— Você não ta cansado? — Indaguei, mas permaneceu sério.
— Nós precisamos conversar. E precisa ser na minha casa.
Ah!
— E o seu plantão?
Jake girou a mesa e pegou o celular discando um número em seguida o levando ao ouvido.
— Gibson? — Houve uma pequena pausa. — Não houve nada, apenas preciso que volte ao departamento.
Enquanto ele falava ao celular eu olhei para baixo procurando minha calcinha enquanto amarrava o vestido de volta. E lá estava ela, ou os trapos dela.
É não dava pra vestir.
Peguei a peça do chão e voltei a me sentar balançando minhas pernas no ar, o all star de cano longo branco com o carpete azul escuro e acinzentado abaixo.
— Sim, sim. Não se preocupe — o ouvi seguido de um barulho de chaves. Virei a tempo de o ver enfiar a pistola no coldre.
Jacob puxou a jaqueta da cadeira e seguiu reto até o cabideiro ao lado da porta, pegando o chapéu.
— Vem comigo — disse virando o rosto para mim.
Quando ele deu as costas abrindo a porta, eu aproveitei o tempo para enfiar minha calcinha entre algumas fixas de relatório. Mas antes que ele percebesse eu saltei da mesa e segui para fora da sala, ele abrindo a porta para mim.
O xerife em silêncio me guiou pelo cômodo escurecido até uma saída alternativa que dava nos fundos do departamento. Jake me levou até a esquina para o estacionamento da frente e se virou para mim e disse firme:
— Vá daqui direto para minha casa, eu estou indo atrás de você.
Inspirei fundo e assenti. Mas antes que eu me distanciasse o ouvi me chamar:
— Baby!
Me virei. Ele parado, segurando a porta para mim.
— Parabéns pela habilitação — e mesmo em sua face mais séria, acho que vislumbrei um pequeno sorriso no canto da sua boca.
Sorri abertamente e rumei até onde havia estacionado, ciente de que ele me observava durante todo percurso.
Eu me sentei no banco do carro e acelerei para fora, as memórias recentes me acompanhando, me roubando sorrisos. Mas ela também ainda muito tátil, graças a dor nos músculos internos das minhas coxas.
É, quando ele falou que eu não ia conseguir sentar ele não estava mentindo.
...
A porta bateu atrás de mim, remetendo exatamente a uma semana atrás. Inspirei fundo e olhei para ele por cima do ombro. Jake tirava a jaqueta, mas projetou o queixo em um gesto curto.
— Pode ficar à vontade.
O canto da minha boca se curvou.
Segui até a sala e me sentando no sofá. Aquele sofá trazia ótimas memorias, na verdade.
— Quer beber ou comer alguma coisa? — Indagou no foyer colocando a arma no aparador.
— Não, eu to bem — falei e o xerife entrou na sala se desfazendo do coldre axilar. — Mas você deve estar com fome, o dia todo trabalhando.
Jake se aproximou e parou diante de mim, soltando o coldre no centro.
— Nacy me fez comer antes de ir para casa.
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TENNESSEE
RomansaO mundo paralisou quando eu o vi pela primeira vez. O homem mais lindo, magnético e aterrorizante que conheci. E eu, que odiava ouvir um não, não iria desistir enquanto não tivesse aquele xerife aos meus pés. "Você sempre será minha doce e degenera...