45| "She was horrible!"

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Desculpem por não ter publicado! Segundo a minha avó, passo muito tempo no computador e pronto...

Sigam-me no polyvore, sigo toda a gente de volta: isabelrodriguesvaz




1 semana depois...

[EMMA]

- Não! - Resmunguei, quando Harry me agarrou na cintura novamente. - Deixa-me ir, vamos chegar atrasados, Styles!

- Não interessa! - Ele agarra no meu pulso, puxando-me de volta para a cama. Os nossos corpos tocam-se por debaixo dos lençóis emaranhados e vincados da noite passada. Sabe tão bem acordar em Londres com a pessoas que gostas.

- Harry... - Gargalho, quando os seus dedos se forçam contra a pele na minha cintura.

- Sabe tão bem dormir junto a ti e acordar em Londres, ao mesmo tempo.

- Sabes? Eu estava a pensar exatamente o mesmo. - Beijo-o. A sua língua serpenteia por entre os meus lábios, tocando na minha. Gemo em apreciação, tocando com as pontas dos meus dedos no peito tatuado. A respiração necessária torna-se a causa da nossa separação, fazendo-me sorrir que nem uma maluca para o rapaz por quem estou completamente afim. - Vou fazer o pequeno-almoço. - Digo.

- Nós podíamos-

- Não. - Interrompo-o. - Apenas abre os estores e deixa o ar circular. - Mandei, quando saí da cama, enrolando o fofo robe à minha volta. - Cheira a sexo, aqui. - E fui até à cozinha.

É incrível, o quão perto é a casa de Harry da minha. Ou que era minha. Ficava apenas a 20 minutos, andando a pé. O apartamento não é muito grande. Tem dois quartos, um deles, o de Harry, tem uma casa de banho privada, tem outra a meio do corredor, uma sala, uma cozinha, uma pequena biblioteca e uma arrumação, onde está a máquina de lavar-roupa, as coisas da limpeza e só. Não é grande, mas também não é pequeno. Ontem chegámos tarde, mas a noite foi bem passada. Ouço o chuveiro a ser ligado, enquanto ponho os waffles a fazer. Corro para o quarto e visto a sua t-shirt branca e as minhas leggins. Uma coisa boa no apartamento de Harry? O chão é aquecido e andar descalça no inverno, não é um problema de todo. A campainha toca e enrugo a testa. Limpo as mãos à toalha e vou até à entrada. Quando abro a porta, o frio atinge-me como uma flecha. Uma rapariga morena, alta e magra está à minha frente, vestida com umas botas castanhas, calças de ganga, casaco castanho forte e um gorro castanho.

- Posso ajudar? - Perguntei, encostando-me à ombreia da porta.

- Hm... O Harry está? - Ela pergunta, tentando espreitar para dentro do apartamento.

- Está a tomar banho. - Digo.

- Eu posso esperar. - O seu sorriso ainda não desapareceu e isso está a irritar-me profundamente.

- Desculpa... Quem és tu?

- Oh, eu? - Ela ri-se. - Eu sou uma velha amiga do Harry. Ele disse-me que ia estar por Londres estas semanas e eu aproveitei para lhe fazer uma visita. E tu, quem és?

- Oh, eu? - Imitei-a. - Eu sou a namorada dele. - Dei enfase ao "namorada". O seu sorriso desapareceu em milésimas de segundos. Os seus olhos olham-me de cima a baixo.

- Bem... Pareces mais gorda, nas revistas. - As suas pestanas batem umas nas outras e eu quase que me atiro a ela. Valeu-lhe o meu namorado.

- Amor? Porque é que cheira a waffles queimados? - A voz masculina soa.

- Acho que deves-

- HARRY! - Grita, fazendo-me encolher. Desta é que eu não estava à espera.

- Quem é que... - Ele corta a frase, quando aparece atrás de mim. Aperto o maxilar. - Tiffany?

- Olá! - A morena dá-lhe um sorriso cheio de dentes tão brancos que quase me cegam. Ironia.

- Hey! O que é que estás aqui a fazer? - O peito do meu namorado colide com as minhas costas e mexo a cabeça contra o seu forte tronco, mas ele apenas me chega para o lado e vai abraçar a histérica da amiga. Trinco o lábio inferior e reviro os olhos.

- Disseste-me que vinhas, lembraste? - Ela pisca os olhos consecutivamente, olhando para ele, quando o abraço acaba, mas continuam nos braços um do outro. - Eu pensei vir-te fazer uma surpresa!

- Ótimo, ótimo! Aposto que já conheceste a-

- Tua namorada. - Ela acaba a frase por ele e olha-me, semicerrando os olhos.

- A Emma.

- Agora que olho melhor para ti, acho que te conheço de algum lado. - Tiffany diz, fazendo ar de pensativa. - Ah! Já sei! Tu és aquela miúda que andava sempre sozinha na secundária, não é? Eu lembro-me! Foste tu que uma vez foste trancada na casa de banho, sem querer? Elas eram más para ti, não eram? - Engulo em seco. Tiffany Hart, a rapariga mais popular da secundária. Mudou muito desde que a vi pela última vez. Yup, mudou tanto, mas ainda continua a ser a mesma cabra de sempre. Há coisas que nunca mudam.

- Uh... - Harry tosse, tentando aliviar a tensão e pega na minha mão, entrelaçando os nossos dedos. A atenção de Tiffany desvia-se para a ação de Harry e consigo ver os seus olhos a chisparem em fúria. - Gostarias de entrar?

- E tal se fossemos todos jantar a minha casa, esta noite? Os meus pais já perguntaram por ti. - Tiffany oferece. Harry olha para mim. Eu não faço, nem digo nada, esperando pela sua resposta.

- Parece-me bem. A que horas?

- Apareçam por volta das nove, a minha mãe vai fazer robalo, tal como gostas. Até logo. - Sorri-nos e anda pelo corredor.

Dou um suspiro de alívio e ando até à cozinha, tirando os waffles completamente pretos da torradeira e mandando-os diretamente para o lixo. Estou a tremer, com a camada de nervos que aquela gaja me pôs no corpo. Os braços de Harry circundam a minha cintura e sinto a sua respiração no meu pescoço. Respiro fundo e viro a cara, de modo a que os seus lábios entrem em contacto com a minha bochecha.

- Aquilo foi maldoso. - Harry sussurra.

- Foi horrível. - Sussurro de volta. Fecho os olhos e encosto a cabeça para trás. - Era a última pessoa que pensei voltar a ver, depois destes anos.

- Ela foi minha namorada, quando eu era puto. Os pais dela eram super simpáticos e sabiam que eu gostava de robalo, então aos sábados à noite, eu ia jantar a casa dela e era sempre a mesma coisa.

- Como é que foste capaz de namorar com uma coisa daquelas? - Viro-me para ele.

- Eu não sabia que ela era assim. Depois acabámos e ficámos amigos. Supostamente a minha mãe falou com os pais dela e os pais dela disseram-lhe e ela pediu o meu número à minha mãe e ela deu-lho. Mandou-me mensagem uma, ou duas vezes. - Ele puxa o cabelo molhado para trás, lambendo os lábios. - Eu disse-lhe que vinha, mas nunca pensei que ela se iria lembrar e muito menos que aparecesse.

- Não tens que me explicar tudo. - Apoio as minhas mãos no seu peito, juntamente com a minha testa. - Apenas... Não lhe dês confiança. É visível que ela ainda não ultrapassou o facto que o vosso namoro já foi há algum tempo e que seguiste em frente. - Os seus braços rodeiam o meu tronco.

- Não te preocupes. - Murmura no meu cabelo. - Não te quero magoar. Achas que foi uma boa ideia ter aceitado o jantar?

- Queres que seja sincera? Não, não acho que tenho sido uma boa ideia. Ela vai rebaixar-me em frente à família dela. - Olho para os seus olhos. - Ela odeia-me, desde o 10º ano.

- Eu chamo-lhe inveja. - As suas sobrancelhas elevam-se.

- Lembro-me dela ter despejado o tabuleiro de comida para cima de mim de propósito e ninguém fez nada. - Fecho os olhos, abanando a cabeça. - Só se sabiam rir.

- Não te preocupes, amor. - Ele massaja as minhas bochechas com os seus polegares. - Eu não vou deixar que ela te magoe. E se, por acaso, te sentires desconfortável, ou quiseres vir embora, quero que me digas e não estejas a guardar tudo dentro de ti, sim? - Aceno. - Ótimo. - Ele beija-me a testa. - Não quero que te sintas mal, quando estás ao pé de mim. A última coisa que quero é magoar-te.

Second Chance // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora