Looking for trouble

110 13 0
                                    


Me olhei no espelho mais uma vez, eu usava um short jeans cintura alta, com uma camisa branca ensacada, jaqueta jeans e all stars vermelho. Meus cabelos estavam soltos e maquiagem era apenas um delineador no canto dos olhos e batom vermelho.

Sorri com o resultado e meu celular apitou.

"Desce gatinha "— A mensagem era de Rocky.

Desci as escadas e parei na sala onde meus avôs estavam.

— To indo — avisei e os dois ergueram a cabeça para mim.

— Se divirta — vovô falou. — Não volte muito tarde.

— Cuidado querida, Deus te acompanhe — ela disse.

— Pode deixar, amo vocês — os mandei beijos e sai em direção a porta.

Entrei no carro sabendo que provavelmente meus avós estavam olhando pela janela, mais cedo tinha ouvido um discurso sobre me deixarem sair depois de tudo e que eu devia merecer era confiança.

— Eai!

— Você não disse que era uma Hastings — foi a primeira coisa que Rocky falou.

— Não disse? — Ela arqueou as sobrancelhas desafiadora e eu inclinei a cabeça. — Eu ainda sou a mesma pessoa Rocky, agora vamos pra festa por favor. Aliás, você está linda — a morena inspirou, as mãos na direção do corola 2007, mas no final sorriu de canto.

— Eu sei que estou sua safada — eu sorri e ela acelerou para fora do rancho.

A festa era em um bairro do subúrbio de Columbia, casas de apenas um piso, quase todas iguais, o desleixo com a manutenção também parecia comum em algumas das casas. Paramos na frente de uma delas, a música vinha abafada de dentro e algumas luzes coloridas piscavam pelas janelas, o dodge preto estacionado na frente da garagem.

A porta estava aberta e assim que entramos pude ver a sala, o piso de cerâmica e as paredes amarelas desbotadas. Já havia uma boa quantidade de gente ali, em pé conversando, sentados no sofá velho, nas poltronas, sobre a mesa de centro, a casa, no entanto, parecia um pouco vazia de moveis. Fumaça espiralava pelo ar, senti cheiro de cigarros de todo tipo, se é que me entende, mas não era só isso que rolava. No lavabo quando passava pela porta entreaberta vi uma menina aspirando uma carreira de pó na bancada.

Parece que essa cidade não é tão atrasada quanto eu pensava.

Rocky foi cumprimentando e sendo cumprimentada à medida que adentrávamos, e em um momento vi Morgana sentada no colo de um cara barbudo com jaqueta de couro.

— Finalmente! — Bender falou assim que chegamos à bancada da cozinha americana.

— A gatinha mora do outro lado da cidade, não pude fazer nada — Rocky deu de ombros pegando a garrafa de vodka e despejando o líquido no copo vermelho.

— Um poço de delicadeza — Sugar falou e a morena reviro os olhos.

— Bebe o que Sandy? — A loira me perguntou pegando um copo para mim.

— Tem rum? — Bender arqueou uma das sobrancelhas e o canto do lábio.

— Você sempre surpreende, não é? — Dou de ombros. — Por sorte sei onde Hart guarda o rum dele — sorriu maliciosa e seguiu até o outro lado da cozinha, esticando-se para alcançar a prateleira do meio do armário de cima. Dentre algumas caixas estava a garrafa de rum.

TENNESSEEOnde histórias criam vida. Descubra agora