Capítulo 32

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Rubi Sentinelli

Jasper para o carro novamente, dessa vez, eu sinto um frio na minha barriga, eu não sei quem pode estar nos esperando dentro dessa casa.

Os pedregulhos machucam meus pés descalços enquanto sou levada para dentro da casa. Ele abre a porta e me empurra para um ambiente que eu julgo ser uma sala.

Um homem está parado em frente a lareira, ele está usando uma camisa social preta e uma calça da mesma cor, seus cabelos estão penteados para trás.

— Sua encomenda chegou, senhor Lorenzo Salles. — Meu coração para por alguns segundos, minha pele fica gelada, minha alma sai do meu corpo e volta em questão de milésimos de segundos.

Ele se vira e sorri, me olhando como se eu fosse um pedaço de carne exposto no açougue.

— Você já pode ir, Jasper, o dinheiro vai vir na sua conta. — Ele diz firme para Jasper e o homem me olha sorrindo.

Farit segura meu rosto com força e beija meus lábios, eu mordo com força sua boca e ele me lança um tapa em meu rosto.

— Vá, Farit, você já teve o que queria. — Lorenzo diz sério e Jasper vai embora.

— Lorenzo, como assim você... o que é isso?

— Rubi, quem você acha que escolheu a dedo as garotas que seriam traficadas? Ou quem você acha que colocou seu nome nos documentos da Stellar Fashion, você acha mesmo que o nosso primeiro encontro foi por acaso? — Nesse momento, meu corpo todo treme de raiva e desespero enquanto choro.

— Você é o chefe do tráfico. — Ele ri do meu espanto e fecho os olhos.

— Mas você era meu amigo...

— Você não passa de uma vadia para mim, que eu estou doido para foder e jogar fora. — Ele diz irritado.

— Vadia? É isso que você acha que eu sou? Eu vou mostrar a você o que é ser uma puta de uma vadia fodida. — Digo com raiva.

Pego uma tesoura que estava em cima de uma mesinha perto de mim e avanço nele. Lorenzo tenta se esquivar e eu acerto sua perna esquerda, finco a tesoura em sua perna e ele grita de dor. Antes que eu possa tentar fugir, ele me segura e me joga no chão, prendendo meu corpo com o seu.

— Eu tentei fazer isso de uma forma amigável, Rubi, mas você se envolveu com o desgraçado do Gregório, ele tirou você de mim e agora, eu vou tirar dele, o que ele mais ama. — Lorenzo arranca minha calça. E abre minhas pernas com força, eu tento chutar ele mas ele é mais forte do que eu.

— Socorro, alguém, por favor. — Grito desesperada.

— Você pode gritar o quanto quiser, aqui ninguém pode escutar você, estamos sozinhos, Rubi.

Gregório Frank

Finalmente chegamos na outra casa, paro o carro com tudo e desço junto com Ricardo em silêncio.

Subimos na varanda da casa e o barulho de vozes é perceptível.

— Você pode gritar o quanto quiser, aqui ninguém pode escutar você, estamos sozinhos, Rubi. — Rubi, meu amor está aqui. Finalmente a encontrei.

— Não Lorenzo, por favor... — Ouço a voz dela e meu coração dispara. Eu chuto a porta da casa e vejo Rubi jogada no chão apenas com uma camisa e sangue em suas pernas.

— Olha só quem apareceu, Gregório, o príncipe encantado.

— Seu maldito, eu sabia que você era podre. — Digo com raiva e me aproximo.

— Grego... — O som da voz de Rubi é fraco, eu a olho e tento me aproximar mas Lorenzo pega uma tesoura e aponta para a barriga dela.

— Se você mexer um músculo, eu acabo com a vida dela. — Ele diz me ameaçando e eu solto minha arma bem devagar.

— Isso mesmo, eu gosto que me obedeçam. Agora, fique para o show e me veja dar prazer a ela. — Lorenzo segura os cabelos dela com força e joga Rubi em cima do sofá.

Uma fúria toma conta de mim quando ouço os gritos de medo dela. Rapidamente me abaixo, pego minha arma e acerto três tiros na cabeça dele. Lorenzo cai em cima de Rubi enquanto ela chora desesperada.

Antes de ir até ela, ouço vozes na frente da casa, e vou ver o que está acontecendo.

— Os gritos de Rubi ainda estão em meus ouvidos, foi um prazer ter ela na minha cama essa madrugada. — Jasper diz alto olhando para Ricardo.

Eu descarrego minha arma em seu corpo. Todas as balas que tinha na minha arma, agora estão no corpo de Jasper Farit. Eu avisei, que ninguém deveria mexer com minha mulher.

Volto para dentro da casa e encontro Rubi sentada no chão, encolhida ao lado do corpo do Lorenzo. Ela me olha e suas lágrimas aumentam, o desespero em seu choro é evidente.

Eu abraço seu corpo e beijo seus cabelos. Eu senti tanta falta do seu corpo, do seu cheiro, da sua pele.

— Gregório... me desculpa... eu...

— Vamos para nossa casa meu amor. — Pego ela em meus braços e beijo seu rosto.

— Eu amo você, me perdoe por não ter chegado antes. — Ela me abraça, ainda chorando.

Entro no carro com ela e Ricardo dirige de volta para o hotel.

Rubi não saiu do meu colo por nenhum momento. O corpo dela está fraco, ela chorou durante todo o caminho.

Assim que chegamos no hotel, eu peguei ela em meus braços e fui com ela para o meu quarto. Deitei ela na cama enquanto Rubi ainda dormia e fiquei olhando para sua barriga.

Ricardo tem razão, a barriguinha dela já tem uma ondinha, por que ela não me disse nada?
Vejo marcas vermelhas em seus tornozelos e pulsos. Fecho meus olhos e respiro fundo, eu não consigo acreditar que Rubi foi violentada. Se eu não o tivesse matado, eu o esmurraria até a morte.

Beijo a barriga de Rubi e deito minha cabeça sobre ela.

— Filho, eu não pude proteger a mamãe antes, mas você esteve cuidando dela todo esse tempo, eu prometo meu filho, que de agora em diante, eu vou protegê-los o máximo que eu puder. — Beijo sua barriga e fico fazendo carinho em sua pele.

Eu deito ao lado dela e abraço seu corpo. Eu senti tanta falta de Rubi em meus braços, como eu amo essa mulher, e agora, ela está carregando um filho meu. Eu não poderia estar mais feliz, tenho minha mulher e meu filho em meus braços.

Doce pecado - Os Irmãos Frank 2Onde histórias criam vida. Descubra agora