Atualizações Feita Para Mim.

Capítulo 31.

"Ãh? " — O quê? – Ela não entendeu nada. Tentou olhar para ele, mas desviou. Olhar para a boca dele foi mais tentador do que a de Ítalo, ou ela que estava num dia de "fogo aceso". – Se desviou passando por debaixo do braço dele apoiado na parede. — Eu te dei um fora? Quando foi isso?

— Sério isso? Vai mesmo querer dizer que não lembra? - Ele se virou, pôs as mãos para trás e se encostou na parede, ficando na posição que ela estava. -"Que joguinho é esse? "

"Eu dei um fora nele? Ele já ficou interessado em mim? Mas não lembro dele me falar nada. " - Pensou ela. Olhou, ele era de fato lindo. Estava de calça preta, blusa branca.

Ele travou a mandíbula, isso a fez umedecer os lábios.

Vicente começou a falar de modo calmo — Você tinha pouco tempo na livraria. No primeiro dia que te vi, eu tinha ido no escritório parceiro, no andar de cima. Mas eu estava apresado, só fiquei uns segundos te olhando do lado de fora. No outro dia, entrei, puxei conversa com você, e nem me deu bola. - Ele levantou os ombros, botou as mãos nos bolsos e colocou um pé como apoio na parede. — Mas, não me tratou mal, confesso. Até então, tudo bem.

Samantha olhou para ele, como quem estava resgatando na memória a ocasião citada.

Ele continuou — Você estava fazendo um desenho... o Leon Kennedy. Elogiei, pois estava muito bom, perguntei se você poderia fazer um meu... e você respondeu que não fazia aquele tipo de desenho. -Mesmo a meia luz que vinha do quarto, pois ele não tinha ligado luz para varanda, deu para ver muito bem a expressão dela, de quem associou enfim, e ele começou a pensar que poderia ter se enganado, mas era melhor continuar investigando. —Ah, parece que se lembrou. No fim das contas, ao menos ganhei o desenho.

"Ahhhh minha nossa.... Era você? " — Era você? Eu lembrei da situação agora. Você perguntou se meu marido gostava de vídeo game também, eu respondi que não era casada. Depois você puxou assunto de cinema e falou "um dia desses a gente poderia ir". Como "todo mundo" que ia naquele lugar e conversava comigo me chamava para alguma coisa, eu nem associei a amizade, achei que você so estava sendo simpático.

Ele pensou - "Bem que escutei rumores dos caras, de que ela era desligada... achei que fosse mentira". - Depois disse — Mesmo assim eu pensei em não desistir. Comprei o jogo, aprendi a jogar ele para ter assunto. Tomei coragem e mandei flores para você, com um bilhete e meu número nele. – Riu de forma nasalada, pois dali vinha o motivo de ter "raiva". — Você mandou uma mensagem para o meu celular, dizendo "não me procura mais, eu nunca sairia com você seu babaca, eu só fui educada como faço com todos os clientes" – Olhou para o chão — Entre outras coisas, como "riquinho bossal, acha que educação já é motivo de convidar, seu ridículo". O resto, não precisa eu repetir, já basta tempo que lembrei disso. Não precisava fazer aquilo.

Ele percebeu a incredulidade dela.

Samy sentiu a respiração pesar, não era possível aquilo que ouviu. — Eu não mandei isso pra você. Eu nunca recebi flores, nem seu número. Eu juro. Se eu tivesse recebido, ficaria muito feliz. Eu levei a semana inteira falando de você para Ana, e não lembrava nem o seu nome. Torci que você tivesse voltado na verdade.

"Não mente para mim, Samantha. Não me iluda novamente, por favor". — Foi a primeira vez na vida que mandei flores para uma garota, e a última. Fiquei no ódio, mas também muito triste. A questão não foi ter recusado, foi que mandou aquela mensagem falando absurdos e nem me conhecia, sendo que tinha sido diferente anteriormente.