Capitulo 7

6.6K 375 38
                                    

Andei, andei e andei ainda na procura de algum aparelho fixo neste lugar. Mas não tem nem sinal aqui, pelo o que eu acho.

Isso já me cresceu uma raiva. Mas um alívio por ver que aquele garoto já não estava mais me "seguindo".

Já cansada de procurar algum aparelho que eu possa comunicar com minha família e amigos, sento no chão, perto de um pequeno boteco (bar). Tento me esconder para ninguém perceber que estou ali.

Já que está de noite, fico em um lugar bem escuro, quase impossível de ver que estou aqui. No mesmo estou com medo, mas eu queria mesmo era ir pra casa.

Entao começo a chorar, chorar de raiva e tristeza. Além de ter perdido minha mãe hoje, aquele garoto desgraçado me trás pra esse lugar deserto e me deixa na rua. Começo a chorar porque só queria minha mãe nesse momento, sei que se eu tivesse com ela, todo esse meu medo ia passar.

Chorando por horas no escuro de uma pequena rua, minha barriga começa a roncar e roncar muito. Lembrei que não tinha comido nada hoje.. Quando eu digo nada, é NADA mesmo.

Dou uma procurada nos bolsos da minha jaqueta para ver se tenho algum dinheiro pra comprar alguma coisa pra comer.

E assim, acho cinco dólares e algumas moedas.. Então fico olhando e procurando ainda sentada e no mesmo lugar que estou, algum tipo de mercadinho ou padaria que esteja aberta nessas horas e nesse fim de mundo.
Deve ser umas meia noite agora.

Não acho nada que esteja aberto, apenas o boteco que está cheio de caras bebendo.

Penso em ficar onde estou e de manha mesmo vou até o mercadinho que vi no começo dessa pequena cidade pra comprar alguma coisa. Mas no mesmo momento minha barriga começa roncar, me avisando com urgência que preciso de algo para comer ou é capaz de eu passa mal ou desmaiar.

Só eu ir rápido, vou ir bem rápido. Compro alguma comida e saio de lá.- começo a fazer planos em minha cabeça.

Entro no boteco que parece um bar pequeno e sujo. Mas logo avisto uma linda coxinha..

Sinto que todos esses caras pançudos e velhos estão olhando para mim, alguns deles começam a falar coisas desagradáveis pra mim ou passam a mão no meu cabelos..Me arrependo por ter ido no caminho da minha fome.

Tenho que ser rápida!

Vou até o "caixa" e peço para o dono desse barzinho. (Deve ser o dono). E peço aquela maravilhosa e linda coxinha.

Ele pega e fala o valor..
Pago o balconista, pego o meu troco e saio de lá o mais rápido.
Quase fora daquele lugar nojento, alguns cara mexem comigo e dois deles me cercam.

  - Olha.. Que moça mais bonita.

- O que uma moça tão bonita está fazendo aqui essas horas?.- O cara gordo começou a passar a mao no meu cabelo, que no mesmo me afastei.

  _ Com licença, preciso ir.- Me desviei deles e quase comecei a sair. Mas no mesmo o primeiro cara que falou, segurou meu braço com força.

  - Onde a moça pensa que vai?

_ Me solta!

- Você acha que vem aqui nessas horas com esse vestido que mostra essa suas pernas gostosas e durinhas e vai sair daqui sem que eu aproveite?...- O cara começou passar suas mãos em minhas pernas, pelo menos tenta. Porque tento sair no mesmo. Mas ele ainda me segura com força em meus braços.

_ Você tem idade pra ser meu avô! Me larga ou eu chamo a polícia.- Todos os caras começaram a rir, a raiva e a humilhação era evidente em sua cara. E assim fez ele me aperta bem mais forte e começou a falar coisas horríveis no meu ouvido, o que ele achava de mim e o que ele ia fazer comigo e no mesmo com outra mão navegava em meu corpo, E me levava pra fora do bar. Fiquei paralisada e comecei a chorar.

O Vilão da minha históriaOnde histórias criam vida. Descubra agora