Capítulo 12

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Gregório Frank

Acordei cedo, o sol ainda nem tinha aparecido completamente. Meu corpo já estava no automático um banho rápido, roupa básica, camisa preta e calça escura. Eu precisava passar na casa dos Sentinelli antes de ir para o escritório. Não era uma visita social, embora minha mente ficasse me levando para Rubi. Ela estava em todos os meus pensamentos desde o nosso último encontro. Tinha algo nela que me tirava o fôlego, algo que eu queria explorar muito mais do que a prudência permitia.

Estacionei o carro e entrei na casa dos Sentinelli. A grandiosidade da mansão sempre me impressionava, mesmo depois de tantas visitas. Fui direto para o escritório do John. Ele me esperava com uma expressão séria, as sobrancelhas franzidas como de costume. Assim que entrei, ele apontou para uma das poltronas, indicando que eu me sentasse.

— Bom dia, Gregório. — Ele disse, sem rodeios. — Temos novidades sobre o caso?

— Bom dia, John. — Respondi, me ajeitando na cadeira. — Tenho alguns relatórios novos dos infiltrados. A máfia continua firme na Europa, expandindo seus negócios. Estão usando um novo método para escolher as garotas, manipulando redes sociais e eventos locais, mas tem uma forma que eles escolhem as garotas a dedo e eu ainda não descobri. É como um jogo de caça para eles, mas precisamos de provas mais concretas. Cada movimento precisa ser efetuado com cautela para que possamos agir sem levantar suspeitas.

John assentiu, o olhar firme e preocupado. — Precisamos de mais nomes, conexões mais profundas. O tempo está correndo, e cada dia que passa é mais uma garota em perigo.

— Estou ciente. Estamos focando agora nos canais de transporte, rastreando movimentações financeiras. Sei que está demorando, mas estamos perto de um avanço. — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava. O peso do caso sempre me afetava, mas a presença de John me lembrava da responsabilidade que carregávamos.

John relaxou um pouco na cadeira, ainda com um ar de preocupação, mas confiante. — Não quero que minha família fique envolvida nisso, Gregório. Principalmente Rubi. Você sabe como eu protejo minha filha, e essa situação, ela é curiosa demais e se souber de algo assim, vai querer fazer o que estiver no alcance dela para ajudar em alguma coisa... — Ele parou, balançando a cabeça. — Ela não pode saber de detalhes.

— Entendido. Aliás, eu gostaria de vê-la antes de ir. — Eu disse, aproveitando o momento.

John olhou para mim por um instante, hesitante, mas logo concordou. — Ela está no quarto. Deve estar se arrumando para o dia.

Agradeci e deixei o escritório, subindo as escadas até o quarto de Rubi. Bati na porta, mas não houve resposta. Resolvi entrar, pensando que ela talvez estivesse dormindo ou distraída. A visão que me recebeu me fez prender a respiração.

Rubi estava deitada na cama, o cabelo espalhado pelo travesseiro, e uma camisola que deixava seu corpo em evidência. O tecido fino e delicado moldava cada curva dela, e por um momento, pensamentos nada inocentes tomaram conta de mim. Ela parecia tão vulnerável, tão intocada. Me aproximei devagar, tentando não acordá-la, mas incapaz de desviar o olhar.

Cobri Rubi com o lençol, mesmo que isso não ajudasse a afastar as fantasias que se formavam na minha cabeça. Me abaixei, sentindo o perfume que emanava dela, e não resisti. Deixei um beijo suave no pescoço dela, aproveitando cada segundo. Eu queria mais, mas não era o momento. Saí do quarto antes que eu acabasse perdendo o controle.

*****

Já no escritório, o dia foi uma mistura de reuniões e análises. Encontrei-me com alguns infiltrados que passavam informações cruciais. Cada pedaço de dado, áudio, ou imagem me trazia um pouco mais perto dos traficantes. A pressão aumentava, mas a imagem de Rubi sempre voltava, mesmo em meio ao caos do trabalho.

Doce pecado - Os Irmãos Frank 2Onde histórias criam vida. Descubra agora