Doce pecado - Os Irmãos Frank 2

Capítulo 08

Gregório Frank

— Obrigada por preparar um jantar tão especial, a noite está linda, nossa conversa está agradável, eu adorei jantar com você. — Seguro em seu rosto, acariciando sua pele e aproximo nossos rostos, tocando apenas a ponta de nossos narizes.

— Sou eu quem tenho que agradecer a você, Rubi. Desde o dia em que eu a vi, minha forma de pensar é outra, te conhecer foi a melhor coisa que pode acontecer na minha vida. — Digo perto demais do seu rosto.

— Ah Gregório...

A lua cheia lançava sua luz prateada sobre o campo de rosas, fazendo cada pétala parecer cintilar suavemente no ar. O aroma doce e envolvente das flores preenchia o ambiente, criando uma atmosfera quase mágica. Rubi caminhava ao meu lado, nossos dedos se tocando de maneira sutil, como se ambos estivessem aguardando o momento perfeito para algo maior acontecer.

O vento suave balançava levemente as mechas soltas de Rubi, enquanto meus olhos se fixavam nela, sentia o coração bater mais rápido. Paramos em um ponto onde as rosas eram mais densas, formando um pequeno círculo ao redor de nós. A beleza das flores parecia refletir o que sentíamos, o desejo e a ternura mesclados em um só.

Seguro delicadamente a mão de Rubi, aproximando-me mais. Meus olhos a encaravam com uma intensidade profunda, como se eles estivessem vendo não apenas a mulher diante deles, mas também tudo o que ela significava. Levo a mão dela aos meus lábios, beijando-a com carinho, mas logo em seguida, meus dedos se enroscam nos cabelos dela, trazendo seu rosto para mais perto do meu.

Rubi não desviou o seu olhar do meu. Havia algo naquele momento, sob o luar e cercados pelas rosas, que fazia tudo parecer certo. O tempo parecia parar quando ela deu um pequeno passo à frente, sentindo a minha respiração se misturar com a dela.

Inclinei minha cabeça lentamente, aproximando meus lábios dos dela. Era um toque suave, um roçar de pele que enviou um arrepio pela espinha de ambos. Quando nossos lábios finalmente se encontraram, o beijo começou com uma delicadeza que parecia quase tímida, como se estivéssemos saboreando cada segundo. Mas logo, o toque se aprofundou, e o beijo se tornou mais intenso, cheio de desejo e uma paixão contida que, naquele instante, foi liberada.

As mãos de Rubi subiram até o meu peitoral, a ponta dos seus dedos passearam sobre minha camisa, sentindo meus músculos firmes, enquanto eu a puxava mais para perto pela cintura, como se quisesse fundir nossos corpos em um só. O beijo era uma mistura perfeita de suavidade e fervor, como se estivéssemos tentando expressar tudo o que sentíamos, mas que ainda não tivemos coragem de dizer em palavras.

O mundo ao redor desapareceu, só restavam nós dois, envoltos pelo perfume das rosas e pela luz prateada da lua. Quando finalmente nos afastamos, ficamos sem fôlego, mas com sorrisos nos lábios. Encostei minha testa na dela, ainda segurando-a firmemente, e sussurrei com a voz rouca.

— Acho que eu poderia passar a eternidade aqui com você, Rubi.

Ela sorriu suavemente, sentindo o calor do momento ainda vibrando em sua pele. O beijo havia selado algo entre nós, uma conexão que, debaixo daquele céu estrelado e entre aquelas rosas, parecia impossível de ser ignorada, para mim, aquele beijo tinha o sabor de um Doce Pecado.

*****

Rubi Sentinelli

Quando nossos lábios se separaram, a noite ao redor parecia ainda mais encantadora. Senti meu coração ainda acelerado e percebi o olhar de Gregório suavizar, misturado com um sorriso satisfeito. Ele olhou para o céu, notando as estrelas brilhando acima de nós.

— Está tarde, Rubi. — Disse ele, com a voz rouca e ainda carregada de emoção. — Acho melhor eu te levar para casa.

Eu sabia que ele estava certo, mas uma parte de mim queria prolongar aquele momento por mais tempo. Mesmo assim, assenti com um pequeno sorriso.

— É melhor irmos, então. — Respondi.

Voltamos para o carro, ainda em silêncio, mas era um silêncio confortável, cheio de significados não ditos. Durante o trajeto de volta, Gregório e eu trocamos olhares e risadas sutis, como se compartilhássemos um segredo que só nós dois entendíamos. As palavras eram poucas, mas a energia entre nós era palpável. Eu sentia uma mistura de felicidade e excitação, enquanto ele dirigia com uma mão no volante e a outra suavemente tocando a minha pele.

Quando finalmente chegamos à minha casa, Gregório estacionou o carro e desceu para abrir a porta para mim. Ao sair, ele segurou minha mão e, em um movimento rápido e controlado, me encostou gentilmente contra o carro. A intensidade do seu olhar me fez prender a respiração por um momento.

— Você sabe o que faz comigo, não é, Rubi? — Ele falou com a voz baixa, os olhos fixos nos meus, como se quisesse desvendar cada pensamento que passava pela minha mente.

Eu sorri de lado, sabendo exatamente a resposta que ele queria ouvir, mas decidi brincar um pouco.

— Talvez... mas acho que é você que tem esse efeito sobre mim. — Respondi, deixando que minha voz saísse quase como um sussurro.

Ele riu baixinho, aproximando ainda mais nossos corpos. A mão dele subiu até minha nuca, segurando meus cabelos com delicadeza, enquanto ele se inclinava, seus lábios quase roçando os meus.

— Eu não sei o que vai acontecer daqui para frente, Rubi, mas tem uma coisa que eu sei com certeza... — Ele fez uma pausa, deixando o momento se alongar, até que seus olhos fitaram os meus com uma firmeza quente. — Eu vou te conquistar, e não vou descansar até você ser minha de verdade, você será minha em todos os sentidos Rubi Sentinelli.

Minhas pernas quase fraquejaram com aquelas palavras. O jeito como ele disse, com tanta determinação, fez meu coração disparar. Antes que eu pudesse responder, ele selou nossas palavras com um beijo profundo e cheio de desejo, como se estivesse marcando território, como se quisesse gravar aquela promessa em mim.

Quando o beijo terminou, ambos estávamos ofegantes. Gregório encostou sua testa na minha, respirando fundo antes de se afastar um pouco, mas sem soltar minha mão.

— Boa noite, Rubi. Dorme bem... e pense em mim. — Disse ele, com aquele sorriso provocante no rosto.

Eu dei um passo para trás, sorrindo em resposta.

— Boa noite, Gregório... até mais.