O mundo paralisou quando eu o vi pela primeira vez. O homem mais lindo, magnético e aterrorizante que conheci. E eu, que odiava ouvir um não, não iria desistir enquanto não tivesse aquele xerife aos meus pés.
"Você sempre será minha doce e degenera...
— Se lembre de parecer chateada comigo, ta bom? — Jake disse enquanto nos despedíamos a alguns metros da propriedade Hastings.
Sorri, passando as mãos pelo seu peito coberto pelo uniforme.
— Não é muito difícil fingir que te odeio. Eu sempre estou muito irritada com você — o canto do lábio dele se ergueu.
— Eu adorei nosso tempo juntos — suspirei pesadamente. — Sério, qualquer tempo que temos juntos, já são os melhores para mim.
Meu coração bateu forte.
— Para mim também — foi a vez de ele suspirar, o polegar acariciando meu rosto. Respirei fundo. — Tenho que ir, ou já já eles ligam de novo — nos afastamos.
— Boa sorte com eles mocinha — abri a porta do carro fazendo uma careta, ele riu.
— Bom trabalho, senhor xerife — cantarolei saindo do veículo.
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Todo o bom humor que Jake me despertou foi por água a abaixo assim abri a porta e me deparei com Angelina, me mandando ir para o escritório, onde meus avós me esperavam.
Franklin estava sentado em sua cadeira de couro e Marjorie com as pernas cruzadas em uma poltrona próxima as estantes que iam do chão ao teto. Assim que me viram, ambos ergueram os rostos. Não havia nenhum sinal de piedade neles.
Inspirei fundo.
— Tem ideia do quão irresponsável foi sair com o carro sem carteira de habilitação? — Vovó falava.
— Tem ideia do que poderia ter acontecido Elizabeth? E se você tivesse se envolvido em um acidente? Se tivesse machucado alguém? Se tivesse se machucado? — Vovô continuou.
— Sabe como isso teria afetado a candidatura do seu pai? — Vovó finalmente chegou ao ponto, ao ponto que ambos estavam circulando até falar.
"Ele faria o mesmo que fez em Nova York, pagaria para calar a boca de todos. É assim que os Hastings resolvem tudo, com dinheiro e poder." — A resposta veio na ponta da minha língua, espumando de sarcasmo, mas comprimi os lábios.
— A filha de um candidato ao senado dirigindo sem habilitação, fugindo na escola. Isso faria ele perder a eleição.
Eu, em pé diante dos dois, vovô em sua cadeira e vovó ao lado dele, anuí.
— Vocês têm razão — eles pararam, houve um breve silêncio, expressões confusas.
Eles não me perguntaram o que houve. Não me perguntaram por que eu fiz essa loucura. Sequer questionaram se eu estavam bem. Eu sabia que Jake havia dito que eu não estava, sabia que ele disse que houve algo na escola. Mas eles não se importavam. Então por que eu perderia meu tempo tentando os fazer enxergar que eu não era só uma garota delinquente mimada? Por que eu perderia meu tempo com sarcasmos que só me faria ser punida logo depois? Eu fiz isso por anos, eu brigava com minha mãe, eu gritava para que ela enxergasse através dos meus atos, que ouvisse as palavras que eu não conseguia dizer. Ninguém nunca se importou, então tudo bem. Eu estou cansada te tentar e falhar.