Eu não tenho ressaca, nunca tive, e me considero sortuda por isso, porque horas depois tive que acordar para ir à escola. Já acostumada a virar noites, ou a dormir por poucas horas, hábito vindo de Nova York e suas festinhas no meio de semana, não foi tão difícil levantar. Tomei um café rápido, porque havia acordado atrasada, me despedi dos meus avós e rumei com minha bicicleta para o centro de Columbia. Logo que cheguei encontrei Emily no seu lugar quase fixo na sala, com Caroline ao lado, o professor já estava em sala, mas aula felizmente ainda não havia começado. No momento que me sentei na cadeira a garota baixinha se virou para mim discretamente.
— Você está bem? — Indagou e por algum motivo a pergunta não me pareceu natural.
— Sim, por quê? — Ela inspirou fundo e trocou um olhar rápido com Caroline.
— Todo mundo já ta sabendo o que aconteceu na festa do Hart, eu imaginei que você tivesse ido — falou o mais baixo possível para que eu escutasse.
Obvio que sabiam, uma cidade pequena onde vários jovens levados à delegacia no meio da madrugada por suspeita de uso de drogas.
— Eu fui, mas ficou tudo bem — dei de ombros.
A verdade era que eu estava doida para encontrar Bender e saber como ela estava, saber de Hart, sobre sua situação. Bom, minha preocupação significava que não, não estava tudo bem, mas ninguém precisava saber.
— Que bom então — sorriu fraco e eu devolvi antes que ela se virasse de volta para frente.
— Bom dia turma, hoje vamos falar sobre funções de segundo grau — Sra. Gonzáles começou.
Com o celular embaixo da banca aproveitei para mandar uma mensagem para Bender.
A aula de matemática já havia acabado e a loira não havia me respondido, estranhei, mas ela podia estar prestando na aula por um milagre divino. Sai da sala com as meninas e deixei os livros e cadernos no armário. Estava pensando no que comer quando uma voz um pouco metálica soou pelos alto-falantes.
— Bom dia CHS — o corredor parou por um instante, as vozes diminuíram para ouvir o aviso do diretor. — Todos os alunos do quarto ano, por gentileza, comparecer a quadra nesse momento.
Franzi o cenho e olhei para as meninas, elas também pareciam confusas.
— Isso é normal? — Indago.
— Deve ser algum aviso — falou Caroline.
Seguimos juntas e com o fluxo na direção da quadra, meus olhos acabaram por buscar Bender, afinal todo o quarto ano foi convocado. Estamos na entrada da quadra, bem nas portas de metal roxas, quando vi Sugar, depois Rocky e finalmente Bender.
Parei no meio da multidão entre o escoamento na direção da porta.
— Encontro vocês lá, podem guardar um lugar pra mim? — Ambas assentiram e seguiram seu curso.
Eu atravessei na direção do trio e o primeiro a me ver foi Sugar, ele falou algo que vez Rocky virar, mas a loira não.
— Ei! Vocês estão bem? Ontem foi uma loucura — falei e apenas o moreno e a negra me olharam com sorrisos amarelos.
— Sim, gatinha, conseguimos sair antes que a polícia chegasse — Sugar respondeu.
— Por sorte — acrescentou a outra e sorri fraco.
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TENNESSEE
RomanceO mundo paralisou quando eu o vi pela primeira vez. O homem mais lindo, magnético e aterrorizante que conheci. E eu, que odiava ouvir um não, não iria desistir enquanto não tivesse aquele xerife aos meus pés. "Você sempre será minha doce e degenera...