76.O amor é um jogo

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— Tive uma ideia! - Olho para uma determinada vitrine.

Sem demora arrasto as duas para dentro da enorme loja, onde nos deparamos com inúmeras fantasias de todos os tamanhos e gostos. Lembro-me das noites de Halloween de minha infância, tia Charlotte sempre fazia questão de nos dar fantasias de presente em todos os anos. Eu amava as festas, os doces, poder ser qualquer coisa que eu quisesse por algumas horas.

— Eu sempre quis ser uma fada! - Penélope diz correndo em direção ao manequim.

— Aqui podemos ser o que quisermos, é só escolher. - Sussurro para Anne, logo indo explorar a loja também.

Como crianças em um parque de diversões, começamos a explorar cada detalhe da loja e provar cada fantasia que nos chamava atenção. Como imaginei Penélope não tirou a fantasia de fada nem por um segundo, desfilando por toda a loja. Fiz o mesmo com minha fantasia de pirata, sempre quis saber como seria ter um navio e viver explorando os mares. Anne não demorou para escolher a sua também, estava simplesmente deslumbrante vestida de deusa grega romana.

— Acham que eu roubaria muitos tesouros? - Brinco com a espada de madeira.

— Os homens te dariam tudo sem nem pensar duas vezes. - Anne cai na risada.

— Iriam te chamar de... - Penélope pensa.

— Sereia dos mares! - As duas dizem em conjuntos.

— E eu teria uma deusa e uma fada ao meu lado, seríamos imbatíveis! - Passo meu braço em volta das mesmas.

Caímos na risada enquanto nos olhávamos no espelho e fazíamos diversas poses, até cairmos no sofá.

— Que tal uma última prova? - Penélope diz olhando para a direita.

Acompanho o olhar da mesma e me deparo com inúmeros vestidos de noiva logo a nossa frente. Foi como se eu me sentisse paralisada, como uma simples peça de roupa conseguia causar tamanho efeito em alguém? Um misto de sentimentos, uma intensa vontade de prova-lo e um receio enorme de um dia se tornar realidade. Tentei resistir a ideia, mas Penélope conseguia ser bem insistente quando queria.

Entramos então no cômodo repleto de vestidos brancos e começamos a analisar, eu não sabia ao certo qual escolher, mas ouvi dizer que era o vestido que escolhia você. Não era uma escolha real, apenas uma brincadeira, então eu não precisava levar tão a sério minha escolha. Eu estava prestes a escolher o primeiro vestido que visse pela frente, até um certo manequim simplesmente chamar por mim. Não demorei em vestir o vestido e com passos lentos inseguros caminho e direção ao mesmo.

Senti meu coração parar ao ver meu reflexo sobre o espelho, passando meu olhar e admirando cada detalhe do vestido branco e longo. Suas manhãs eram compridas, porém transparentes e com flores delicadas desenhadas por todo seu comprimento. Seu caimento era perfeito, tão perfeito que nem parecia uma simples fantasia.

 Seu caimento era perfeito, tão perfeito que nem parecia uma simples fantasia

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Legados - Meu Eterno Shelby IIOnde histórias criam vida. Descubra agora