Capítulo 10

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(Eduardo "Ed" na capa)

(Alícia)

Era ele mesmo o Miguel, meu professor de matemática que quase havia me matado, ele desceu do carro e veio até a mim.

- Alícia você está bem? - Ele disse me levantando.

- Sim estou, foi apenas um susto. - Disse me limpando.

- Tome mais cuidado. - Ele disse me olhando enquanto eu levantava a bicicleta e pegava as minhas coisas.

- Você que quase me mata e eu que tenho que tomar cuidado? - Disse nervosa.

- Você que virou na minha frente, sorte que eu parei. - Ele me respondeu.

- Mas nunca vi ficar dirigindo naquela velocidade, mas não vou ficar discutindo com você. - Disse dando de costa.

- Alicia, você esta bem? - Ele perguntou segurando meu braço com força.

- Ficaria melhor se você me soltasse. - Respondi ríspida.

- Não precisa ser marrenta. - Ele disse bem perto do meu rosto. Me arrepiei inteira.

- Estou bem, obrigada. - Disse puxando meu braço.

Peguei minha bicicleta e entrei no prédio, fui até a garagem e guardei a bike, pensei em ir até o apartamento do Ed, caminhei até a porta. Quando eu ia bater, pecebi que ele gritava, parecia esta no telefone, e ele falava que já não aguentava mais tanta pressão, que não era mais criança e queria levar uma vida de adulto, porque já tinha 21 anos. Preferi subir para o meu apartamento, parecia está tenso, devia ser com o pai dele que o obrigará a fazer faculdade de medicina. Mas subi as escadas e entrei em casa. Meu pai estava na cozinha fazendo o jantar, então passei por lá pra vê-lo.

- Cheguei papai. - Disse sorrindo.

- Que bom, vai jantar comigo hoje né? - Ele perguntou quase me intimando.

- A pai é que marquei compromisso com o Ed o meu amigo aqui do prédio. - Respondi.

- Mas você também em Alícia. - Ele disse desapontado.

- A pai mas se quiser eu fico. - Disse sorrindo.

- Não minha princesa, vai, você precisa fazer novos amigos, mas juízo, não faça que nem ontem, fiquei muito preocupado.

- Ta bom pai, e me desculpa.

- Tudo bem filha. - Ele disse me dando um beijo.

- Ta bom vou para o meu quarto. - Disse saindo.

- Filha, já falei com Lúcia sábado ela vem jantar conosco. - Ele disse gritando.

- Ta bom papai. - Respondi alto entrando no meu quarto.

Entrei no quarto copiei a matéria que eu havia perdido, acabei já eram quase 20hs e nada do Ed ligar pra gente ir lanchar. Então separei uma peça de roupa, peguei a toalha e fui tomar banho. Demorei bastante no banho, fiquei pensando no Ed, e até no idiota do Miguel. Assim que saí do banho fui para o meu quarto, troquei de roupa e vi que tinha ligação não atendida. Era do Ed, então resolvi ligar.

- Oi Ed, tudo bem? - Perguntei

- A mais ou menos e você? - Ele também pergunta.

- Estou bem, mas o que houve? - Perguntei preocupada.

- Vamos lanchar que no caminho eu te conto. - Ele respondeu.

- Ta bom, já eu desço aí. - Respondi.

- OK, estou te esperando meu anjo.

- Beijos, tchau. - Disse e em seguida desliguei.

Dei uma ajeitada no meu cabelo, peguei minha chave, dinheiro, despedi do meu pai e saí, cheguei depressa no primeiro andar, fui até a porta e bati, quem atendeu era uma senhora simples e sorridente. E disse que o menino Ed estava no quarto, acho que era Rita a empregada, então fui até o quarto, e lá estava ele sentado cabisbaixo na cama.

- Oi. - Disse sentando ao seu lado.

- Oi - Ele respondeu com um sorriso triste.

- Ed, o que houve? - Disse fazendo carinho em seu rosto.

- Meu pai, sempre querendo mandar em mim. - Ele disse triste.

- Quer conversar sobre isso? - Perguntei olhando em seus olhos.

- Me sinto a vontade com você.

- OK, vem aqui então e me conte tudinho. - Disse deitando a cabeça dele no meu colo.

- Então anjo, não posso ter a vida que quero, meu pai é um renomado cirurgião no interior de Ribeirão Preto, e quer que eu seja igual a ele, não gosto de fazer medicina, estou juntando dinheiro pra viver sozinho, ele me controla muito, não posso namorar, ter amigos, pra ele só tenho que estudar. - Ele disse com os olhos cheios d'agua.

- Nossa deve ser muito difícil. - Disse compreendendo ele.

- Já estou de saco cheio disso tudo, vou juntar dinheiro, nem que eu viva uma vida sem a fortuna e o conforto do meu pai, mas vou ser engenheiro. - Ele disse determinado.

- Faça o que é melhor pra você, mesmo que ele fique chateado por um tempo, um dia ele vai te compreender. - Disse tentando animar.

- E vou ver o que faço. - Ele disse sorrindo.

- Tenho certeza que você fará o melhor.

- Anjo estou um pouco desanimado pra sair, o que acha de ficarmos aqui, podemos pedir pizza, ou fazer pipoca e assistir filme.

- Tudo bem. - Disse sorrindo.

Ele foi até a cozinha, mas Rita o tirou de lá, ela não aceitava que ele fizesse nada, porque era o trabalho dela. Logo ele voltou ao quarto.

- Aí meu Deus, Rita ainda acha que sou um bebê. - Ele disse sorrindo.

- Ela te trata muito bem, até parece sua mãe. - Disse rindo.

- Ela é de mais, esta comigo desde de sempre, eu a amo. - Ele disse sincero.

- A que bom, ela parece muito agradável.

Logo ela chegou com um balde de pipoca, bolinho de chuva e refrigerante, aí que bolinho de chuva gostoso, colocamos um filme e ficamos na cama deitados, conversamos bastante, descobri mais sobre sua família, sua mãe parecia um doce, mas seu pai parecia um general. Já eram quase 22hs, então descidi ir embora.

- Ed, vou embora, se não meu pai vai ficar preocupado.

- A fica mais um pouco.

- Não posso, meu pai esta na minha cola. - Disse rindo.

- Então ta bom! - Ele disse me beijando.

O beijo começou a esquentar, ele me jogou em cima da cama, quando ele começou a desabotoar minha blusa me lembrei da hora. Não podia chegar tarde em casa, então logo saí de baixo de Ed e abotoei minha blusa.

- A anjo não faz assim comigo. - Ele disse todo dengoso. Via que ele estava excitado devido o volume da sua calça.

- Não posso Ed, já está tarde, tenho que ir. - Disse mordendo os labios o provocando.

- Então não me provoca, eu sei ser mal.

- Amanhã você me mostra esse seu lado mal. - Disse piscando.

- Ta bom. - Ele disse  indo até a porta.

Ele me levou até meu apartamento, perguntei se ele queria entrar, ele não aceitou, então me despedi com um beijo lento e gostoso e entrei. Arrumei minhas coisas para amanhã, fiz uma oração, pedi que minha mãe sempre estivesse olhando por mim, vesti um pijam e me deitei, Apaguei a luz e fiquei pensando no Ed até cair no sono.

Uma Atração Mais Que Fatal ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora