🍁CAPÍTULO 42🍁

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Alguns dias depois...

Louis rolava na cama, inquieto. Seu corpo parecia em chamas, o calor tomando conta dele como uma febre repentina. Tentou encontrar uma posição mais confortável, mas nada parecia ajudar. Ele suspirou, frustrado, e passou a mão pelo rosto.

— O que está acontecendo comigo? — murmurou para si mesmo.

Decidiu levantar e ir até o banheiro do quarto de Liam, onde os remédios ficavam guardados. Vasculhou as prateleiras, mas não encontrou nada que pudesse ajudá-lo. O incômodo em seu corpo aumentava, e Louis sabia que precisava fazer algo. Foi quando se lembrou da farmácia aberta 24 horas na esquina.

Olhou o relógio. Passava das duas da manhã. As ruas estariam desertas e a ideia de sair sozinho àquela hora o deixou hesitante, mas o desconforto era insuportável. Vestiu-se com pressa, colocando um casaco grosso para se proteger do frio, e saiu de casa.

O ar gelado da madrugada o envolveu assim que ele fechou a porta atrás de si. As ruas estavam silenciosas, iluminadas apenas pelos postes amarelos e algumas luzes de janelas distantes. Louis caminhava a passos rápidos, olhando para os lados de tempos em tempos.

— É só pegar o remédio e voltar. Não vai demorar. — tentou tranquilizar-se.

Chegando à farmácia, ele entrou e foi recebido pela atendente sonolenta.

— Boa noite. Preciso de algo para febre ou desconforto geral.
— Claro, aqui está.

Louis pagou, agradeceu e se despediu com um leve sorriso.

— Boa noite, e cuidado ao voltar para casa. — disse a atendente, gentilmente.

— Obrigado. Vou tomar cuidado.

Louis saiu da farmácia e começou a caminhar de volta, mas, a cada passo, sentia uma sensação desconfortável em sua nuca, como se estivesse sendo observado. Ele acelerou o ritmo, tentando ignorar o medo que começava a surgir. Foi então que ouviu passos atrás de si, firmes e determinados.

Seus olhos se arregalaram, e ele virou a cabeça rapidamente para trás. Um homem alto, com roupas escuras e um olhar ameaçador, o seguia.

— Ei, garoto. Onde você pensa que vai? — o homem chamou, a voz rouca e cheia de intenções sombrias.

Louis congelou por um momento, mas sua sobrevivência falou mais alto. Ele apertou o passo, tentando se afastar, mas o homem acelerou também.

— Eu só quero conversar! Não precisa correr! — gritou o homem, agora mais próximo.

O coração de Louis batia descontroladamente, e ele começou a correr, mas seus passos foram interrompidos quando o homem o agarrou pelo braço.

— Me solta! Por favor, me deixa em paz! — gritou Louis, tentando se desvencilhar, mas o homem era forte demais.

— Você não vai a lugar nenhum, ômega bonito. — respondeu o homem com um sorriso cruel.

Foi nesse momento que uma sombra surgiu no fim da rua, movendo-se rápido como o vento. Antes que Louis pudesse entender o que estava acontecendo, Edward apareceu. O alfa parou a poucos metros deles, o olhar feroz e a postura rígida.

— Larga ele. Agora. — a voz de Edward era baixa, mas cheia de autoridade.

O homem hesitou, mas logo riu, puxando Louis mais para perto de si.

— Quem você pensa que é? Não se mete nisso, grandão.

Edward deu um passo à frente, os olhos fixos no agressor.

— Eu não vou repetir. Solte ele ou vai se arrepender.

O tom de Edward fez até mesmo Louis tremer. O homem olhou para Edward, avaliando suas chances, mas a presença dominante do alfa era esmagadora. Relutante, ele soltou Louis e deu alguns passos para trás.

DOIS ALFAS UMA BARRIGA DE ALUGUEL [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora