a mesma intensidade.

Estávamos terminando de comer quando uma mulher chegou com a sua equipe, ela não me olhava nos olhos em sinal de respeito, mas Iris a fez conversa um pouco além do que ela estava orientada.

No final isso deixou as duas mais a vontade e o vestido da Iris refletiria um pouco a sua personalidade. Em outras palavras, eu vou ter muita dor de cabeça, com a atenção que ela vai despertar.

Precisei me segurar para não rir dos diversos "Não" que Iris falava para os tecidos e cores que eram apresentados. No final ela acabou ficando com um preto, manga comprida, porém ele é aberto na lateral do seu corpo além daquela fenda que já se inicia junto com a sua coxa.

Pelo menos ele era longo, mas como a sua pele é clara, o contraste da cor do tecido ficou maior ainda. Quando a questionaram sobre o seu cabelo, eu interferi e afirmei que não será mudado.

A cor roxa nos seus cabelos já era uma marca sua, uma parte dela para ser mais exato e não vou deixar que tirem isso dela. O seu sorriso contido fez o meu aparecer e agora pouco me importava se alguém reparou ou não.

Sem me contrariar, ela se comprometeu a entregar o vestido daqui a dois dias, assim como os tonalizantes para Iris. Eu sabia que ela iria ficar magnífica, mas nada me preparou para a visão dela pronta.

Fugindo DeleOnde histórias criam vida. Descubra agora