Capítulo 15

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Gregório Frank

Atravessamos o corredor, e meu coração batia rápido, quase como se quisesse pular para fora do peito. A cada passo, eu sentia o calor do corpo dela contra o meu, o perfume que vinha da sua pele me deixava atordoado. Eu mal conseguia pensar direito, tudo o que importava naquele momento era ela. A porta do quarto se abriu, e eu a coloquei delicadamente no chão, mas não dei tempo para que ela se afastasse.

Ela me puxou pela camisa, e eu a segurei pela cintura, aproximando nossos corpos de novo, colando o meu no dela. A forma como ela me olhava, como se eu fosse a única coisa no mundo que ela queria naquele momento, me deixava completamente fora de controle.

Rubi deslizou as mãos pelo meu peito, arranhando levemente enquanto seus olhos percorriam cada detalhe meu, como se estivesse me descobrindo.

— Onde você estava esse tempo todo, ah Gregório... — Ela disse, com a voz baixa e carregada de desejo.

Eu sorri, passando a mão pelo seu rosto e sentindo o calor da sua pele.

— Você é meu ponto fraco, Rubi. — Apertei sua cintura, puxando-a para mim. — Tudo em você me tira o juízo.

Ela mordeu o lábio, provocante, e me puxou para mais um beijo, lento no começo, mas que logo se tornou feroz, cheio de vontade. Minhas mãos desceram pelas costas dela, explorando cada curva enquanto seu corpo se encaixava ao meu. Era como se nada mais existisse, só nós dois, perdidos nesse momento que parecia feito para não ter fim.

Eu a encostei na cama, e nossos corpos colidiram de novo, o peso do desejo crescendo a cada toque, cada beijo. Ela me puxava para mais perto, como se quisesse se fundir a mim, e eu fazia o mesmo. Tudo que eu queria era perder o controle com ela, esquecer de tudo que existia lá fora e ficar preso nesse instante que era só nosso.

Não havia palavras que pudessem descrever o que sentíamos ali, só a certeza de que nenhum dos dois queria que aquilo terminasse.

Minhas mãos estavam quentes contra a pele de Rubi enquanto a segurava firme, o desejo pulsando em cada toque. Olhei nos seus olhos, e tudo ao redor se apagou. Não havia mais nada, só nós dois. Meu coração batia forte, acelerado, e eu sabia que precisava dela mais do que nunca.

Com um movimento lento, deslizei as mãos pelos ombros dela, puxando o tecido fino do seu vestido. A seda deslizou sob sua pele, revelando cada detalhe que eu tanto desejava explorar. Ela respirou fundo, mordendo o lábio inferior, e eu não consegui desviar o olhar por um segundo sequer. Cada curva, cada linha... era como se estivesse vendo uma obra de arte que eu tinha o privilégio de tocar, ela estava usando apenas uma calcinha pequena de renda preta, seu corpo, seus seios, toda sua pele me fascina.

— Você é perfeita... — Murmurei, sem conseguir esconder o encanto que tomava conta de mim. Rubi sorriu, aquele sorriso travesso que me enlouquecia, e passou as mãos pelo meu peito, empurrando-me levemente para trás, provocando. Eu tirei minha camisa, sem tirar os olhos dela por um segundo, e senti seu olhar queimando em cada parte de mim.

Com cuidado, deitei-a sobre a cama, minhas mãos ainda estavam explorando sua pele, como se quisesse memorizar cada pedaço. Ela me puxou para mais perto, suas unhas deslizaram pelas minhas costas enquanto nossos corpos se encontravam, se encaixavam. Beijei-a profundamente, sentindo o gosto doce de seus lábios, o calor de sua pele contra a minha.

Nossos movimentos eram urgentes, mas também cheios de cuidado. Eu não queria apressar nada, queria sentir cada segundo, cada respiração, cada batida do coração dela. Deslizei minhas mãos pela cintura dela, apreciando a suavidade de sua pele enquanto a puxava ainda mais para mim.

— Grego... — Ela sussurrou meu nome como uma melodia, e isso me deixou louco. A forma como ela me chamava, o jeito que suas mãos me exploravam, tudo era exatamente como deveria ser.

— Grego, eu nunca... — Ela fica me olhando e sorrio para ela, deposito um beijo na ponta de suas narinas e acaricio seu rosto.

— Obrigado por me deixar ser o seu primeiro e com certeza o último homem a tocá-la. — Ela sorri e vejo uma lágrima escorrer.

— Olhe, eu não vou mentir para você, dói um pouco, mas depois se torna prazeroso, se você quiser, nós podemos parar por aqui eu nã...

— Eu quero você Gregório. — Ela diz rápido, quase como uma súplica em desespero. — Eu sonhei fazendo amor com você diversas vezes, desde o momento em que nos vimos naquele jantar na casa dos meu pais, eu desejei, com todo meu ser, eu desejei, ser sua. 

— Eu não havia falado antes Rubi, porque eu fiquei com medo de não ter os meus sentimentos correspondidos, mas... — Eu beijo sua testa e olho em seus olhos. — Eu amo você Rubi, eu quero que você seja minha para sempre. — Ela sorri e me beija.

Nosso beijo é cheio de desejo e paixão, nada pode atrapalhar o que estamos sentindo um pelo outro nesse momento.

*****

Eu a queria de todas as formas possíveis, e naquele momento, sob os lençóis, com os corpos entrelaçados, não havia mais nada além de nós dois. E era perfeito.

A respiração dela estava ofegante, sincronizada com a minha, e cada toque que trocávamos fazia o mundo desaparecer um pouco mais. O quarto estava silencioso, apenas o som dos nossos corpos em movimento, os suspiros que escapavam involuntariamente, e a batida acelerada dos nossos corações quebravam o silêncio.

Eu olhei para ela, e em seus olhos, vi a mesma chama que ardia dentro de mim. Rubi era tudo o que eu precisava e mais um pouco. Era fogo e calmaria ao mesmo tempo. Toquei seu rosto com cuidado, traçando a linha da sua mandíbula até seu pescoço, sentindo sua pele arrepiar sob meu toque. Ela fechou os olhos por um segundo, como se estivesse se entregando completamente, e eu soube naquele momento que não havia volta.

— Você é inacreditável... — Murmurei, sem conseguir segurar as palavras que escaparam, carregadas de uma admiração quase desesperada. Ela sorriu, aquele sorriso que me desarmava, e puxou meu rosto para mais perto, colando nossas testas enquanto respirávamos juntos.

— E você é um mistério que eu quero desvendar, Gregório... — Ela disse baixinho, as palavras carregadas de um calor que me fez tremer. As mãos dela desceram pelas minhas costas, me segurando firme, e eu sabia que estava exatamente onde precisava estar.

Eu não queria que esse momento terminasse, mas o tempo, cruel como sempre, corria contra nós. A sensação de estar tão próximo, tão envolvido, era como um vício do qual eu não estava pronto para abrir mão. Nossas respirações se misturavam, e eu sabia que, apesar de todo o caos ao nosso redor, aqui, com Rubi, tudo fazia sentido.

O mundo lá fora podia esperar. O trabalho, os problemas, a máfia, tudo se tornava insignificante perto da intensidade do que estávamos vivendo. Naquele instante, eu não era o investigador frio e calculista; eu era apenas um homem perdido nos braços da mulher que não saía dos meus pensamentos. E pela primeira vez em muito tempo, eu me permiti simplesmente sentir, sem me preocupar com o que viria depois.

Ali, naquele quarto, com Rubi, eu encontrei um pedaço de paz que nem sabia que estava procurando.

Doce pecado - Os Irmãos Frank 2Onde histórias criam vida. Descubra agora