Capítulo 1

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(Alícia)

Após dois anos traumáticos na Alemanha, estou agora de volta ao Brasil, lugar de onde não teria saído se não fosse pela triste e fatal doença da minha mãe, que precisava de tratamentos especiais, mas agora estou aqui tentando refazer minha vida sem minha mãe, e com meu pai que não é nada presente na minha vida. Mas ainda tenho bons e velhos amigos que aqui deixei e sempre me deram forças apesar da distância, mas gracas a Deus tínhamos o Skype, e chamadas eram o que não faltava.
Agora é ajeitar nossas mudanças e tentar levar a vida da maneira que posso, mas prometi a minha mãe que iria tentar ser feliz, mesmo que no fundo eu achava que a felicidade sem ela seria impossível.

Vendemos nossa antiga casa que tínhamos aqui por causa das despesa médicas, e estamos morando em um apartamento pequeno, mas até aconchegante, pelo menos até meu pai conseguir controlar nossa situação financeira que esta muito precária.

Fazia apenas dois dias que nos mudamos para o AP, e meu pai não estava em casa para me ajudar na "Santa Organização", mas entendia, afinal novo emprego aí já viu. Mas lá estava eu sozinha, no meio de tantas caixas e bagunças, só pedia a ajuda aos santos das mudanças difíceis se é que existem, precisava ajeitar tudo até sábado porque tinha visita das minhas amigas Pam e Jessi, que eu estava morta de saudade.

Já estava tudo em ordem na sala e na cozinha, só faltava mesmo o meu quarto, que iria ser a parte mais cansativa, mas coloquei um Beatles pra animar. Meu quarto era pequeno, mas bem iluminado, as paredes tinham um tom de azul claro que eu amei, tinha um guarda roupa médio, uma cama bastante confortável e tinha um cantinho com uma escrivaninha em que eu podia estudar, afinal já começaria a frequentar a minha antiga escola na segunda, era um quarto bom, não era perfeito para as festas de pijama, mas era fofo e tinha a minha cara. Com muito esforço acabei de organizar no final da tarde, só faltava as coisas do meu pai que ele mesmo daria um jeito.

Fui até ao estacionamento do prédio descartar as caixas de papelão, notei que ali tinha um cara alto, claro, parecia mais velho,estava de costa pra mim e gritava muito ao telefone, preferi sair dali antes que ele me visse e pensasse que eu o espionava. Pedi uma pizza e fui até o notebook pra conversar com Pam que já tinha feito uma chamada no skype.

- Oi amiga, como está indo a mudança? - ela perguntou

- Acabei de ajeitar tudo, graças aos santos da arrumação. - Respondi rindo.

- Amiga não vejo a hora de te ver, só de pensar que estamos perto, quero tanto te da um abraço apertado, você não sabe a falta que me fez nesses dois anos. - Ela disse emocionada

- Pam, você é como uma irmã pra mim, e tem me ajudado tanto depois que a mamãe se foi, nem sei o que seria de mim sem a sua amizade. - Eu disse já em lagrimas.

- Amiga estou aqui sempre que precisar, só não te dei uma mãozinha com a mudança porquê o estágio do curso técnico mais o terceiro ano estão me matando. - Ela disse.

- Pam não esquenta, sábado vamos nos ver e também já ajeitei tudo. - Respondi

- Então tudo bem! - Ela disse sorrindo.

- Amiga pedi pizza e já chegou, depois a gente se fala mais. - Disse com pressa.

- OK amiga, um beijo e descansa bem. - Ela respondeu.

-OK, bjuuu, Tchau. - Disse encerrando a chamada.

Fui até a porta paguei a pizza entrei, andei até a cozinha, lavei as mãos, peguei um copo, mas não pratos, afinal amava comer pizza com as mãos, me sentei no sofá coloquei uma comédia romântica pra assistir enquanto me deliciava com a pizza de 5 carne e um copo de coca cola. Meu pai chegou me cumprimentou e foi tomar banho, logo depois ele volta a sala e conversamos.

- Oi papai, como foi seu dia? - Perguntei enquanto assistia o filme.

- Foi cansativo, mas foi bom! - Ele respondeu pegando uma fatia da pizza.

- Gostou da arrumação do AP? - Perguntei entusiasmada.

- Ficou excelente, viu como não precisou de mim pra organizar tudo?! - Ele disse

- Ah pai, mas uma ajuda seria indispensável, estou morta de cansada. - E pai espero que o senhor seja mais presente porque me sinto sozinha. - Eu disse triste.

- Querida farei de tudo pra ser mais presente, mas não esqueça que meu trabalho as vezes aperta e tenho que ficar até mais tarde, mas farei de tudo pra ser mais próximo agora que... - Ele não completando a frase.

- Tudo bem papai. - Disse com um sorriso.

Eu sabia que o trabalho de contador do meu pai não era fácil, mas não é bom me senti deprimida e sozinha, porque era assim que eu me sentia após a morte da mamãe.
Depois que o filme acabou, arrumei a cozinha e fui dar boa noite ao meu pai que estava arrumando um pouco da sua parte da mudança.

- Pai, já vou dormir. - Disse entrando no quarto.

- Ta bom filha, durma bem. - Ele disse me dando um beijo na testa.

- Obrigada papai, boa noite e bom descanso - Disse sorrindo depois de dar um beijo em sua bochecha.

Fui para o meu quarto, coloquei o pijama em cima da cama , peguei uma toalha e fui ao banheiro tomar banho, deixei a água cair sobre meu corpo, e em minha mente só pedia que tudo ficasse bem e que minha mãe estivesse olhando pra mim e me ajudar de alguma forma. Desligue o chuveiro me sequei um pouco, escovei os dentes, passei um hidratante em meu rosto, fui para o meu quarto vesti o pijama, apaguei a luz, me joguei na cama e pedi aos anjos dos sonos que me dessem um bom descanso.

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Queridos leitores, espero de coração que tenham gostado do primeiro capítulo, e espero que gostem da história de Alícia. E não esqueçam de deixar os comentários por gentileza, porque a opinião de vocês contam bastante pra mim. - Obrigada e logo teremos mais um capitulo.

Uma Atração Mais Que Fatal ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora