Capítulo 42

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(Alícia)

Acordei com meu pai me chamando pra tomar café, era sábado e fiquei até tarde lendo um livro.

Depois de algum tempo enrolando, me levantei e fui tomar café, a mesa estava posta, Lúcia também estava em casa e também iria tomar café com a gente.

- Até que enfim você acordou. - Meu pai disse já sentado na mesa.

- Fui dormir mais tarde ontem. - Disse dando um belo bocejo.

- Mas que bom que vai tomar café com a gente. - Lúcia disse sorrindo pra mim.

- É, mas como esta meu irmãozinho. - Disse fazendo carinho na barriga de Lúcia.

- Esta bem, não para de crescer. - Lúcia disse sorrindo. Então sentei na mesa e comecei a comer.

- Filha, agora que nossa situação financeira esta melhor, estou pensando em comprar uma casa, para nós quatro. - Papai disse sorrindo enquanto bebia o seu café.

- De jeito nenhum, podemos morar todos na minha casa, é espaçosa e tem um quarto que Alícia vai amar. - Lúcia disse olhando pra mim enquanto comia uma uva.

- Vocês vão se casar? - Perguntei um pouco confusa enquanto colocava suco pra mim.

- Estamos pensando nissso, mas depois que o bebe nascer. - Meu pai disse meio tenso.

- O que acha Alícia? - Lúcia perguntou aguardando minha resposta.

- Se vocês se amam pra mim tudo bem, mamãe queria que eu e papai fossemos felizes. - Disse pensando na minha mãe, como eu sentia falta dela.

- Que bom! Filha eu te amo, e você vai ser sempre minha filhinha. - Papai disse sorrindo.

Continuamos a tomar café e conversar sobre as coisas do bebe e da nova casa, mas só mudariamos depois do chá de bebe. Ainda dava tempo para eu acostumar com a ideia.

Voltei para o meu quarto para arrumar a cama e mexer no meu notebook, olhei no meu celular e tinha várias ligações e mensagens do Matheus, será que Jessi tinha me arrumado problemas. Então resolvi ligar pra ele, vai que ele cumprisse as ameaças. Liguei, o telefone tocou e ele atendeu rapidamente.

- O que você quer Matheus? - Perguntei irritada. Não aguentava mais viver com medo.

- Eu quero te ver. - Ele disse grosseiramente.

- Agora não posso, estou com meu pai e com Lúcia aqui. - Falei tentando fazer uma desculpa.

- Se vira, eu vou te pegar aí em dez minutos, se demorar a descer eu vou subir, e garanto que o meu papo com seu pai não será nada agradável. - Ele disse sarcasticamente.

- Tudo bem eu vou. - Disse de imediato.

- Vou te esperar na garagem do prédio. - Ele disse e desligou na minha cara.

Joguei meu celular em cima da cama e cair no chão, não conseguia parar de chorar, não aguentava mais a situação que eu estava vivendo, tanto medo, solidão, e nojo desse miserável. Até pensei em me matar, mas não podia fazer isso com meu pai e nem comigo  mesma.

Vesti uma roupa qualquer e desci pra esperar aquele idiota, não podia deixar que ele estragasse a relação boa que eu tinha com meu pai.

Matheus entrou na garagem cantando pneus com seu Space Fox, não entendi o porque daquela graça toda, ele deveria esta nervoso, só pode. Ele saiu do carro e veio em minha direção, minhas pernas chegaram a ficar bambas.

- Vem comigo, entra no carro. - Ele disse puxando meu braço com toda brutalidade.

- Não vou a lugar nenhum. - Disse relutante.

- Quem você acha que é pra mandar alguem na minha casa e quebrar as minhas coisas. - Ele disse me sacudindo.

- Eu não fiz nada, me larga por favor. - Disse apavorada, nunca tinha o visto tão agressivo.

- Não minta pra mim, alguém entrou na minha casa e destruiu todas as fotos que eu tinha de você e do seu professorzinho, quebrou meu computador e destruiu meu trabalho da faculdade. Me fala quem fez isso agora. - Ele disse bufando de raiva.

-Eu não sei, eu juro. - Disse entrando em desespero.

- Não se faça de sínica. - Ele disse levantando a mão pra mim e me batendo. Ele acertou o meu rosto tão forte que caí perdida ao chão.

- Vamos, entra no carro. - Ele disse me levantando de qualquer jeito.

- O que você esta fazendo com ela seu covarde. - Uma voz familiar grita. Era o Miguel, não tinha dúvidas.

- Não se mete cara, não é da sua conta. - Ele disse abrindo a porta do carro. Miguel correu até o carro e disse pra mim sair da li.

- Então você esta se aproximando do tal professor de novo, eu posso não ter mais provas, mas seu pai vai adorar saber do que eu sei. - Matheus disse se dando por vitorioso.

- Você esta ameaçando Ela?! Você não é um homem de verdade. Miguel disse e deu um soco no nariz do Matheus fazendo-o cambalear.

- Por favor parem de brigar. - Foi tudo que consegui dizer.

- Vocês vão me pagar caro. -Matheus disse sorrindo indo em direção ao carro.

- Você não me conhece, assim como eu também não te conheço, se você ao menos se aproximar da Alícia vou fazer você arrepender de ter nascido. - Miguel disse segurando Matheus pela blusa.

Matheus entrou no carro e saiu cantando pneus, parecia está com medo, tomara que dessa vez ele me deixe em paz.

- Você ta bem? - Miguel disse me abraçando.

- Estou, obrigada mesmo. - Disse em meio de lágrimas.

- Vamos até a delegacia prestar queixa da agressão que esse idiota fez contra você. - Miguel disse destravando o alarme do carro.

- Não Miguel, por favor, tudo que te peço. - Eu disse tentando conter o choro.

- Então vamos para minha casa, e você me conta o que realmente esta acontecendo. - Ele disse preocupado.

Concordei e entramos no carro, o caminho foi um silêncio, Miguel apenas fazia carinho em mim e as vezes balançava a cabeça negativamente. Chegamos na casa dele, eu tinha que contar o que realmente estava acontecendo.

Uma Atração Mais Que Fatal ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora