Capítulo 5

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Depois de prontos, todos os integrantes se reuniram em uma roda e fizeram um ritual pré-show e logo em seguida teve uma espécie de grito de guerra.

-Paul, tudo pronto? – Falei pela escuta.

-Tudo liberado para os meninos subirem - uma voz soou nos meus ouvidos.

Toda a equipe estava com escutas, são como Walkie -Talkies, mas colocamos no ouvido, como se fosse protetor e um microfone embutido, por isso para quem não sabe, parece que conversamos sozinhos.

Os meninos se dirigiram para o corredor que dava acesso a parte superior do palco.

Gritos ensurdecedores invadiram todo o lugar, e as primeiras batidas da bateria começaram.

Analisei todo o corredor e estava limpo, então me coloquei em meu lugar em cima do palco só que na coxia, do lado esquerdo.

-Paul? - O chamei, ele estava em baixo do palco, bem no centro.

-Sim, Mosqueteira – por um momento pensei que tinha sido a Amy, mas era a voz de Paul que ouvi.

-Mosqueteira? – Perguntei.

Ouvi uma leve risada.

-Perguntei seu codinome para a Senhora Lance, e ela me disse isso. Igual naqueles filmes - Sorri.

-Sim claro, algum suspeito? – Perguntei.

-Aqui não, vou checar com os outros seguranças. - Paul.

Ouvi um longo dialogo de Paul com o resto da equipe.

-Nada de anormal, mosqueteira – ele gostou desse nome.

-Fique atento, irlandês – falei.

-Ah vejo que ganhei um codinome também, gostei – revirei os olhos.

Tomei a atenção para a platéia que gritava animada, as meninas esmagadas pela grade gritavam feito loucas. Olhei para a parte sul da multidão e alguns pais, o resto era adolescentes que cantavam junto com a banda, algumas choravam.

Olhei para os meninos que cantavam perfeitamente em cima do palco, eles pulavam, faziam coisas engraçadas e interagiam com os outros e com os fãs, que iam a loucura a cada vez que eles chegavam perto.

Na 5ª música era hora do intervalo, eles teriam que ir trocar de roupa, coloquei as roupas ao lado do palco e os ajudei. Eles trocaram de camisa.

-Camille? Você pode vê para mim aquela jaqueta vermelha com branca? Acho que deixei no camarim- Zayn falou.

-Claro Zayn, mas acho que não vai dá tempo para colocá-la agora, só no segundo intervalo - falei e ele assentiu.

Desci do palco, para me dirigir ao corredor que dá acesso ao camarim, olhei um homem de preto, cabelos loiros passado no gel, olhos verdes, eu estava com luvas pretas de lã, andava como se estivesse procurando algo. Dei dois passos e sussurrei baixinho.

-Irlandês? Colocou algum segurança na Ala Norte, perto dos camarins? -Perguntei pela escuta.

-No corredor não, algum problema? –Soou a voz no meu ouvido.

-Provavelmente, mas nada que eu não possa resolver – falei cravando meus olhos no sujeito que estava a 5 passos da porta do camarim.

-Estou indo – Paul.

Não respondi. O homem era magro, mediano. Já enfrentei homens maiores, não seria problema com esse. Ajeitei minha pistola atrás da minha calça e andei.

-Está perdido? – Perguntei.

-É ... eu estava atrás de um banheiro - falou com uma voz rouca e grosseira.

-Aqui não tem banheiro, aliás como você entrou aqui? – Perguntei desconfiada.

Então ele rapidamente pegou uma faca e a lançou contra mim. Desviei e o agarrei, o golpeei na barriga e ele deu o gancho de direita, porém desviei mais uma vez. Dei mais um Bogle na barriga dele, que se desequilibrou e fiz uma projeção, dei uma raspa nele que caiu ao chão.

Coloquei meus pés em sua garganta, as solas das minhas botas eram cortantes como vidro, graças a uma borracha especial.

-Para quem você trabalha? – Perguntei o fitando.

Ele cuspiu, mas não pegou em mim.

-Sou servo do escorpião rei, e você nunca vai conseguir achá-lo- falou com dificuldade.

Ouvi um barulho de correria atrás de mim.

-Uou, você o pegou de jeito – Um segurança moreno, alto e corpulento falou.

Ele o agarrou pelas mãos e as prendeu em uma algema.

-Mosqueteira? Mosqueteira – Paul falava pela escuta.

-Esta tudo bem, peguei o sujeito e está algemado- falei.

Me virei para o segurança que estava segurando o elemento.

-Faço-o falar – falei.Peguei meu aparelho de comunicação móvel secreto.

-Agente Lance falando, capturamos um sujeito. Façam com ele abra a boca.

-Mandaremos uma van ir buscá-lo – falou uma voz conhecida do outro lado da linha, era o agente Morgan.

Desliguei rapidamente o aparelho, uma das coisas que uma espiã deve ser é rápida ao telefone, o mais secreto que o numero seja, não deve dá tempo para possíveis rastreamentos que podem ser conclusos com 4 minutos de ligação.

-Leve-o para uma sala, a mais afastada, eles virão buscá-lo.- falei para o segurança que assentiu.

O segurança levou o sujeito para fora Dalí. Logo já não a via mais no corredor.

Entrei no camarim e comecei a procurar, algo que possa fazer mal aos meninos. Ajeitei meu relógio câmera-escuta que estava conectado com as câmeras implantadas por mim no camarim e analisei as imagens. Nada.

Peguei a jaqueta do Zayn e fui para o palco.

-Quero dois seguranças na Ala Norte - falei.

-Certo estamos indo – dois seguranças falaram na escuta.

Esperei ao lado do palco para entregar a jaqueta para o Zayn. Ao me vê Zayn sutilmente se dirigiu a mim, na introdução de uma musica.

-Sua jaqueta, desculpa a demora, estava difícil de achar- falei.

Ele olhou para meu braço a arregalou os olhos.

-Você está sangrando.

Forever A Young Spy // Z.M FANFIC // TerminadaOnde histórias criam vida. Descubra agora