Capitulo 46

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*Escutem a música da mídia.

Era como se o tempo estivesse no fim e como se o dia estivesse acabando mas não terá a chegada da noite.

Como dizem, a esperança é a última que morre. Mas eu estou ciente de todas as possibilidades, do pior está querendo entrar no meu caminho, da morte querer fazer parte da minha vida novamente, mas desta vez infelizmente é verdade.

Tudo estava em câmera lenta, a entrada daquele hospital era mais deprimente que os meus pensamentos no momento. As vozes e choros daquele local pareciam tão altos como fogos de artifício, comecei a pensar que eu estava em um mundo paralelo, em um verdadeiro pesadelo. Quem dera se fosse um pesadelo.

Na sala de espera encontro Roberto com a cabeça baixa e suas mãos bagunçando seu cabelo, encontro Lilian em estado paralisado consolando seu noivo. Minha mãe se mantém em pé com as mãos no rosto, Gabi apenas estava quieta sentada sozinha tentando entender tudo que está acontecendo.

- Cadê ele?.- Rick pergunta segurando minha mão. Mas todos se manteve quietos, com olhar de pena.

— CADÊ ELE?.- Me exaltei.

- Em processo de cirurgia.- Minha mae vem até a mim me acalmar.- Calma filha.

— O-o que aconteceu?.- Dizia com os olhos cheio de lágrimas.

- É um caso grave Bruna, Erick chegou no hospital já quase inconsciente, infelizmente uma das balas acertaram bem próximo do coração e algumas próximas ao pulmão, Ainda eles não tem a certeza se o Erick vai ficar bem, nesse momento qualquer possibilidade é possível. Mas os médicos disseram que se a cirurgia ocorrer tudo bem o Erick pode sobreviver.- Gabi falou seria mas a tristeza era inevitável em seu olhar.

— Qual o tempo da cirurgia?.- Gabi responde levantando seus ombros sinal que não faz a mínima ideia.- Mais de quatro horas, isso pode ter certeza.

Fiquei em estado sem reação nenhuma, quatro horas é muito tempo, isso se não durar mais a cirurgia.

- Calma, vai ficar tudo bem Bru.- Rick acariciava minha mão fazendo-me sentar no sofá da sala de espera.- Agora só esperar e rezar que mais nada de ruim possa acontecer nessa cirurgia. Vai ficar tudo bem.- Rick me abraça e eu não contive o choro.

É, nada é como planejamos. Ontem éramos pra estarmos comemorando com a chegada de um junior, andando de bicicleta tomando sorvete, pegando um sol e nadando naquele maravilhoso mar para que de noite enchêssemos a cara e hoje acorda com uma verdadeira ressaca, eu não, porque a mamãe aqui não pode mais. E agora estou na sala de espera de um hospital, na espera do término da cirurgia, esperando o medido chegar até aqui e pergunta sobre "Familiares de Erick Gaham?" e vou ser uma das primeiras a levantar "Sou namorada dele Doutor, a cirurgia acabou?" "O pior já passou, a cirurgia acabou e foi um sucesso"

No momento só isso que quero ouvir, só quero ver Erick e dizer que eu o amo de mais e que o pior já passou...

- Você promete?.- Erick me beijava na areia da praia sobre o sol quente e no mesmo refrescante.

Lá vem você de novo com as suas promessas.- Ri beijando Erick.

- Promete ou não?.

Prometo.- Sorri fazendo Erick fazer o mesmo.

- Promete que vai me amar pra sempre?.- Erick sorri próximo a minha boca.

— Eu já fiz essa promessa milhões de vezes e estou cumprindo ela até agora não estou?

- Esta?

— Idiota.- Ri beijando Erick.- Eu te amo Erick Gaham, meu amor por você foi uma das coisas menos esperadas de toda a minha vida.

- Você é incrível mulher.- Erick e eu nos beijamos tão apaixonadamente.

— Como você consegue?.- Dizia completamente fora de si depois daquele beijo.

- O que?.- Erick sorria brincalhão.

— Sempre quando nos beijamos você faz parecer que nosso primeiro beijo.- Erick ri de uma forma apaixonada pegando no meu queixo delicadamente.

- Porque talvez seja.- Assim permanecemos olhando um para o outro com um sorriso apaixonante preste as nos beijar.

- P-papaiiii.- A voz de uma criança correndo até nós vem como um filme. Era uma menina, aparentemente com 3 anos de idade pulando de alegria com suas mãos seguradas por Gabi e do outro lado Rick que soltaram a criança para vim correndo para nós.- Achamos um bicho, achamos um bicho na areia!.- A menina correu contar para Erick que parecia apaixonado pela criança.

- É?.- Erick estava com um sorriso de orelha a orelha.- Que bicho é esse filha?

- Um carangueijo.- Rick se sentava do meu lado.

- O tio Kiki pegou o caranguejo na mão.- A menina estava toda animada e feliz. Automaticamente se formou um grande sorriso no meu rosto.

- Conta pra eles que o caranguejo feio quase me picou, Isinha.

- Ma-mamãe, o tio Kiki ia pegar o bicho feio e quase mordeu o dedo dele.- Isa me contava fazendo sinais com as mãos e se divertia contando a sua história.

Isa, minha filha se chama Isa.

— O tio Kiki não tem que ficar querendo pegar esses bichos feios não é mesmo filha?.- Brinquei quando a Isinha fez uma careta.

- Tem sim, tem que pegar desse jeito como eu pego a mamãe.- Erick me puxou pra si me fazendo ficar deitada no seu colo fazendo cócegas em toda parte no meu corpo no mesmo mordia levemente meu braços, fazendo eu rir loucamente.- Quem será que vai ajudar a mamãe?.- Erick fazia cada vez mais cócegas em mim.- Ahrrr.

- Mamãe!.- Isa subiu em cima de mim impedindo que Erick fazer cócegas em mim.- Eu te salvo mamãe!

- Eu vou pegar você também.- Erick então pegou Isinha no coloco fazendo cócegas na sua barriga fazendo nossa filha soltar a melhor risada que eu já pude ouvir, mostrava alegria, diversão e paz.

- Mamãe.- Isinha ria.- Me ajuda do papai!!.- Isinha ri cada vez mais.
Então peguei e me juntei na brincadeira fazendo cócegas no Erick que soltou a Isinha que foi logo pra cima do papão fazendo cócegas que fazia Erick soltar gargalhadas.

Aquele momento era tão mágico e tão puro. Um modelo de vida perfeita, uma família perfeita.

- Bruna!- Rick me chamou em tom sério.- Acorda!

O som de risadas começaram a ficar mais distante, tudo começou a desaparecer. O paraíso acabou. Era apenas tudo um sonho.

- A cirurgia... a cirurgia acabou.- Rick cochichava para eu acorda.

O Vilão da minha históriaOnde histórias criam vida. Descubra agora