40| "Is it a promise?"

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[EMMA]

- Que se passa? – Harry pergunta, rompendo o silêncio que estava no carro. O mesmo pára em frente ao nosso hotel e nós abrimos a porta, rapidamente caminhando para dentro do enorme edifício. Harry trazia numa só mão a caixa da pizza. O caminho até à suíte foi feito em silêncio e quando Harry pousou a pizza na mesa da nossa pequena sala, rapidamente tira o seu casaco e eu imito-o, indo até à casa de banho, preparando o meu banho. No caminho para a pizaria comecei a sentir-me enjoada e com dores de cabeça. – Estás bem, querida?

- Não. – Digo, despindo o meu vestido, não me importando se fico nua à frente dele ou não. Ainda sinto a presença de Harry atrás de mim. Os acontecimentos que se seguem são muito rápidos e só sei que no segundo a seguir estava dobrada sobre a sanita, deitando tudo o que não tinha comido durante a tarde, cá para fora. Harry segura o meu cabelo com uma mão, enquanto a outra estava na minha testa.

- Meu Deus, Em. – Harry sussurra. Quando não sinto nada a vir-me à garganta, forço as mãos contra as laterais da sanita, levantando-me. Os braços do meu namorado circundam a minha cintura, segurando-me protetoramente contra si. Tenho a cabeça à roda, a minha garganta arde-me e tenho um sabor horrível na boca. – Foi alguma coisa que comeste?

- Eu... - Respiro fundo. – Não sei. Foi só uma queda de tensão, acho eu.

- Devíamos de ir ao hospital.

- Estás maluco? O hospital está cheio de micróbios! Ainda morro lá! – Protestei. – Eu só quero tomar um banho e ir dormir.

- E a pizza?

- Acabei de vomitar, Styles. – Despego-me dele, andando até à banheira. – Faz-me um favor e liga para a receção a pedir um chá com uma torrada, sim?

- Tens a certeza que ficas bem?

- Sim, sim. – Digo-lhe e ele sai da casa de banho. Posso finalmente tomar o meu banho relaxante.

*

Teimoso como o Harry Edward Styles é, ao invés de telefonar para a receção a para fazer o pedido, telefonou um médico.

- Bem, Emma, tenho a dizer-lhe que este transtorno todo deve-se apenas a uma quebra de tensão repentina. Tem que controlar melhor os horários das suas refeições e a quantidade. – Ele pega na sua pasta de médico. – Recomendo-lhe repouso nos próximos três dias. Nada de esforços, nada de ações repentinas e tente ingerir mais açúcar, pois os seus níveis de açúcar no sangue são ligeiramente baixos.

- Obrigado, doutor. – Harry acompanha-o até à porta. Trinco o lábio inferior e recosto-me à cabeceira da cama, cruzando os braços ao peito e baixando o olhar.

- Ainda bem que é só isso. – O meu namorado suspira.

- Oh... A sério? – Pergunto sarcasticamente, olhando-o. Ele junta as sobrancelhas.

- O que foi? Estava só preocupado! – Levanta os braços, em exaspero.

- Eu tinha-te dito que estava bem, depois de vomitar! E disse-te que não era preciso um médico! Ainda por cima levou um dinheirão de vir aqui!

- Bem, desculpa se pensava que podias estar grávida! – Ele diz, surpreendendo-me.

- O quê? – Levanto-me da cama, ficando mesmo em frente a ele.

- Eu... Em, já reparaste nas vezes que fodemos sem proteção? Eu-eu pensei que talvez... Não sei!

- Tu pensavas que eu te estava a esconder que estava grávida?

- Não! Quer dizer, sim! Em, eu pensava que estávamos a ser descuidados! Foi um impulso. Eu entrei em pânico!

- E porque é que não me perguntaste? Seria mais fácil, direto, poupava-se dinheiro e não estávamos a ter esta discussão agora!

- Desculpa, Em. – Ele aproxima-se de mim, mas eu recuo. Elevo a minha mão, de maneira a manter o espaço entre nós.

- Harry, se queres mesmo esta relação, tens que confiar em mim. E tu não confias em mim.

- Confio! – Ele disse, aflito. – Confio, Em. É que... Eu fiquei assustado!

- Não achas que se eu estivesse grávida, não tinha já mostrado sinais disso?

- Não sei, Emma. Sinceramente, eu não sei. Já te disse que entrei em pânico e foi impulso.

- Eu nunca te esconderia alguma coisa assim... - Digo-lhe, chegando-me perto dele e moldurando a sua cara com as minhas mãos. – Eu preciso de um banho, eu já venho. – Falo e vou até à casa de banho.

*

- Seria assim tão mau, se estivesse grávida? – Pergunto a Harry. Desde que nos deitámos que estou completamente a leste do presente e só penso em como o Harry teria razão de entrar em pânico se eu tivesse realmente um filho dele na minha barriga.

- Não sei. – Ele sopra no meu pescoço, beijando-o seguidamente. A minha perna direita está sobre a sua cintura, enquanto a sua mão faz movimentos contínuos na pele da minha coxa, fazendo-me relaxar. A minha mão direita está sobre o seu estômago, enquanto a sua mão esquerda está debaixo do meu pescoço.

- Como assim, não sabes?

- Eu acho... Que seria terrível. Quer dizer, a nossa relação é inicial, somos tão novos, começaste agora a trabalhar, em breve vou pegar nas rédeas da Styles Inc. É tudo muito para pensarmos em crianças...

- Eu concordo. – Suspirei. – Desculpa por ter sido bruta contigo, ainda há bocado. Tu só estavas preocupado.

- Não faz mal, love. Eu também tenho que pedir desculpa. Não agi da forma mais correta. – Beijou-me a testa.

- Estás confiante para a próxima semana?

- Não sei. A companhia dos Tomlinson têm uma boa hipótese de ganhar, este ano. Eles subiram muito, nos rankings, no último trimestre. – Ele explica, suspirando. Os meus olhos começam a querer fechar, mas forço-me a mantê-los abertos.

- Posso fazer-te uma pergunta que quero que respondas sinceramente?

- Claro. – Ele sorri-me. Olho para os seus olhos durantes longos segundos, antes de suspirar e ter coragem para perguntar o que realmente quero perguntar.

- A tua mãe odeia-me, não odeia?

- Ela é... Difícil. – Ele diz, pensativo. – Mas o verbo odiar é muito forte.

- É verdade, Harry. – Respirei, olhando-o nos olhos. – Tens que admitir. E... Eu achei estranhíssimo a tua mãe me enviar um convite para o seu primeiro desfile, em Dezembro.

- Sim, isso é estranho, mas ela não me disse que te tinha convidado.

- Eu já reparei como ela olha para mim. Será que ela sabe de alguma coisa?

- Impossível. – Ele expirou, beijando-me a testa. – Não penses nisso, Em.

- E ela enviou-me o pedido, porque não tem coragem de falar comigo cara a cara. – Teimei. – Ela odeia-me, Harry. Admite.

- Ela não te odeia, Emma. Ela simplesmente... Tu sabes como as mães são com os filhos e filhas. Para os filhos, nunca há rapariga que seja suficientemente boa e para as filhas, nunca há homem suficientemente bom. – Harry explica, mexendo no meu cabelo. – E a minha mãe é assim comigo. Apenas... Dá-lhe tempo.

- Eu posso esperar. – Disse-lhe, ajustando a minha posição, colando-me mais a ele. – Mas pelo caminho... Quero que sejamos felizes.

- Vamos ser, Emma.

- É uma promessa?

- É uma jura.


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