DOIS ALFAS UMA BARRIGA DE ALUGUEL [CONCLUÍDO]

🍁CAPÍTULO 21🍁

Louis estava em estado de choque, os olhos fixos no corpo de Marcus, agora sem vida, enquanto os policiais o arrastavam para longe. O som dos passos de metal batendo contra o chão ecoava na sua mente, mas sua visão estava embaçada. Ele não conseguiu concluir completamente o que estava acontecendo. Tudo o que ele sabia era que, naquela noite, seu mundo estava desmoronado.

Os policiais não eram gentis. Suas mãos estavam firmes e implacáveis ​​em seus braços, arrastando-o sem uma palavra de conforto. Louis não se importava com as palavras que poderiam ser ditas, ele não queria nada além de um pouco de empatia, algo para ajudá-lo a se manter são. Mas ninguém parecia estar disposto a lhe oferecer isso. Ele olhou para os rostos conhecidos, na esperança de ver algo familiar, algo que o acalmasse, algo que o fizesse sentir que havia algum tipo de humanidade no meio daquela situação.

Harry e Edward estavam ali, na porta do banheiro, vistos enquanto ele era levado para longe. Seus olhos estavam fixos no ômega, mas não havia nenhum traço de compaixão, de solidariedade. Havia apenas medo. Eles não queriam estar ali. Louis os conhecia bem o suficiente para perceber, e o vazio que tomou conta de seu peito foi mais do que ele conseguiu suportar. Eles tinham sido seus amigos. Amigos. Mas naquele momento, o que ele sentiu foi uma dor indescritível, uma sensação de traição profunda que dilacerou seu coração.

— Por favor... — Louis murmurou, a voz quebrada. Ele olhou para Harry primeiro, seus olhos implorando por algum tipo de ajuda. — Me ajude... você sabe o que ele fez! Ele era... ele era perigoso! — Louis tentou explicar, mas as palavras falharam em sua garganta. Ele precisava de algo, de qualquer coisa que o fizesse sentir que, no fundo, ele ainda não estava completamente sozinho.

Mas Harry apenas desvia o olhar, seu rosto pálido e tenso. Ele respirou fundo, como se tentasse se convencer de que não havia nada mais a ser feito. Não havia compaixão. Não houve misericórdia. Ele estava com medo. Medo das consequências. O medo de se envolver, de ser marcado, de ser arrastado para a mesma situação que Louis.

Edward, ao seu lado, não fez nada além de balançar a cabeça em um gesto negativo. Seus olhos estavam fixos no chão, e, por um momento, Louis teve a impressão de que ele queria desaparecer ali mesmo. Ele sabia o que Edward estava pensando, ele sabia que estava se perguntando se era possível que, ao ajudar Louis, ele se colocasse em risco.

— Não... — Edward disse finalmente, sua voz tão baixa que mal poderia ser ouvida. — Não podemos nos envolver. Não agora. Não assim.

O olhar que Louis recebeu dos dois não era mais de amizade, não havia mais nenhum traço de confiança ou lealdade. Em vez disso, eram olhares cheios de medo e arrependimento, mas também de uma frieza brutal. Eles não queriam ser prejudicados. Eles não queriam pagar pelas escolhas de Louis.

Cada palavra parecia um golpe direto no coração de Louis, como se cada frase que saía da boca deles estava despedaçando-o ainda mais. Ele olhou para os dois, o pânico tomando conta dele, as lágrimas começando a escorrer, mas ele se sentiu completamente impotente. Eles o tinham sobrado. Eles não o ajudaram. Ele não importava mais para eles.

O peso da traição não poderia ser ignorado. Eles eram todos, aqueles que ele mais amava, aqueles que ele mais confiava, vistos enquanto ele era levado para fora, jogado como se fosse nada. Como se fosse um peso. Como se fosse um erro que eu necessariamente seria descartado, algo que não merecia mais atenção. Louis sentiu a dor crescer dentro dele, uma dor tão profunda que parecia que seu peito iria se abrir e engoli-lo inteiro. Ele não entendeu. Ele não conseguia entender como isso poderia estar acontecendo.

— Por favor... — Louis sussurrou mais uma vez, mas sua voz já estava perdida no ar. Ele já sabia uma resposta, sabia que não havia mais nada a ser feito.