14| "It doesn't mean we will have sex!"

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[EMMA]

Blair vasculhava na minha mala e nas suas roupas ao mesmo tempo. O seu stress era maior que o meu. Parecia que era ela que ia para Nova Iorque e eu é que ficava cá.

- Só para que conste, eu não apoio essa tua relação com esse Harry Styles. Cara bonita, personalidade horrível. – Ela continua a reclamar. Desde que chegou ainda não parou de me dizer o quanto não gosta dele e o quanto eu me deixo levar, dando-lhe o nome de "cliente de ouro". Não é um caso de dinheiro, continuo a explicar, mas mais teimosa que ela? Não há. – Gostas de saias?

- Blair, não é preciso quase nada! – Chamo à atenção, quando olho para a minha mala e vejo metade do meu guarda-roupa vazio e muitas coisas dela. Eu e Blair sempre partilhámos roupas e não temos nojo uma da outra. Ela empresta-me algumas coisas dela e eu empresto-lhe algumas roupas, mas ela empresta-me mais a mim do que eu a ela, por razões óbvias.

- Eu sei! Mas tens que estar estilosa, não é? Afinal, não é todos os dias que vais viajar a Nova Iorque com um rapaz ao teu lado como o Harry.

- Não é nada de mais.

- Tens langerie que trazes do clube?

- Blair! – Repreendo.

- Ambas sabemos que vai acontecer alguma coisa entre vocês. Tu não és virgem, ele não é virgem. Estão longe do quarto do clube, longe dos olhares que vos podem criticar...

- Isso não quer dizer que iremos ter sexo! – Falo, desta vez, mais baixo. Nunca se sabe quem pode estar a ouvir, porque o edifício é antigo e as paredes têm ouvidos.

- Se não vai haver sexo, vai haver pelo menos uma dança de cintura. – Ela sorri-me, abrindo as gavetas das mesas-de-cabeceira do meu quarto e procurando a langerie mais sexy.

Depois de encontrar o que procurava, enfiou numa pequena mala à parte tudo o que achava que iria ser preciso, dessas coisas, juntamente com corpetes que raramente usava nas danças. – Miúda, tu vais arrasar. – Ela pisca-me o olho. – Agora, vai lá tomar um banho, para te vestires e eu te arranjar esse cabelo. Vamos, vamos! – Enxota-me para a casa de banho, fazendo-me suspirar alto e revirar os olhos. Depois do meu banho, de estar vestida, penteada e maquilhada, ouço o meu velho telemóvel a vibrar em cima da secretária. Suspiro e olho para o ecrã, vendo o nome de Harry a piscar, avisando-me que de já estava lá em baixo à minha espera.

- Ok. Já chegou, vou-me embora. – Avisei Blair, recusando a chamada de Harry.

- Já pus preservativos na tua mala. – Avisa-me, chocando-me por completo.

- O quê? Onde- espera. Onde é que os arranjaste?

- Antes de vir para aqui, passei pelo supermercado e comprei. De nada. – Pisca-me o olho e agarro na minha mala e vou até à porta, abrindo-a.

- Nunca mais te peço para organizares a minha mala. – Aviso-a.

- Ambas sabemos que nunca vais ser capaz de fazê-lo sozinha, por isso, não tens que agradecer. – Sorri-me e eu reviro os olhos, descendo as escadas e abrindo a porta do prédio e saindo. Harry esperava-me encostado a um Audi R8, cinzento, vestia umas calças pretas justas, botas pretas, camisa branca, cabelo apanhado num coque e sorriso. Desci as escadas e aproximei-me dele.

- Pronta? – Levantou-me uma sobrancelha.

- Sim! E entusiasmada. – Acrescentei, quando o porta-bagagens abriu sozinho.

- Nota-se. – Riu-se, mostrando aqueles lindos e perfeitos dentes. Harry mete a minha mala no carro e entramos, seguindo viagem. O caminho até ao aeroporto foi rápido e, quando saímos do carro, rapidamente os seguranças nos circundaram, levando as nossas malas. – Não largues a minha mão, não interessa o que acontecer, ok? – Os seus olhos verdes olham-me e eu aceno positivamente. A sua mão agarra na minha, os nossos dedos a entrelaçarem-se, fazendo-me olhar para baixo, vendo os nossos anéis a tocarem-se. Somos conduzidos, sempre sob proteção, para o aeroporto e quase fomos esmagados por um montão de miúdas histéricas à mistura com três ou quatro fotógrafos.

- Harry, Harry, vai assumir a sua relação?

- Harry uma foto com a namorada, por favor!

- Harry, aqui, aqui!

- Harry, nós amamos-te! – E muitas mais coisas foram gritadas.

Apenas baixei a cabeça e deixei o cabelo tapar-me a cara. Pouco depois, chegamos ao pé de uma hospedeira, que verifica os nossos Cartões de Cidadão e nos pede para prosseguir, em direção ao jato que nos esperava. Não era muito grande e na lateral tinha escrito a letras prateadas grande Styles Inc.

A minha mente rapidamente viajou para todas as possíveis posses que esta família tinha. Aposto que a casa deles deve ser enorme. Devem de ter uma casa de férias nas Caraíbas, carros de luxo a dar com um pau, terras sem fim...

Agora percebo o interesse daquelas miúdas no Harry. É que o rapaz, para além de ser bonito, limpa o cu a dólares.

A mão de Harry apertou a minha, num gesto reconfortante, quando começámos a subir as escadas do jato. Olhei para o seu relógio que marcava 1.13 a.m.

Quando entrámos, fui contemplada com o luxo dos assentos de pele, do champanhe caro e bom, dos morangos das melhores e conceituadas colheitas mundiais. O interior era amplo, luxuoso e tinha ar de ser confortável. Dois assentos de pele encontravam-se mesmo no, frente a frente apenas com uma mesa a separá-los. Um pequeno LCD jazia pegado à parede do pequeno avião, um carrinho com champanhe e morangos estava mesmo ao lado dos assentos. Havia uma pequena porta no fundo, onde supus ser a casa de banho.

- Ah! Mr. Styles, que prazer vê-lo novamente. – Um homem de meia-idade saúda Harry com um aperto de mão.

- Ernest. – Harry diz.

- Então? Uma escapadela romântica com a namorada? – O senhor sorri-me. – Muito prazer, Ernest West.

- Belle. – Apenas digo, retribuindo o sorriso.

- É. – Harry mete o seu braço por cima dos meus ombros, chegando-me mais para ele. Olho-o, um bocado incerta do que fazer. – Mas não é bem uma escapadela. Vou lá, porque maioritariamente preciso de tratar de uns negócios.

- Fico feliz por si, Mr. Styles. Vamos então levantar voo?

- Sim. – Harry confirma. Uma hospedeira entra pela porta, carregando num botão, recolhendo as escadas e fechando a porta.

- Boa noite, Mr. Styles e... - Ela olha-me, incerta.

- Belle.

- E Belle. – Acaba a frase. – Sentem-se e apertem os cintos, porque estamos prestes a descolar. Aguardem pela permissão do capitão para retirarem o cinto, quando já tivermos a voar.

- Obrigado Lydia. – Harry diz, encaminhando-nos para os assentos. Retiro-me do aperto dele, sentando-me e apertando o cinto. Harry imita as minhas ações. O silêncio reinou o pequeno espaço, enquanto Harry retirava os copos do pequeno carrinho e os enchia com champanhe. De seguida, retirou a taça de morangos, pousando-a em cima da mesa. – Ao nosso fim-de-semana, que promete. – Diz, levantando o seu copo.

- Uh... - Levanto o copo, batendo no dele ligeiramente e bebendo um golo do líquido dourado que, surpreendentemente, tinha um sabor do além. Depois de bebermos o nosso champanhe, senti o jato começar a deslizar pela pista do aeroporto até que levantou voo. Frenesim na minha barriga voltou, assim como da vez que levantei voo de Londres em direção a Los Angeles.

- Então? – O seu sorriso abre-se. – O que esperas deste fim-de-semana?

- Não sei. – Encolho os ombros. – Só sei que quero aproveitar ao máximo.

- Vais aproveitar, acredita em mim. – Ele pisca-me o olho. A sua mão chega ao comando do pequeno LCD, ligando-o e um canal de música aparece no pequeno ecrã.

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Second Chance // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora