30 - Entre a cruz e a espada

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Um bom tempo se passou enquanto revirávamos ruas e mais ruas para encontrar Diana, que parece ter desaparecido do mapa. Já era noite quando Devon me obrigou a voltar para a casa dele para eu descansar, mesmo eu não querendo. Só quero encontrá-la logo, ela deve estar com medo e assustada.

Minha mente não para de imaginar os piores cenários possíveis. Já liguei para o orfanato mais de dez vezes perguntando se ela já havia voltado, e todas as vezes a resposta foi não. Devon mandou aqueles seguranças que ficam na casa procurarem também, e ele saiu.

Por enquanto, estou aqui inquieta, sentada no sofá, balançando as pernas ansiosa a todo momento, encarando a tela do celular. 

Minutos se passam e nada, até finalmente Devon chegar. Meus olhos parecem não acreditar quando vejo uma garotinha segurando a mão dele: é Diana.

A garota solta a mão dele e vem correndo no mesmo instante em que me levanto para abraçá-la.  

— Nick!

Me sinto aliviada por ela estar aqui. Meu Deus, pensei que ia ter um infarto se não encontrasse essa garota hoje.

Abaixo-me, retribuindo o abraço, minhas mãos passam pelas suas costas. Olho para Devon; ele tem um pequeno sorriso no rosto. Retribuo e afasto Diana um pouco, olhando-a com preocupação.

— Você está bem? Fizeram algo com você? — praticamente a viro, revirando seu corpo todo. Diana franze o rosto de criança.  

— Eu tô bem, eu só estava te procurando, desculpa — seus olhos de criança me olham com culpa, mas minha expressão fica séria, o que ela fez foi muito errado.  

— Por que você fez isso? Todo mundo estava preocupado com você, sabia? Você deu um susto na gente.  

Ela fez uma cara de choro e olhou para Devon como se pedisse ajuda. Ele pigarreia e faz uma expressão de "não me meta nisso, garotinha".  

— Desculpa… — diz, chorosa.

— Nicole, que tal se acalmar um pouco e depois você conversar com ela com calma — aconselha Devon. Ele tem razão, suspiro e faço que sim. — Como já está muito tarde, é melhor ela dormir. Amanhã levamos ela — completa ele.  

É uma boa ideia.  

— Certo — encaro Diana, que se encontra com as mãos para trás como uma criança que fez besteira.  

E que besteira das grandes que fez, hein? Mas não posso culpar; é apenas uma criança.  

— Vem, você tem que tomar um banho e dormir — digo, segurando a sua mão.  

Depois de ajudar Diana a tomar banho, liguei para o orfanato dizendo que tínhamos encontrado ela e que estava bem, e que a levaríamos no dia seguinte, o que elas não se opuseram. Elas sabem que eu não faria mal algum à Diana.  

Por incrível que pareça, Devon pediu para um dos funcionários comprar uma roupa para ela. Tirei a roupa suja e dei a roupa nova para ela vestir.

— Eu gostei — diz ela, se admirando no espelho enquanto eu penteio o cabelo dela.  

— Ficou bonita — a elogio, dando um sorriso pelo espelho, o qual ela retribui.

Acordo PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora