Good morning

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Passei as mãos pelo meu corpo então senti a malha deslizar na seda, então puxei o tecido branco vendo o verde por baixo.

Suspirei pesadamente, a cabeça ainda pulsava, mas eu tinha mais problemas do que uma simples ressaca.

Fechei as portas e caminhei para a porta, o corredor estava vazio e pude ver escadas ao fundo. Na ponta dos pés descalços caminhei para a escada e desci devagar não querendo fazer barulho. Não que isso fosse mudar alguma coisa, porque eu estava ali. Eu estava ali, na casa de Jake.

Ao descer a escada pude visualizar o pequeno foyer de um lado e uma sala confortável do outro, lareira, sofá e poltronas em tons de marrom e bege, parecia tudo novo, por mais que rustico. A curiosidade me fez olhar por trás de uma brecha das portas deslizantes tive o vislumbre de um cômodo com uma mesa coberta de . Mas o cheiro de café me guiou até outro cômodo. Um pequeno portal de madeira dava acesso a cozinha, ela era clara como toda a casa, com armários brancos e uma mesa posta ao lado das janelas. Jake estava apoiado em armários, uma caneca de café em uma mão enquanto outra foleava uma pasta sobre a bancada, suas roupas, o uniforme, mas sem nenhum coldre ou insígnias de cargo, apenas a camisa e a calça padrão. O observei bebericar o café, tão quente que a fumaça espiralava sobre o líquido, as costas se movimentavam sutilmente a cada respiração, os cabelos estavam levemente húmidos, devia ter saído do banho a pouco. Inspirei, buscando seu cheiro, mas havia odores demais para competir.

— Que horas são? — Indaguei adentrando o cômodo, o fazendo erguer o rosto e vira-se para mim.

— Bom dia para você também — disse com um leve arquear de sobrancelhas. Forcei um sorriso com direito a olhinhos piscando e tudo.

— Bom dia! — Houve um arquear de sobrancelhas então ele desviou o olhar para o relógio no pulso.

— São sete e meia.

— Puta merda! — Levei as mãos ao rosto.

— E você precisa comer alguma coisa rápido porque eu estou atrasado — acrescentou levando novamente a caneca aos lábios e goleando até esvaziá-la.

— Meus avós devem estar pirando — levei as mãos a cabeça, a sentindo pulsar mais ainda.

— Fica tranquila, eu já mandei uma mensagem para eles pelo seu celular falando que você estava na casa de Emily Adams, e mandei uma para ela para confirmar caso eles liguem — ele falou casualmente fechando a pasta e colocando a caneca na pia.

Pisquei perplexa.

Eu ouvi direito?

— V-você...você mexeu no meu celular? — Jacob deu de ombros e pegou uma das torradas na torradeira, a levando a boca. — Mas ele tem senha! — Ele engoliu.

— Sua data de aniversário? Chama isso de proteção? — A sobrancelha cheia arqueou.

Franzi o cenho. C-como qu...? O que?

Jake suspirou e passou por mim direto para a sala enquanto comia sua torrada.

— Coma, rápido! — Mandou novamente e ainda um pouco perplexa eu anuí.

O ouvi subir as escadas, passei os olhos pela cozinha e parei na mesinha madeira com três cadeiras diante das janelas que davam para uma árvore e o campo adiante. O sol adentrava suavemente quando me sentei diante de uma série de comidas intocadas, algumas panquecas, frutas, bacon, ovos e meu prato.

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