[EMMA]
2 semanas depois...
O meu nervosismo apertava comigo, enquanto andava pelos corredores brancos do hospital.
Falei com o Harry e disse-lhe que não me andava a sentir bem, que tinha dores de cabeça e que não conseguia dormir. Então ele marcou-me uma consulta no hospital para um amigo dele, que era médico e um dos melhores da América do Norte.
A enfermeira abriu-me a porta do consultório e entrei. Um rapaz de cabelo castanho e olhos castanhos estava em frente a um computador. O seu sorriso preenche a sala, quando ele me vê a entrar e a fechar a porta.
- Deves ser a Emma. – Ele levanta-se, esticando-me a mão e aperto-a sem hesitar. – Dr. Collins.
- Boa tarde, doutor. – Digo.
- Sente-se. – Oferece e, sem pensar duas vezes, sento-me, sentindo a pele da minha barriga a esticar para a frente e endireito-me, para ele não notar que tenho barriga. Dr. Collins senta-se em frente ao computador, pegando nas minhas análises e sorri, tirando os óculos e olhando-me. – Então, Emma, como se sente?
- Bem. Quer dizer... Podia estar um pouco mais magra. – Murmurei. – Durante esta semana fui ao nutricionista e ele deu-me um plano de refeições para perder peso e recomendou-me exercício físico. – Expliquei. Dr. Collins sorriu e fiquei sem perceber muito bem em que situação de encontro.
- Compreendo a sua situação, Emma. E compreendo a aflição do Harry, quando me disse para arranjar uma consulta o mais depressa possível.
- O Harry falou consigo?
- Ele disse-me que a namorada estava aflita. Só não percebo porquê... Segundo as análises, está tudo bem consigo. Aliás... Com vocês. – Ele olha-me nos olhos e junto as sobrancelhas. – Eu percebo que seja complicado ultrapassar as transformações do seu corpo, nesta altura. É normal, quando se está grávida. – O meu corpo congelou. Olhei para ele atentamente e levantei as sobrancelhas.
- Grávida?
- Uh... Sim? – Ele meio que pergunta. As suas feições mudam completamente, quando ele percebe que algo não está bem.
- C-como assim, grávida?
- Eu pensei que... Emma-
- Eu estou grávida?
- Não sabia? Eu pensava que sim! Aliás, a sua barriga diz tudo! O seu período menstrual deve de estar em falta...
- Não, não! – Arregalo os olhos. – Eu não... Eu pensava que estava mesmo gorda! Eu pensava que era normal faltar o período! Sempre foi irregular!
- Bem, então deixe-me dizer-lhe que está grávida... De quatro meses.
- QUATRO MESES? – Levantei-me. Dr. Collins imitou-me.
- Tenha calma... Emma, isso faz-lhe mal. – Ele diz-me e puxo o cabelo para trás, em frustração. – Ligue ao Harry. Tenho a certeza que podem conversar e resolver as coisas.
- Resolver as coisas? RESOLVER AS COISAS? Eu tenho um bebé dentro de mim há quatro meses e só hoje é que soube! Doutor, eu tenho dezanove anos, não é uma idade própria para ter um filho! – Atirei.
- Oiça. Mantenha a calma. ENFERMEIRA! – Gritou e logo uma enfermeira apareceu à porta.
- Diga, doutor.
- Contacte-me o senhor Harry Styles. Rápido! – Mandou.
- Com certeza. – Afirmou e retirou-se. A sala começou a rodar e rapidamente me apoio na cadeira, respirando freneticamente.
- Emma, respire. Ande. – Sinto-o a agarrar-me e a sentar-me em algo macio e a deitar-me para trás. – Emma, respire. Conte quatro segundos a inspirar e oito a expirar. – Pediu. Faço o que ele me pede e fecho os olhos, concentrando-me na respiração. Tudo à minha volta parece ganhar compostura e abro os olhos, vendo tudo normal. – Melhor?
- Sim. – Respondo e Dr. Collins puxa uma cadeira, sentando-se ao lado da cama onde estou deitada. De repente a porta abre-se e Harry entra pelo consultório. Rapidamente me sento na cama, sentindo os meus olhos a lacrimejarem.
- Emma! Oh Emma! – O rapaz alto de olhos verdes caminha até à cama, abraçando-me. Enrolo os meus braços à volta do seu pescoço, inspirando o seu perfume. – Que se passou? Ia tendo um acidente, quando a enfermeira me telefonou. – Ele afastou-se, moldurando a minha cara com as suas mãos e os seus anéis frios entram em contacto com a minha pele. Lágrimas caem-me dos olhos. – Que se passa?
- Eu vou deixar-vos a sós. – Dr. Collins diz e deixa o consultório, fechando a porta. Harry senta-se na cadeira onde o doutor estava sentado e agarra nas minhas mãos. O seu sorriso aparece levemente.
- Que se passa, amor?
- Harry... - Suspiro, limpando as lágrimas com os ombros, mas Harry para-me, limpando-as com os seus enormes polegares. – Eu sei... Eu sei que já não estamos juntos e a minha intenção nunca foi esta, eu juro. – Choro, agarrando nos seus pulsos. Os seus olhos escurecem com tristeza. – Nunca me quis aproveitar de ti, nunca me quis aproveitar do teu dinheiro e tu sabes disso, porque eu amo-te. Não pelo teu dinheiro, não pelo que tens, mas sim, pelo que és. Eu amo-te com tudo o que tenho. – Expiro, fechando os olhos.
- É algo de grave? – Ele pergunta. – Diz-me... Por favor, Emma.
- Não. Quer dizer... - Engulo em seco. – Eu não sei.
- Antes de mais jura-me que não interessa o que seja, que vais deixar-me ajudar-te.
- Tu vais ter que me ajudar. – Digo. – Porque vais ser pai.
- O quê? – A sua cara fica pálida e as suas mãos caem da minha cara. As minhas lágrimas voltam a cair, molhando a minha camisola e as minhas calças de ganga.
- Harry, eu juro que não fiz de propósito. – Asseguro-lhe num fio de voz. Harry respira fundo e passa as mãos pelo cabelo. – Diz algo, por favor. – Nada, silêncio. – Queres que eu aborte? – Perguntei, fazendo com que ele olhasse para mim. Os seus olhos estão brilhantes e não sei, mas acho que já faltou para o ver chorar.
- Abortar? – Ele pergunta. – E matar o nosso filho?
- Bem, desculpa! Nós não estamos juntos e eu estou grávida de quatro meses! Pensei que fosses dizer que só me queria aproveitar do teu dinheiro, por isso é que meti esta hipótese!
- Eu nunca iria pensar isso! – Afirmou irritado.
- Então diz-me o que queres, porque o teu silêncio está a matar-me e estou numa pilha de nervos, porque tenho dezanove anos e estou grávida do filho de um multibilionário e não sei se queres- - Sou interrompida, quando os seus lábios me silenciam, pressionando-se contra os meus. Expiro pelo nariz, movendo os meus lábios contra os seus, correspondendo ao beijo. As mãos de Harry vão até ao meu estômago e imediatamente encolho a barriga, fazendo-o rir-se, parando o beijo. – O que foi? – Pergunto, levemente sem folego.
- Encolheste a barriga. – Ele dá-me mais um beijo. – Não estás gorda, Emma, estás grávida.
- Ainda não sei o que vou fazer... Quer dizer, eu quero ter este bebé, mas... Não estou preparada.
- Não te preocupes. – Ele beija-me a testa. – Eu conheço alguém que nos pode ajudar.
- Sim? – Elevei as sobrancelhas. – Quem? – Harry não respondeu e sorriu-me de lado. Porque é que eu tenho a impressão que algo vai falhar?
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Second Chance // h.s
FanficDe dia, sou conhecida como Emma. De noite, o meu nome é Belle.