44| "I want to make you happy"

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Música: One Direction - Home


[HARRY]

São três da manhã, quando desço as escadas da minha enorme casa e vou até à cozinha, enchendo um copo com água e bebendo. Sento-me no sofá e ligo a enorme televisão, vendo publicidade e mais publicidade a passar.

Na minha mente está apenas uma pessoa: Emma. Quero telefonar-lhe, dizer-lhe que estou arrependido e que não vai voltar a acontecer, mas eu sei que vai, por isso, não vou fazer promessas que não posso cumprir.

Hoje, na reunião que tive com o meu pai, fiquei a saber que eles vão passar o Natal e a passagem de ano a Inglaterra. Eu não sei o que vou fazer. Apenas quero estar com a Emma, mas o tempo é curto, quase escasso. Cada vez que penso que tenho um tempinho para estar com ela, aparece sempre algum assunto de última hora que tenho que resolver ou algo assim.

Hoje foi domingo e gostava de ter estado com ela, mas nem um segundo para respirar tive. Quando ela me ligou com a proposta dos animais, passei-me completamente. Não devia de ter descarregado nela, mas estava com uma pressão enorme do lado do meu pai e ela a falar-me daquilo foi uma espécie de bomba quase a rebentar.

Sinto que a nossa relação está a perder a pica que tinha ao início e queria refazer tudo. Queria voltar atrás no tempo e queria poder explicar-lhe tudo, desde o plano para ficar com a empresa, até ao momento que cheguei à conclusão que ela não podia ser enganada dessa forma e que os meus sentimentos passaram a ser verdadeiros. O meu pai ainda pensa que é tudo um esquema para a enganar.

Eu tenho saudades dela. Tenho tantas, mas tantas saudades dela.

E, quando dei por mim, já estava vestido num par de calções, com um hoddie preto e umas sapatilhas. Saio de casa, acelerando o mais que posso e chego à rua dela num instante. Sem ligar muito ao estacionamento, saio do carro e vou até à porta de vidro já um pouco degradada e carrego no botão que indica o primeiro andar do lado direito. Como é óbvio, tenho que tocar mais algumas vezes, até ouvir a voz doce do outro lado.

- Sim? – A voz sonolenta soa, sendo música para os meus ouvidos. – Sidney, pára com isso. – Ouço-a dizer.

- Hey, Emma, sou eu. – Digo. Silêncio segue-se, antes da porta se abrir. Entro e subo as escadas e, a sua porta já está encostada, por isso é só entrar e fechar a porta atrás de mim. Ela está sentada no sofá, com um pequeno cão ao colo. Ok, tenho que admitir que o cão é adorável.

- O que é que estás a fazer em minha casa, às quatro da manhã?

- Emma, eu não consigo estar chateada contigo. – Digo e sento-me ao seu lado. – Não quero mesmo estar chateado contigo. Não consigo dormir.

- Harry, são quatro da manhã, daqui a quatro horas tenho que estar na faculdade, porque vou ter frequência.

- Eu sei, mas... Eu não consigo, não quero estar chateado contigo. Eu gosto mesmo de ti e quero-te fazer feliz.

- Bem, se gostas assim tanto de mim e se me queres fazer feliz, podes contar-me o que estás a esconder. – Ela atira, fazendo o meu coração ficar sobrecarregado de dor e arrependimento.

- Eu quero contar-te, Emma, a sério que quero, mas não posso. Não quero magoar-te.

- Então sempre há algo que me estás a esconder? – Ela conclui.

- Não, não, baby. – Chego-me para mais perto dela. – São só negócios com o meu pai. Tu sabes como ele é. – Limpo a garganta. – Eu quero... Dizer-te uma coisa.

Second Chance // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora