Abro os olhos sentindo a claridade da luz do dia me atingir em cheio. Minha cabeça está latejando de dor. Esfrego as mãos nas têmporas por instinto e logo em seguida tento me levantar da cama. Nem faço ideia de como cheguei aqui. Minha cabeça está girando.— Toma isso, vai ajudar na dor de cabeça — a voz de Devon me pega de surpresa. Olho na sua direção, ele está sentado sobre a cama, com um copo de água em uma mão e a outra com um comprimido.
Seus olhos me analisam como se quisesse ter certeza de que estou bem.
Relutante, eu aceito, pegando o copo da sua mão e o comprimido, e engulo tudo de uma vez, devolvendo o copo para ele.— O que aconteceu ontem? — pergunto para ter certeza de que não fiz nenhuma besteira. Tudo que me recordo agora é de eu indo para um bar e ter enchido a cara; depois, tudo está meio que um borrão.
Nunca mais eu bebo na minha vida, só essa dor de cabeça tá me matando.
— Bom, além de você ficar muito bêbada, me morder e vomitar em mim, não aconteceu nada entre nós, se isso é o que você quer saber.
Graças a Deus, esperaí... eu mordi ele e vomitei? Que o céu me engula agora mesmo, nunca mais vou encostar uma gota de álcool na minha boca. Me deito novamente, tampando o meu rosto.
— Desculpa — digo envergonhada.
Ouço ele rir, então seus dedos puxam minhas mãos do rosto para eu olhá-lo.
— Tá tudo bem, você quase fez um show de strippers pra mim, foi a parte boa da noite — minhas bochechas queimam, não é possível que tenha feito isso, e ele ri ainda mais.
Jogo um travesseiro nele, que ele consegue segurar no ar.
— Eu vou te matar, Devon, mentiroso — seus lábios se esticam em um sorriso malicioso.
Eu tento jogar outro travesseiro nele, mas ele segura meus pulsos, ficando bem próximo de mim. Meu coração começa a bater um pouco mais forte.
— Acha que eu estou mentindo, ursinha? — provoca.
— Sim — minha voz sai rouca.
Mais perto um pouco mais, e eu prendo a respiração porque ele está quase a um centímetro do meu rosto, e então ele se afasta, me soltando.
Solto o ar do pulmões.
— Mas você quase fez.
— Te odeio.
Ele ri.
Meus olhos se prendem no seu pescoço, e há uma marca de mordida ali. Toco ali quase inconsciente, vejo-o estremecer com o meu toque.
Ele se afasta um pouco pra longe de mim, coisa que ele nunca faz, acho um pouco estranho, mas estou tão cansada que não consigo pensar em nada, o comprimido está ajudando a passar a dor de cabeça.
— Quer que eu traga café da manhã aqui pra você? — pergunta, agora em pé.
Ele está sem seus ternos habituais, com uma camisa preta e uma calça do mesmo tom, o cabelo impecável como sempre.

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Acordo Perigoso
Romantizm🔞 Devon Montenegro está acostumado a ter tudo o que quer e não mede esforços para conseguir. Um dia seu caminho se cruza com uma mulher, fica encantado imediatamente pela bela Nicole Franco, uma mulher de 22 anos que tem que fazer de tudo para sobr...