Brothers Relationship

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Jake


— Eu não quero saber Dickson — interrompi o discurso do tenente que tentava explicar por que havia motivos para não fechar um caso já concluído com todas as provas pronto para ir a julgamento.

— Mas senhor nós fomos conversar com o caçador e ele disse de novo que ouviu o barulho de passos quando tava andando na mata... — ele tentou novamente, sua dupla atrás em silêncio, apenas observando.

Mas para minha sorte Nacy, com seus óculos de gatinho preto, abriu a porta para avisar:

— Sua reunião com o prefeito é em 15 minutos.

Claro. Eu já tinha até me esquecido disso.

Me levantei procurando as malditas chaves do carro na mesa.

— Esse caso está encerrado, um caçador que ouviu passos em uma floresta não é prova suficiente — as achei cima de uma pilha de papeis e então ergui o rosto para os dois cabos e continuei:

— E se eu souber que estão gastando um centavo do orçamento departamento pra investigar mesmo sem minha permissão já sabem o que vai acontecer — vi Dickson apertar a mandíbula e o seu parceiro, Steve, apenas engoliu seco. — E eu não acho que vocês queiram voltar a ficar fazendo a patrulha, certo?

Os dois tenentes inspiraram e anuíram.

— Ótimo — comecei a caminhar até onde minha jaqueta e o chapéu ficavam pendurados. Fora um presente de Nacy no Natal, quando disse que minha mesa era uma bagunça e que uma hora eu ia acabar derramando café no meu chapéu, que sempre ficava em cima da mesa. — Quero novidade sobre o caso William na minha mesa até quarta-feira, espero que não tenham esquecido dele — lembrei já na porta e segui para fora.

Eu entendia bem Dickson e Steve, ambos jovens tenentes tentando ser heróis. O sonho de todo garoto que sonha em entrar para a corporação, prender bandidos, investigar assassinatos, perseguições de alto risco, descobrir crimes que entrariam para história. É, eu já fui jovem e iludido também. Mas eles precisavam aprender que só cresceriam aqui fazendo o que lhes era pedido, nós somos policiais e não justiceiros.

Mas eu estava de ótimo humor hoje. Na verdade, eu estava de ótimo humor desde quinta-feira.

"— Deus! O que houve com você? — Brad me perguntou no dia seguinte depois da melhor tarde da minha vida.

— O que? — Franzi o cenho, levando a caneca de café aos lábios enquanto estávamos na copa.

— Esse sorrisinho — ele circulou os próprios lábios, enquanto colocava a caneca de café na máquina. — Você está com esse sorrisinho na cara desde que chegou.

Incontrolavelmente acabei sorrindo mais.

— Olhe aí! Está vendo! — Apontou para mim, sorrindo também. Então ele estreitou os olhos, como se me estudando e soltou:

— Você transou ontem, não transou? — Indagou um pouco mais baixo, para que ninguém escutasse, embora estivéssemos sozinhos a uns 2 minutos desde que Karen foi para sua mesa.

Fechei a cara.

— Eu não sei o que você está falando — disse o mais sério possível.

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