Capítulo 16

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Gregório Frank

Depois de um final de semana intenso ao lado de Rubi, tudo o que eu conseguia pensar era nela. A forma como ela me olhava, cada toque, cada palavra sussurrada entre beijos. Ela era minha, em todos os sentidos, e isso me deixava mais feliz do que eu jamais poderia imaginar. Levei-a para casa naquela noite, mas não conseguia tirar da cabeça que precisávamos ser mais do que esses encontros. Eu queria que ela fosse minha namorada, minha parceira, a mulher que dividiria todos os dias ao meu lado. Só não sabia como fazer esse pedido, mas tinha certeza de que precisava ser algo especial.

Acordei cedo, sentindo a ansiedade do dia. Hoje era a formatura de Rubi, um momento importante para ela e, de alguma forma, para mim também. Entrei no banheiro e liguei o chuveiro, deixando a água quente cair sobre meu corpo, relaxando meus músculos tensos. Enxaguei o sabonete devagar, tentando clarear minha mente antes de encarar o dia. Pensei em Rubi e em como ela ficaria linda naquela beca de formanda. Passei o shampoo e lavei o rosto, tentando me concentrar no que precisava fazer antes de encontrá-la. Sequei o corpo e vesti uma camisa social branca, ajustada, com uma gravata preta discreta. Peguei meu paletó cinza de corte perfeito e vesti meus sapatos de couro pretos. Estava pronto para enfrentar o trabalho, mas minha mente estava longe, na mulher que eu amo.

Cheguei à empresa e mergulhei no plano para capturar os traficantes. A pressão era imensa, sabíamos que se não fizéssemos tudo certo, perderíamos a chance de resgatar aquelas mulheres. Nossa emboscada seria meticulosa: infiltraríamos homens em todos os pontos de encontro, câmeras escondidas registrando cada movimento. As viaturas estariam prontas para fechar as saídas assim que tivéssemos o sinal. Precisávamos pegar o chefe da máfia com as mãos na massa, garantindo que não houvesse como ele escapar.

O dia foi cansativo, os detalhes do plano pesando na minha mente. Assim que o trabalho terminou, corri para casa, ansioso para me arrumar. Entrei no banho novamente, deixando a água fria desta vez para me despertar. Passei o perfume amadeirado, que Rubi dizia ser viciante, coloquei meu smoking preto impecável, ajustando os botões da camisa. O relógio brilhante em meu pulso e o cabelo penteado para trás completavam o visual. Eu queria estar no meu melhor para ela.

Cheguei à festa pontualmente, o local estava cheio, e as luzes refletiam nos espelhos das paredes, dando um ar sofisticado ao salão. Peguei uma taça de champanhe e fui para um canto mais discreto, observando as pessoas e buscando por Rubi. Então, meus olhos a encontraram, e todo o resto desapareceu. Ela estava deslumbrante, com um vestido preto longo que marcava suas curvas, a fenda reveladora mostrava suas pernas torneadas. Os lábios vermelhos destacados pela maquiagem leve me deixavam ainda mais atraído. Aquela mulher era minha, e meu coração disparava só de olhar para ela.

Ela se aproximou, e eu mal conseguia encontrar as palavras. Seus olhos brilhavam, e aquele sorriso que eu tanto amava estava lá, radiante.

— Senhor Gregório Frank, eu não parei de pensar em você, um momento sequer. — Disse Rubi, com seus olhos fixos nos meus.

— Digo o mesmo, senhorita Rubi, você é a razão da minha existência, sem você, não serei capaz de viver, você é a razão da minha alegria diária, eu te amo, minha joia rara.

Aproximei-me, segurando seu rosto delicadamente, e a beijei. Um beijo calmo, cheio de saudade, cheio de promessas silenciosas. Eu sabia que, a partir dali, não importava o que acontecesse, Rubi e eu estávamos conectados de uma forma que ninguém mais poderia entender. Ela era minha, e eu, dela.

*****

A cerimônia de formatura de Rubi foi um momento de pura emoção, algo que ela esperou durante anos de dedicação e trabalho duro. O lugar estava lotado, com amigos, familiares e colegas reunidos para celebrar uma das conquistas mais importantes de suas vidas.

Doce pecado - Os Irmãos Frank 2Onde histórias criam vida. Descubra agora