Capítulo 41

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Gregório Frank

Eu ligo o chuveiro e fico pensando em Isabella. Maldita mulher. Por culpa dela Rubi foi parar naquele lugar e foi estuprada, por culpa dela, não só a Rubi, como todas aquelas outras mulheres foram enganadas e o maior culpado de tudo isso sou eu, que não percebi antes que real intenção dela.

Sinto as mãos pequenas e delicadas de Rubi tocar minhas costas e ela apoia sua cabeça em minha pele.

— No que tanto pensa meu amor? Você não falou nada o caminho todo.

Eu me viro para ela e encontro seu lindos olhos verdes. Como eu a amo meu Deus. Rubi é a minha vida.

— Rubi... — Eu começo e ela me olha estranho.

— O que aconteceu? Você não me chama nunca pelo nome.

— Eu preciso te contar algo que aconteceu hoje, mas eu juro, eu não fiz nada...

— Me diz logo Gregório, o que foi que aconteceu. — Ela diz fazendo uma cara de poucos amigos.

— A Isabella, ela...

— Ela o que Gregório, o que foi que aconteceu? — Sua voz sai gélida e seus olhos começam a marejar.

— Teve uma alteração no nosso plano, no dia que você foi para a Suíça. Nós recebemos a informação de que as mulheres traficadas estariam vindo para a Califórnia e iam trazer drogas no corpo, mas era tudo mentira, a Isabella viu que você estava no voo da Suíça e alterou tudo, se nós soubéssemos que vocês estavam indo, nada disso teria acontecido.

— Mas por que ela fez isso? — Rubi pergunta com raiva.

— Por minha causa. — Ela me olha e sai do banheiro enrolada na toalha.

Eu desligo o chuveiro, enrolo a toalha no meu quadril e vou atrás dela.

— Rubi, minha jóia, me deixa terminar de explicar. — Peço preocupado.

— Não Gregório, para ela ter feito isso, só tem um motivo, vocês estavam juntos. — Ela diz apontando para mim. — Que mulher teria raiva da outra sem motivo para fazer algo tão ruim assim? Enquanto eu me entregava em seus braços, me declarava para você... Que idiota que eu fui. — Ela ri, debochando dela mesma. — Você dormia com ela. — Rubi tira suas próprias conclusões e eu esfrego meu rosto com as duas mãos.

— Não é nada disso meu amor, Rubi, olha para mim...

— Não me toca Gregório. — Ela diz com raiva enquanto veste sua roupa.

— A Isabella me contou que se apaixonou por mim desde que entrou na empresa, mas eu nunca tive nada com ela Rubi, eu juro, eu nunca toquei em nenhuma mulher da forma que eu toco em você, eu nunca amei outra pessoa além de você meu amor. — Digo aflito segurando em seu rosto.

— E por que ela contaria isso tudo para você? Que motivo você deu? — Ela pergunta me olhando séria e eu a solto.

"Se eu contar sobre o beijo, meu noivado está acabado, mas eu não posso mentir para a mulher que eu amo, não para a mãe dos meus filhos".

— Hoje ela entrou no meu escritório para deixar algumas coisas para mim e começou a dizer que eu não enxerguei os sinais dela e quando eu perguntei que sinais eram esses, ela me beijou, mas eu a empurrei, eu não beijei ela Rubi, eu não retribuí o beijo dela.

Doce pecado - Os Irmãos Frank 2Onde histórias criam vida. Descubra agora